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sábado, 5 de fevereiro de 2011

23 de março

23 de março

1870 - Chega a Cuiabá, notícia do final da guerra do Paraguai


Hermes da Fonseca, autor da boa nova

Chega a Cuiabá, procedente de Corumbá, o vapor Corumbá, com a notícia da morte do marechal Francisco Solano Lopes em 1º de março. A embarcação é portadora ao presidente da província do seguinte ofício:

Comando das forças em operações e da Fronteira do Baixo Paraguai, em Corumbá, 15 de março de 1870. - Ilmo. e Exmo. Sr. - por mim e em nome de todos da força de meu comando, me congratulo com V. Exa., e dou meus parabéns pelo feliz sucesso que coroou o heroísmo e os esforços do Império, lavando a mancha do insulto que um louco lhe atirou em face.O patriotismo inexedível e a heróica pertinácia do primeiro brasileiro, S. M. o Imperador, o valor, a sabedoria, a energia do nosso ínclito Marechal Comandante em Chefe, S. Alteza o Senhor Príncipe Conde d'Eu; a incansável atividade, a resignação do bravo general José Antônio Correa da Câmara e dos seus comandados, concluindo com o monstro sanguinário que assombrou a humanidade em nossos dias depois de tantos séculos, levou o Brasil à altura que lhe compete entre as nações - Deus guarde à V. Exa. - Ilmo. sr. Comendador Luiz da Silva Prado, Digníssimo Vice-presidente da província. - Hermes Ernesto da Fonseca, coronel.


General, no novo regime, Hermes da Fonseca chegaria à presidência da República.



FONTE: Estevão de Mendonça, Datas matogrossenses, (2a edição) Governo de Mato Grosso, Cuiabá, 1973, página 145.



23 de março


1905 - Rondon descobre o Pantanal do Desengano no rio Negro


Pantanal do Rio Negro, explorado por Rondon

Em sua exploração ao Pantanal sul-matogrossense Rondon inicia, finalmente, o reconhecimento do grande pantanal do Desengano entre os rios Negro e Aquidauana. Os detalhes estão no diário do sertanista:

"Cedo largamos as chalanas na direção E.S.E. Qualquer rumo seria possível naquele pantanal - vastíssimo, coalhado de capões de mato alto de bacuris e buritis, a se estender por todo o vão entre o rio Negro e o Aquidauana que o alimenta no tempo das águas. Quando cessam as chuvas, toma a parte central do pantanal o aspecto de grande brejo, porque lhe fica apenas o fundo lodoso - alimenta-o, então, o rio Negro. Não dá entrada, nessa época, nem mesmo as canoas, e nem se pode atravessar a cavalo, porque é atoladiço. É a região dos buritizais que os caçadores de penas de garças, vindos do rio Aquidauana, avistam de longe e que denominam Brejão dos Buritizais, supondo ser aí a origem do rio Vermelho. Os que penetram pelo rio Abobral dão também notícia do Brejão. Nele não penetram, nem uns nem outros, uma vez que os canais dos rios Vermelho e Abobral desaparecem, para dar lugar ao referido brejo, talvez navegável de dezembro a abril. Naveguei cerca de três léguas, na direção E.S.E., parando em outro capão, dei volta para N.N.O., percorrendo os grandes buritizais. Verifiquei saída d'água para o Sul e para o Poente. Vimos nessas vazantes piraputangas, - o que indica comunicação com o Paraguai. As águas que se dirigem para o Sul são as que, canalizadas mais abaixo dão lugar ao suposto rio Vermelho, uma das bocas por onde saem as águas do rio Negro. As que vão para o Poente se canalizam, igualmente mais abaixo, o também suposto rio Abobral. Depois do almoço, à margem esquerda da vazante que corre para o Poente, penetramos no grande pantanal do Desengano, onde desapareceu o braço do rio Negro, por onde navegamos as duas vezes. Chegamos ao acampamento da baia do Amparo, depois de atravessar o pantanal do Desengano, cerca de meia légua abaixo do ponto em que o rio se sumiu definitivamente. Verifiquei, pois, que ele não se canalizou abaixo, como eu supusera. Suas águas se espalharam na grande bacia, para se canalizarem, certamente em outro rumo." 



FONTE: Esther de Viveiros, Rondon conta sua vida, Cooperativa Cultural dos Esperantistas, Rio de Janeiro, página 183.

