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sexta-feira, 11 de outubro de 2013

28 de outubro

28 de outubro
 
1943 – Criada a colônia de Dourados


Casa padrão da nova colônia agrícola, fornecida aos assentados pelo governo


O presidente Getúlio Vargas cria a colônia federal de Dourados, o maior projeto público de colonização do Centro-Oeste brasileiro:

Decreto no. 5941 – de 28 de setembro de 1943


Cria a Colônia Agrícola Nacional ‘Dourados’, no Território Federal de Ponta Porã e dá outras providências.


O Presidente da República, usando das atribuições que lhe confere o art. 180 da Constituição.


DECRETA:


Art. 1o. – Fica criada a Colônia Agrícola Nacional ‘Dourados’, no Território Federal de Ponta Porã (C.A.N.D.), na região de Dourados em terras a serem demarcadas pela divisão de terras e colonização do Departamento Nacional de Produção Vegetal do Ministério da Agricultura.


Parágrafo único – A área a ser demarcada não será inferior a 300.000 (trezentos mil) hectares.


Art. 2o – As despesas decorrentes das obras de fundação e instalação da Colônia, correrão por conta da dotação de Cr$ 2.000.000,00 (dois milhões de cruzeiros) atribuída à Colônia de Mato Grosso, compreendida na Verba 5 – Obras, desapropriação, etc. Consignação I – Obras – Subconsignação 02 – Prosseguimento e conclusão de obras, etc. 21) D.N.P.V. – 04) D.T.C. – a) Prosseguimento de obras das Colônias Agrícolas Nacionais – d) Mato Grosso, do orçamento geral da União para o corrente exercício e observadas as disposições do Decreto-lei no. 5.562, de 09-06-1943.


Rio de Janeiro, 28 de outubro de 1943, 122o da Independência e 55o da República.



Getúlio Vargas

Apolônio Sales.



O evento foi destaque na imprensa nacional:

O presidente da República acaba de baixar decreto, na pasta da Agricultura, criando a Colônia Agrícola Nacional "Dourados", no Território Federal de Ponta Porã.

Segundo informações obtidas com o diretor da Divisão de Terras e Colonização do Ministério da Agricultura, engenheiro José de Oliveira Marques, a nova colônia faz parte do plano traçado pelo presidente Getúlio Vargas para a conquista dos nossos sertões fracamente povoados, sendo o segundo núcleo criado na faixa de fronteira do Brasil. O do Paraná denominado "General Osório", foi o primeiro. Declarou o referido diretor que a nova Colônia Agrícola Nacional terá no mínimo 300 mil hectares de terras, abrangendo uma região compreendida entre os rios Ivinhema, Brilhante e Dourados. Serão ali localizadas 4 a 5 mil famílias, no mínimo. O Ministério da Agricultura construirá, imediatamente uma rodovia de cerca de 50 quilômetros, para ligar um ponto central da região da colônia a outro da Estrada de Ferro Campo Grande - Ponta Porã, em construção. Foi destinada uma verba de 2 milhões de cruzeiros para os trabalhos iniciais, que serão atacados com toda urgência possível, conforme recomendação do ministro Apolônio Sales.

A Divisão de Terras e Colonização já está tomando as providências necessárias para a organização do pessoal e aquisição de material destinado à colônia.

A região de Dourados é rica em ervais e suas terras prestam-se a quase todas as culturas. A colônia será feita, primeiramente, com habitantes locais, que receberão do governo toda a assistência técnica, econômica, social e médica.                                        

FONTE: Lori Gressler e Lauro J. Swensson, Aspectos Históricos do Povoamento e da Colonização do Estado de Mato Grosso do Sul, edição dos autores, Dourados, 1988; Correio da Manha, Rio de Janeiro, 30 de outubro de 1943.

FOTO: Hédio Fazan


28 de outubro


2008 - Morre em Campo Grande o frei Gregório de Protásio Alves




Nascido David Bonato em 1915, na cidade gaúcha cujo nome adotaria no sacerdócio, morre em Campo Grande, vítima de complicações cardíacas, frei Gregório.Aos 12 anos ingressa no seminário de Veranópolis. Em 1934, aos 19 anos, professa os votos da Ordem Franciscana, escolhendo o seu novo nome. Em 28 de março de 1937 recebe a ordenação sacerdotal no Convento de Marau, em Garibaldi (RS). 