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

13 de março

13 de março

1827 - Iniciada exploração do rio Sucuriu 



Sucuriu: impróprio para navegação
De acordo com relatório ao presidente da província, José Saturnino da Costa Pereira, o tenente Manoel Dias de Castro iniciou a exploração do rio Sucuriu, afluente do Paraná, na expectativa de se estabelecer uma ligação mais rápida com São Paulo, alternativa às vias existentes. "A ideia de navegação pelo Sucuriu e Piquiri para substituir a que se praticava pelo rio Pardo - segundo Estevão de Mendonça - vinha sendo afagada desde o governo do general João Carlos Augusto D'Oeynhausen de Gravenberg, na suposição de que os dois cursos eram separados apenas por um varadouro de pouca extensão. Em 1830, porém, segundo o barão de Melgaço, aquela ideia se desfez pela certeza de que a distância entre o Piquiri e Sucuriu era mais de quarenta léguas". 



FONTE: Estevão de Mendonça, Datas Matogrossenses (2a. edição) Governo de Mato Grosso, Cuiabá, 1973, página 129.


13 de março

1865 - Taunay convocado para a guerra do Paraguai

Por ato do Ministério dos Negócios da Guerra, é "mandado apresentar-se ao Exmo. Sr. presidente e comandante das armas, o 2° tenente de artilharia, Alfredo d'Egrangnolle de Taunay, a fim de servir na comissão de engenheiros que tem de ir à referida província". 17 dias depois, em 1° de abril, no mesmo navio do coronel Manuel Pedro Drago, nomeado presidente da Província e comandante das armas em Mato Grosso, Taunay deixa o Rio de Janeiro para a mais célebre aventura de sua vida.

FONTE: Diário Mercantil (RJ), 31 de março de 1865.


13 de março

1870 - Anunciado o final da guerra do Paraguai



Corumbá: final da guerra do Paraguai, explosão de desenvolvimento




Pelo vapor Onix chega a Corumbá notícia da morte de Lopes, e o consequente final da guerra do Paraguai, ocorridos a 1º de março. No mesmo dia ao governo da Província, em Cuiabá, era oficiada a seguinte comunicação:

Quartel do Comando do Distrito Militar do Baixo Paraguai, 13 de março de 1870. Ilom° e Exm° Sr. - Tenho a honra e grande satisfação em participar a V. Exa. que hoje deu fundo neste porto o vapor mercante Onix, trazendo a notícia da morte do tirano Lopez e da conclusão da guerra.


Como verdadeiro brasileiro, me cumpre congratular com V.Exa. por tão feliz notícia. Deus guarde V.Exa. Ilmº e Exmo. Sr. Comendador Luis da Silva Prado, Digníssimo Vice-Presidente da Província Antonio José da Costa, Tenente-Coronel de Comissão e Comandante.


O comunicado ao governo em Cuiabá foi subscrito pelo coronel Hermes Ernesto da Fonseca, comandante das Forças em Operações e da Fronteira do Baixo-Paraguai em Corumbá.

A notícia chegaria à capital dez dias depois, a 23 de março de 1870.



FONTE: Lécio Gomes de Souza, História de Corumbá, edição do autor, sd., página 65


13 de março

2013 - Morre o padre Ernesto Sassida, criador da cidade Dom Bosco de Corumbá

Aos 93 anos, morre o padre Ernesto Sassida, fundador da Cidade Dom Bosco, em Corumbá. Natural da Itália, ainda jovem, chegou a Cuiabá, para completar seus estudos. Em 1940, mudou-se para Corumbá, como professor do Colégio Santa Teresa.

"Nesse período - constata Valmir Batista Corrêa - extrapolando os muros da escola, interagiu, através através da organização de atividades esportivas e festas religiosas, com a população pobre da periferia da cidade, marcadamente na região fronteiriça com a Bolívia. Mais tarde, em 1950, instalou-se de forma definitiva em Corumbá, como sacerdote e professor, fundando a União dos Ex-Alunos Salesianos de Dom Bosco. A partir de então, participou de várias atividades de organização comunitária, como escolas, organizações solidárias de jovens carentes, entidades femininas, centro esportivo, entre outros".

Seu grande legado foi, entretanto, a Cidade Dom Bosco, cujo início deu-se, ainda segundo Valmir Batista Corrêa, no início da década de 50, do século passado:

...o padre Sassida fez um amplo levantamento da população e de suas miseráveis moradias na região da Cidade Jardim (onde hoje se localiza o Bairro Dom Bosco), contatando a necessidade de uma escola com funções educacional e assistencial. Em abril de 1961 implantou a escola num barracão cedido por uma moradora, constituindo-se na gênese da Cidade Dom Bosco que, sete anos depois, se transformou em ginásio estadual. Por essa época, carentes de recursos para atender a dimensão educacional e social do seu empreendimento, Sassida empreendeu um arrojado projeto no exterior chamado "Adoção à Distância". Significava convencer pessoas no exterior para "adotar" um estudante carente com uma bolsa que suprisse sua sustentação ma escola, incluindo roupas e alimentos. Hoje a Cidade Dom Bosco está consolidada, com inúmeras atividades sociais, como um dos patrimônios mais significativos de Corumbá.


FONTE: CORRÊA, Valmir Batista, (artigo) Cidade das Crianças de Corumbá, Correio do Estado (Campo Grande), 11/12 de dezembro de 2021.

15 de março

15 de março

1865 - Criada a comissão de engenheiros da expedição brasileira

Por ato governamental é criada a comissão de engenheiros da expedição militar para Mato Grosso, que viveria o episódio da retirada da Laguna, celebrizada por um de seus membros, o tenente Alfredo Taunay.
Sob a chefia  do tenente-coronel João de Miranda da Silva Reis, a comissão era comissão compunha-se dos seguintes oficiais: capitão Antonio Florêncio Pereira do Lago; primeiros tenentes de engenharia Eduardo Barbosa e Joaquim Pinto Chichorro da Gama; tenente de estado-maior Catão Augusto dos Santos Roxo; segundo tenente de engenheiros João da Rocha Fragoso e o segundo tenente de artilharia Alfredo d'Esgragnole de Taunay.

FONTE: Taunay, Marcha das Forças, Melhoramentos, S.Paulo, 1928, página 7.


15 de março
1920 - Nasce em Campo Grande, Hércules Maymone





Filho de Ciriaco Maimone e Lidaiga Maimone, nasce em Campo Grande, Hércules Maimone. Formou-se em farmácia, pela Faculdade de Farmácia e Odontologia do Ceará, em 1946. Farmacêutico militar pela Escola de Saúde do Exército em 1950. Foi diretor da Faculdade de Farmácia e Odontologia de Mato Grosso (1963-66) e coordenador do curso de Farmácia e Bioquímica do Instituto de Ciências Biológicas de Campo Grande (1967/68). Professor titular de Farmacotécnica do curso de farmacêuticos bioquímicos do ICBCG, exerceu a Secretaria de Saúde na administração do prefeito Mendes Canale (1970/72) 22. Candidato a prefeito em 1972, perdeu a eleição para Levy Dias. Entre as homenagens recebidas de sua cidade, destaca-se o Colégio Hércules Maymone, um dos maiores de Campo Grande.


FONTE: Guia de Campo Grande sd página 8.



15 de março

1928 - Nasce em Coxim o compositor Zacarias Mourão



Nasce em Coxim, no norte do Estado, Zacarias dos Santos Mourão. Passou a infância em sua cidade natal, tornando-se coroinha coroinha ao lado do padre Chico, que o apelidou de Tió, nome de um pássaro. Sua vida é lembrada por sua filha Lígia Mourão:

Com 11 anos, Tió, acompanhado de Padre Chico - com quem se tornou coroinha, encontrou um arbusto de pé de cedro na beira do rio Coxim, durantes uma das várias caçadas que realizava em companhia do sacerdote.

O menino resolveu que iria contribuir para arborização da cidade e acabou plantando a árvore. Anos mais tarde, a atitude ecológica teve uma justificativa mais filosófica, como ele mesmo explicou à filha.

Teve um sentido porque ele havia conversado sobre Deus, sobre natureza... Ele queria arborizar do jeito que era o lugar mesmo. [...] Uma vez perguntei: "Porque o senhor plantou um pé de cedro? Ele respondeu que queria saber sobre a vida e que plantou o amor" (sic).

Zacarias queria ver a árvore vingar. Seria o resultado do amor que plantara. E o pé de cedro, como era esperado, cresceu. "Antes de conhecer Goiá papai voltou a Coxim para matar a saudade. Ele queria ver o pé de cedro. Quando chegou, abraçou o tronco e chorou. Foi quando escreveu a letra", disse Ligia Mourão.

Apesar de ter morado em Campo Grande, Petrópolis (RJ) e São Paulo, Zacarias Mourão nunca esqueceu sua amada Coxim e seu pé de cedro. 