Em 1956, após passar por diversas paróquias no Rio Grande do Sul e interior de São Paulo, muda-se para o Sul de Mato Grosso. No ano seguinte, assume a paróquia de Nossa Senhora Aparecida em Maracaju, onde permaneceu por três anos, quando foi designado para a função de Superior da Ordem dos Capuchinhos em Campo Grande. 

A 13 de maio de 1962, finca o cruzeiro e lança a pedra fundamental da igreja de Fátima, no Monte Líbano, que viria a ser sua obra mais relevante. A o templo da igreja matriz de Nossa Senhora de Fátima foi solenemente inaugurado a 13 de maio de 1974.

Músico, poeta e ecritor, Frei Gregório ocupou uma cadeira na Academia Sul-matogrossense de Letras.


FONTE: Reginaldo Alves de Araújo, Frei Gregório de Protásio Alves, um homem de Deus em Campo Grande, Associação de Novos Escritores de MS, Campo Grande, 2004.


 


sábado, 14 de dezembro de 2013

20 de dezembro

20 de dezembro

1881 - Assassino de soldado condenado à morte




Acusado do assassinato do policial Benedito José da Cruz, é condenado à morte em Corumbá, o réu Benedito José dos Santos. A notícia aparece, sem destaque, no jornal O Iniciador:

POR SENTENÇA do Dr. Juiz de Direito substituto da comarca, datada de 20 do corrente, foi condenado o réu Benedito Jose dos Anjos, no máximo das penas do art. 192 do Cod. Pen. (pena de morte), pelo fato de haver assassinado o soldado policial Benedito José da Cruz.

Na mesma data e pelo mesmo juiz, foi condenado no médio das penas do art.193 do Cod. Crim. (prisão com trabalho por 12 anos), o soldado naval João José Júlio, por ter ferido a paraguaia Rosa Joana Sanchez, no dia 18 de julho do ano próximo passado, na povoação do Ladário, de cujos ferimentos resultou a morte da ofendida em 11 de janeiro deste ano.

FONTE: Jornal O Inciador (Corumbá), 25 de dezembro de 1881.


20 de dezembro

1935 – Criado o município de Dourados




Decreto nº 30, do governo do Estado de Mato Grosso, emancipa o distrito de Dourados, desmembrando-o de Ponta Porã:

O governador do Estado de Mato Grosso, tendo em vista a representação que lhe dirigiram os habitantes de Dourados, sobre a necessidade de ser elevado aquele distrito a município, e considerando que o distrito de Dourados, possuindo uma população superior a 15 mil almas, vem assinalando o seu crescente desenvolvimento pela exportação em grande escala de erva-mate, gado-vacum, cereais e outros produtos;


Considerando que o referido distrito, além de sua situação geográfica, está ainda dotado de elementos necessários à sua elevação a município;


Considerando que ao poder público cabe prover às necessidades dos núcleos de população para a sua pronta expansão, formando os municípios como célula da grandeza do Estado, usando das faculdades que lhe são conferidas por lei

DECRETA:


Art. Único – Fica criado o município de Dourados, com os seguintes limites: partindo da cabeceira do Ronda, seguindo este até sua foz no rio Santa Maria, descendo este até sua barra no rio Brilhante, continuando o curso deste até sua confluência no rio Ivinhema; por este abaixo até desaguar no rio Paraná; seguindo o curso deste até receber o rio Amambaí, subindo este até encontrar a foz do Piratiny; por este acima até sua mais alta cabeceira; deste ponto uma linha reta seguindo o espigão meste até a cabeceira mais alta do rio Douradinho; por este abaixo até sua foz no rio Dourados; este acima até sua barra no córrego Guariroba, no rio Dourados; subindo o córrego Guariroba até a sua mais alta cabeceira; e deste ponto uma linha reta até o ponto inicial da cabeceira do Ronda; revogadas as disposições em contrário.


Palácio do governador do Estado em Cuiabá, 20 de dezembro de 1935, 47° da República.


Dr. Mário Correa.


O município foi instalado no dia 22 de janeiro de 1936, com a posse de João Vicente Ferreira, seu primeiro prefeito nomeado.