Em 1959, aos 31 anos, Zacarias retorna à cidade sul-mato-grossense, visita o pé de cedro que havia plantado quando criança. De volta à capital paulista com a letra da música, sobre a árvore, já escrita. Foi quando pediu a Goiá, outro compositor, que musicasse a canção que viria a marcar sua carreira. Em sua obra destacam-se as guarânias e os rasqueados” da fronteira mato-grossense e paraguaia.

O Zacarias radialista, produtor, empresário, diretor de gravadora e compositor começa a surgir nesta época, no rádio, quando ele venceu um concurso de poesia na Rádio Bandeirantes e ganhou um programa para fazer. Também recebeu diversos prêmios no Festival de Música Sertaneja da Rádio Record de São Paulo.

Zacarias Mourão retornou ao Mato Grosso do Sul no ano de 1981, e passou a residir em Campo Grande, onde trabalhou na Assembleia Legislativa, sem, no entanto abandonar o meio artístico. Participou também como jurado do programa “Nossa Terra Nossa Gente”, que ia ao ar pela TV Campo Grande, além do programa "Porteira Velha" que apresentava na Rádio Cultura. Brigava constantemente pela valorização dos artistas regionais. Chegou a ser proprietário da ZN Produções.

Infelizmente, a vida de Zacarias Mourão foi interrompida na madrugada de uma terça-feira, em 23 de maio de 1989. O compositor, na época com 61 anos, foi encontrado morto dentro da casa que residia em Campo Grande. 

A morte trágica de Zacarias Mourão, fez com que o sonho de fazer a praça pública no lugar do pé-de-cedro passou a ser um desafio ainda maior para os amigos e familiares.  No local foi erguido um busto em homenagem ao compositor, o que deu início à construção do espaço público com o qual ele sempre sonhou.

FONTE: Rodrigo Teixeira, Os Pioneiros – A origem da música sertaneja em Mato Grosso do Sul, Fundo de Investimento Cultural, MS, Campo Grande, 2009.




15 de março

1934 - General defende a divisão


Presidente Getúlio Vargas e o general Góis Monteiro
Entrevista concedida ao Jornal do Comércio, de Campo Grande, pelo general Góis Monteiro, que viria a ser ministro da Guerra de Getúlio Vargas, destaca a idéia do militar sobre o movimento separatista do Sul: "O desejo de nova divisão territorial, manifestado por muitos mato-grossenses do Sul, para formar o Estado de Maracaju, não pode e nem deve ser encarado como anseios separatistas. Não se deve cogitar de separar, mas de demonstrar perante as autoridades federais competentes os motivos que levam parte da população de Mato Grosso a pleitear nova divisão do território deste grande estado, porque, em última análise, o desejo comum é contribuir para o progresso cada vez mais crescente do Brasil." 


FONTE: Pedro Valle, A DIVISÃO DE MATO GROSSO. Página 32.



15 de março

1951 - Manganês de Corumbá: empréstimo de 30 milhões de dólares

Notícia procedente de Washington confirma que "a direção do Banco de Importação e Exportação dos Estados Unidos (Bank of Import and Export) autorizou a abertura de negociações pelas quais a instituição financeira concederá ao Brasil um empréstimo de 30 milhões de dólares", destinado ao desenvolvimento e exploração das jazidas de manganês situadas em Corumbá. 

"A exploração dessas jazidas de manganês - segundo o informe - será confiada a uma corporação, da qual a conhecida empresa norte americana Ussteel deterá 49% dos respectivos capitais, sendo os restantes 51% de interesse brasileiro, em sua maior parte dos proprietários dos terrenos em que se encontram as jazidas do precioso mineral".

O interesse dos Estados Unidos em investir no manganês brasileiro deu-se em virtude da suspensão pela União Soviética, até então responsável pelo fornecimento da commoditie à indústria americana. 

A notícia foi dada pelo presidente do banco, Herbert Gaston, durante palestra no Comitê de Verbas da Câmara dos Representantes. 


FONTE Correio Paulistano, 15 de março de 1951




15 de março

1970 - Fragelli toma posse no governo do Estado


Início da construção do estádio Verdão, principal obra do governo Fragelli
Nomeado pelo regime militar, com referendo da Assembléia Legislativa, toma posse, o ex-deputado José Frageli. Em seu discurso de posse, além de traçar loas à ditadura, a qual chamou de revolução, defendeu o AI-5, o maior excremento do movimento armado de 64:
"O compromisso que acabo de assumir transcende, pelo enunciado de seu texto, e ainda mais pelo seu espírito e a importância do momento, a área física e política do nosso Estado. Contraí obrigações certas e impostergáveis, como mandatário do povo, para com Mato Grosso e o Brasil e para com o regime. Regime que se instalou no país em circunstâncias históricas, desde que os destinos da nacionalidade estavam em jogo. A subversão de cúpula, aliada à subversão de base, ameaçava os fundamentos da Nação e a sua própria soberania. A corrupção - outro fator de desagregação social e de decomposição do poder político - aumentava os riscos. Tanto existiam a ameaça e o vício que não bastou para extirpá-los o movimento de 31 de março; foi necessária a Revolução de 13 de dezembro de 1968. Com ela o movimento ganhou força e impulso de instituição, isto de coisa que veio para ficar." 
Divisionista, Fragelli em seu governo frustrou a ideia, ao promover um governo altamente integracionista. Durante sua gestão não se tocou em separação do Estado, que viria a se concretizar apenas no final do mandato de seu sucessor, o representante nortista, José Garcia Neto.




FONTE: Rubens de Mendonça, Historia do Poder Legislativo de Mato Grosso, Assembleia Legislativa, Cuiabá, 1957. Página 557.




15 de março

1983 - MS tem primeiro governador eleito


Wilson Martins agride Pedrossian (à sua direita) em seu discurso de posse

Toma posse Wilson Barbosa Martins do PMDB. Vitorioso na eleição de 15 de novembro de 1982 pelo PMDB, recebeu o governo de seu principal adversário, Pedro Pedrossian, nomeado para o cargo há dois anos, pelo presidente general Figueiredo. Na ocasião o governador empossado fez um discurso considerado agressivo ao seu antecessor.




segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

23 de maio

23 de maio


1892 Jango Mascarenhas às portas de Nioaque


Quartel general do Exército Brasileiro em Nioaque
Forças de resistência ao golpe militar contra o presidente Manoel Murtinho, baixam a serra de Amambaí e acampam à margem esquerda do rio Nioaque duas léguas da vila. Miguel A. Palermo, o secretário do comandante, faz as contas:
“Em Ponta Porã tinham deixado um destacamento de quarenta homens e em Bela Vista outro tanto.
Trinta patriotas estavam encarregados de vigiar uma cavalhada de reserva e trinta e cinco faziam o serviço de fornecimento de gado.
Os presentes chamados eram 783 e, tendo seguido uma eleição em toda ordem, dividiram-se em três regimentos,” com os seguintes comandantes: 1º Regimento, tenente-coronel João Rodrigues Sampaio; 2º Regimento, tenente-coronel João Luis da Fonseca Moraes; e terceiro, Atanásio de Almeida Melo. Para o comando geral foram eleitos o coronel Jango Mascarenhas; tenente-coronel do estado-maior Antônio Inácio de Trindade; capitão-ajudante Joaquim Augusto de Oliveira César, capitão-secretário Miguel A. Palermo. 



FONTE: Miguel A. Palermo, Nioaque, evolução histórica e revolução de Mato Grosso, Tribunal de Justiça, Campo Grande, 1992, página 55.




23 de maio



1927 Nasce Harry Amorim Costa





Filho de José Z. Costa e de Araci Amorim Costa, nasce em Cruz Alta, no Rio Grande do Sul, Harry Amorim Costa. Formado em engenharia civil em 1951, pela Escola de Engenharia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Em 1974 assumiu a direção geral do DNOS, Departamento Nacional de Obras de Saneamento, de onde saiu para exercer o cargo de primeiro governador nomeado do Estado de Mato Grosso do Sul, que o exerceu por apenas seis meses (de janeiro a julho de 1979), quando foi exonerado e substituído pelo prefeito de Campo Grande, Marcelo Miranda.

Em 1982 elegeu-se deputado federal pelo PMDB. Em 1987 é nomeado secretário de Meio Ambiente do governo Marcelo Miranda. Morreu em acidente automobilístico, em 1988.


O presídio de segurança máxima de Dourados tem o seu nome.



FONTE: Wikipédia.


23 de maio

1989 - Morre Zacarias Mourão, o autor do Pé de Cedro



Nascido a 15 de março de 1928, em Coxim, é assassinado em Campo Grande, o compositor Zacarias Mourão. Filho de José dos Santos Mourão e Cantemira Terra Mourão, aos 11 anos de idade - relata João Ferreira Neto - "teve que trocar sua Coxim por um seminário em Petrópolis no Estado do Rio de Janeiro, fato que o marcou. Foi quanto teve a ideia de deixar  algo que o lembrasse. Assim surgiu no quintal da casa dos padres, onde Zacarias morava com o padre Chico, um 'pequeno arbusto' que cravou suas raízes no solo de Coxim, cresceu e tornou-se o nosso famoso - pé de cedro."

Em São Paulo, na década de 50, entrou para a polícia rodoviária estadual e formou-se em jornalismo pela Fundação Casper Líbero, vindo a consagrar-se em todo o Brasil como compositor de várias músicas sertanejas, sendo a mais conhecida delas o clássico Pé de Cedro, em parceria com Goiá, gravado originalmente por Tibagi e Miltinho. 

Sua morte não foi devidamente esclarecida.


FONTE: João Ferreira Neto, Raízes de Coxim, Editora UFMS, Campo Grande, 2004, página 247.

FOTO: Zacarias com o Duo Estrela Dalva

sábado, 5 de fevereiro de 2011

22 de março

22 de março

1767 - Criado o forte do Iguatemi






Carta-Régia da Coroa portuguesa aprova a criação da Povoação e Praça de Armas Nossa Senhora dos Prazeres e São Francisco de Paula do Iguatemi, em território do Sul de Mato Grosso, cuja construção seria iniciada quase dois anos depois pelo capitão João Dias de Barros.

"E assim, dos dez anos que durou o apavorante presídio de Nossa Senhora dos Prazeres - resume o historiador - pesadelo de nobres e plebeus, espectro estarrecedor de poderosos e humildes, - tais tradições ficaram, que o nome tão eufônico do caudal que lhe deu o nome vulgar, se transformou no símbolo evocador de calamidades sem conta."

A desalentadora conclusão é do pesquisador Affonso de Taunay:

Não há no passado paulista nome que recorde mais sinistras lembranças quanto esse do rio matogrossense, afluente do Paraná, em cujas margens se ergueu a colônia militar setecentista a que, como por ironia, atribuiu a preferência piedosa do capitão-general,seu fundador, a invocação de Nossa Senhora dos Prazeres.

E realmente na história dolorosa dos estabelecimentos congêneres, aqui e ali semeados na solidão de nossas fronteiras, como atalaias e cobertura do território brasileiro,quer hajam sido em Mato Grosso ou na Amazônia, apenas talvez possa o horrível Forte do Príncipe da Beira tão lôbregos anais apresentar, tanta dor e tanto sacrifício; tanto dispêndio de energia inútil e tão torvas reminiscências consiga evocar, quanto ao presídio paulista, posto avançado nas lindes castelhanas do Paraguay. Túmulo de milhares de brasileiros, violentamente arrancados aos seus lares pelo despotismo colonial, e encaminhados como para matadouro certo,foi o Iguatemi a causa do terror dos humildes e dos desvalidos da capitania de S.Paulo,durante lustros a fio, a causa do despovoamento intenso do território paulista, a que arrebatou milhares de almas pelo êxodo e o refúgios dos sertões brutos. E ao mesmo tempo, quanto motivo de sofrimento para os militares e funcionários encarregados de sua localização, da sua guarda e manutenção,desde os primeiros dias até os últimos! Que soma de privações desencadeada sobre todos estes homens agrilhoados pela cadeia do real serviço e a instigação do infinito respeito às vontades régias.

O forte foi abandonado em 27 de outubro de 1777, depois de confronto dos paulistas com tropas espanholas do Paraguai.
 

FONTE: J. Barbosa Rodrigues, História de Mato Grosso do Sul, Editora do Escritor, São Paulo, 1989, página, 76; Affonso de Taunay, Na era das bandeiras, Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul, Campo Grande, 2010, página, 164.




22 de março

1920 - Enchente no pantanal interrompe tráfego ferroviário

Telegrama do diretor da Estrada de Ferro Noroeste do Brasil, engenheiro Arlindo Luz, ao ministro da Viação, dá conta da aflitiva situação do transporte entre Porto Esperança e Miranda, em virtude da cheia desse ano ano no Pantanal e seu impacto no transporte de passageiros e de mercadorias:

"Enchentes pantanais em Mato Grosso continuam a impedir a regularidade do tráfego entre Miranda e Porto Esperança. Desde os últimos dias de dezembro temos tido sempre alguns trechos da linha debaixo d'água. Nessas condições o trabalho se vem fazendo com as locomotivas pequenas e sem horário prévio. Nos últimos dias as águas do pantanal estão subindo muito, determinando interrupção do tráfego desde ontem. O tráfego para Corumbá, até que baixem as águas, será feito pelo rio Miranda. Moradores antigos, conhecedores do regime do rio Paraguai, preveem para este ano grande e prolongada enchente. Todos esses fatos reforçam minha opinião sobre a necessidade de grande levantamento das linhas no pantanal, dando caráter definitivo à estrada. Essas obras fazem parte do programa de grandes melhoramentos na Noroeste, já já iniciados no corrente ano por ordem de v. exa".

FONTE: Correio Paulistano, 23 de março de 1920.

22 de março

1956 - Morre em São Paulo, dom Aquino Correa

Dom Aquino presidente do Estado visita Campo Grande

Nascido em Cuiabá a 2 de abril de 1885, dom Aquino é uma das figuras de maior destaque na história de Mato Grosso. Doutor em Filosofia pela Universidade Gregoriana de Roma, dirigiu o Liceu Salesiano em Cuiabá, é eleito em abril de 1914 pelo papa Pio X bispo titular de Prusiade e bispo auxiliar de d. Carlos Luiz D'Amour, arcebispo de Cuiabá, sendo então o bispo mais novo do mundo.
A 1º de novembro é eleito presidente do Estado de Mato Grosso, como candidato da conciliação, depois da renúncia de Caetano de Albuquerque e de um pequeno período de intervenção federal. Em agosto de 1921 é promovido a arcebispo metropolitano. Poeta consagrado e orador de escol, Dom Aquino foi até hoje o único mato-grossense a ocupar uma vaga na Academia Brasileira de Letras, para a qual fora eleito a 9 de dezembro de 1926. Ao lado de Rondon, dom Aquino Correa é o vulto da história de Mato Grosso que recebeu maiores homenagens no Estado antes da divisão, dando nome a ruas e escolas em quase todas as cidades. Em Campo Grande nomina uma de suas principais vias públicas.



FONTE: Estevão de Mendonça, Datas Matogrossenses, (2a. edição), Governo de Mato Grosso, Cuiabá, 1973, página 144
FOTO: Lélia Rita E. de Figueiredo Ribeiro, Campo Grande O homem e a terra, edição da autora, sd, Campo Grande, página 296



22 de março



2011 - Morre Lúdio Coelho, prefeito de Campo Grande e Senador





Morre em Campo Grande o ex-prefeito Lúdio Martins Coelho. Filho de Laucídio Coelho e Lúcia Martins Coelho, Lúdio nasceu em Rio Brilhante em 22 de setembro de 1922. Agropecuarista e homem de negócio, foi dirigente do Banco Financial de Mato Grosso, até sua incorporação ao antigo Bamerindus.

Sua estreia na política deu-se em 1965, como candidato da UDN ao governo de Mato Grosso. Perdeu para Pedro Pedrossian, do PSD. Em 1983, já no PMDB é nomeado prefeito de Campo Grande pelo governador eleito Wilson Barbosa Martins. Em 1986 tenta o governo de Mato Grosso do Sul, pelo PTB, e é derrotado por Marcelo Miranda (PMDB).

Em 1988 volta à prefeitura de Campo Grande, vencendo sua primeira eleição direta e em 1994, elege-se senador da República, mandato em que encerra sua carreira política. 

Na prefeitura de Campo Grande organizou as finanças do município e implantou a secretaria de assuntos fundiários, promovendo uma reforma urbana com a criação dos comodatos e dos loteamentos sociais. Atuou com destaque no setor de transportes coletivos com a implantação dos terminais e do sistema integrado de ônibus urbanos.

No Senado, defendeu a Lei de Responsabilidade Fiscal, acreditando no conceito aplicado em sua gestão em Campo Grande, segundo o qual "uma boa administração consiste em não gastar mais do que arrecada".

Veja o velório e sepultamento de Lúdio Coelho em reportagem da TV Record MS.


 

FONTE: Senado da República 
FOTO: Impactoms

24 de março

24 de março

1593 - Espanhóis fundam a segunda Xerez





Após fracassar na primeira tentativa de manter uma vila no local, em função da forte resistência dos indígenas, habitantes na região que, "confederados, impediram que o povoado prosperasse, finalmente, em " 24 de março de 1593, Santiago de Xerez foi reedificada por Ruy Diaz de Gúzman próximo às margens do Rio Ivinhema", segundo Paulo Marcos Esselin. "Seu segundo fundador tomou precauções para não incorrer nos mesmos erros cometidos por Juan Garay. Acompanhado por uma guarnição de homens bem armados, fez temer os índios nuaras até então senhores da região. Conquistados, os nativos se submeteram à superioridade bélica espanhola, sem que houvesse uma guerra de conquista". Em 1596, Santiago de Xerez seria transladada por Gúzman para a margem do rio Mbotetei, atual Aquidauana. 



FONTE: Paulo Marcos Esselin, A gênese de Corumbá, confluências das frentes espanhola e portuguesa em Mato Grosso,1536-1778, Editora UFMS, Campo Grande, 2000, página 45.

FOTO - Ruy Diaz de Guzman, o fundador de Xerez.



24 de março

1908 - Anunciado o início da estrada de ferro Itapura-Corumbá

Em telegrama encaminhado ao governador Generoso Ponce, o presidente da República, Afonso Pena, comunica a aprovação do projeto da estrada de ferro entre Itapura e Corumbá. A notícia é recebida com regozijo pelo governador e destaque da imprensa:

 

FONTE: Autonomista (Corumbá), em 11 de abril de 1908.

 
24 de março

1912 - Circula em Corumbá o primeiro jornal diário do Sul de Mato Grosso





É fundado A Tribuna pelo jornalista Pedro Magalhães. "Sua existência - atesta Lécio G. de Souza - foi relativamente longa, tendo deixado de circular há pouco tempo. A redação e oficina localizavam-se no princípio da rua Antônio Maria Coelho, lado par. Teve à frente renomadas figuras intelectuais como o padre Pedro Medeiros e o insigne homem de letras Carlos de Castro Brasil. A responsabilidade comercial cabia ao grupo Chamma".


FONTE: Lécio Gomes de Souza, História de Corumbá, edição do autor, Corumbá, sd., página 116.



24 de março

1927 - Siqueira Campos entra no Paraguai





Encerrando sua participação na Coluna Prestes, onde se destacou com um dos mais bravos comandantes, o coronel Siqueira Campos, parte para o exílio, acompanhado por 65 homens. Sua entrada no Paraguai dá-se por Bela Vista. Na república vizinha entrega o armamento do destacamento ao chefe de polícia, dom Rafael Alvarenga. São 20 fuzis Mauser e mil tiros de fuzil, além de 22 cavalos, expropriados de diversos fazendeiros brasileiros "que foram entregues à mesma autoridade".

Para Glauco Carneiro, "alguns dos revolucionários preferiram ficar trabalhando em sítios da fronteira, enquanto outros quiseram aventurar-se até os grandes centros como Rio e São Paulo. Siqueira achou de bom alvitre comandar os restantes para o exílio e ali se juntar aos chefes da Coluna para o prosseguimento das atividades conspiratórias, visando à grande revolução, que afinal viria em 1930". 


De ampla reportagem sobre a entrada de  Siqueira Campos no Paraguai, o jornal "O Progresso", de Dourados, destaca a presença do líder revolucionário em Bela Vista:

"Atravessando Victorino, reuniu seus homens e disse-lhes que iriam para o Paraguai, passando a fronteira junto a Bela Vista, e que não dariam um tiro durante a travessia.

No dia 21 de março, Siqueira chegou à fazenda Gabinete, tendo feito, sem descansar, uma marcha de 29 léguas.

A 22 desceu a serra de Maracaju; a 23 avizinhou-se de Bela Vista.

Chegando à noite à margem do Apa, as águas deste rio assoberbavam. A chuva era intensíssima. Contudo, a travessia foi feita, com sério perigo da vida do comandante que perdeu nessa ocasião o cavalo que montava, com o arquivo da revolução.

Algumas armas também foram ao fundo.

Atingida a fronteira, Siqueira dirigiu uma carta ao comandante da guarnição paraguaia de Bella Vista, pedindo-lhe para mandar receber as armas e munições.

O tenente Alvarenga - o comandante - teve a gentileza de mandar convidar Siqueira Campos a entrar na povoação com as suas armas, depositando ali.

Siqueira tem palavras de louvor à maneira cavalheirosa e gentil por que foi tratado pela autoridade do país vizinho, que o cumulou de todas as atenções.

O sr. Heitor Dias, chefe geral da fronteira paraguaia, que dia 25 chegara a Bella Vista, ido daqui, extremou-se em cuidados e providências quanto aos revolucionários brasileiros, tratando-os com especial consideração".       


FONTE: Glauco Carneiro, O revolucionário Siqueira Campos, Record Editora, Rio, 1966, página 399. Jornal O Progresso (Ponta Porã), 3 de abril de 1927.

OBISPO MAIS FAMOSO DE MATO GROSSO

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