FONTELori Gressler & Lauro Swensson, Aspectos Históricos do Povoamento e da Colonização do Estado de Mato Grosso do Sul, edição dos autores, Dourados, 1988, página 74

FOTO: João Vicente Ferreira, extraída do livro Dourados seus pioneiros, sua história.

domingo, 20 de fevereiro de 2011

15 de junho

 15 de junho


1867 Cólera na retirada da Laguna: o pior inimigo


Retirada da Laguna, quadro de Ruy Martins Ferreira



O médico Cândido Manuel de Oliveira Quintana libera relatório sobre a epidemia de cólera-morbo durante a retirada das tropas brasileiras do Apa:

Havendo V.S. exigido de mim uma parte sobre a epidemia e ferimentos havidos na expedição de Mato Grosso, passo muito profunctoriamente a expender o seguinte: Que no dia 10 de maio, na Bela Vista, foi-me trazido à consulta um índio que sofria de diarréia abundante e que no dia seguinte faleceu. Este doente, por causa da longa marcha e dos muitos outros que tínhamos a tratar, faleceu, sem que tivéssemos bem observado sua enfermidade. No dia 17, as 11 horas da noite, pouco mais ou menos, entraram mais dois enfermos para a enfermaria, os quais atraíram a atenção pelos grandes gritos que davam em conseqüência de câimbras e pela semelhança dos sintomas de ambos que eram: grande sede, supressão de urina, vômitos, evacuações alvinas abundantissimas, resfriamento das extremidades; e no dia seguinte, os que morreram estavam desfigurados pela magreza de rosto, então julgamos que tínhamos em presença a horrenda epidemia da cólera-morbo, que no dia subseqüente tornou-se pela entrada de muitos atacados com o sintomas seguintes: vômitos, evacuações alvinas abundantes de uma matéria semelhante à água de arroz, grande sede, dispnéia, pulso pequeno freqüente, supressão de urinas, mudança extrema no metal da voz e mesmo afonia, pele fria, cianose, magreza e desfiguramento rápido de rosto, etc. A falta de víveres, de barracas e roupa suficiente na estação do inverno, muito deveria concorrer para aumentar o número de atacados, os quais, entrando nas enfermarias, também aí não achavam abrigo contra as intempéries. Os medicamentos no fim de poucos dias estavam todos acabados. As marchas muitas vezes o dia inteiro, algumas vezes de noite, a péssima condução em carros puxados a bois, em que os doentes comprimiam-se mutuamente, pela exigüidade de espaço, deviam ter grande parte no acréscimo da mortalidade, que era de quase todos os atacados. Afinal todos os carros foram queimados por necessidade: os doentes eram conduzidos em padiolas por soldados enfraquecidos pela fome, estropiados, que se recusavam a carregá-los e que os deixavam atirados no caminho sempre que o podiam fazer. Os são já mal eram suficientes para carregar os doentes, sendo preciso caminhar com presteza, pois já nenhum alimento tínhamos além das poucas reses que puxavam a Artilharia. À vista disto, foram os doentes da cólera-morbo deixados no pouso por ordem superior, no dia 26 de maio. Até o dia 1º de junho a epidemia ainda não tinha cessado. Nesse dia tendo as forças começado a marcha, quase à noite, debaixo de chuva fortíssima, caminhou seis léguas. Durante este trajeto, que terminou no dia 2 à tarde, morreram alguns coléricos e no dia 3, o último doente grave dessa enfermidade que ainda restava.. Nesse dia a epidemia cessou.¹


Para o inimigo a epidemia de cólera foi um castigo de Providência contra os invasores de seu território. As considerações sobre a peste foram estampadas em amplo artigo sobre a retirada da Laguna, publicado no jornal oficial do governo paraguaio:



E para o auge do desastre, Deus havia reservado a esses infames, para espiar seu crime, um castigo maior. O cólera, essa terrível peste que havia assomado as povoações dos aliados e arruinado o exército inimigo, apareceu entre eles com todos seus horrores, fazendo o mais espantoso estrago.

Expiação justa que a Providência descarregou sobre a cabeça dos infames que queriam escravizar um país cristão e livre.

A princípio enterravam seus cadáveres, mas depois já não puderam fazê-lo por ser muito grande o número e abandonavam seus mortos, entre os quais se encontraram muitos oficiais e mulheres.

A mortandade foi acrescentando dia-a-dia em suas fileiras, sem embargo marchava constantemente, sempre conduzido por nossa cavalaria que formava um círculo de ferro ao seu redor.

O inimigo que em todo seu vigor e força havia sido imponente para competir com nossos soldados, enfermo e débil não teve a resolução de fazer a mínima tentativa  de ataque. Seguiu seu destino, vencido e resignado à mercê de nossas armas.

Nossos soldados clamavam por levar sobre aqueles restos um ataque, seguro de encontrar uma vitória barata. Seus chefes não lhes permitiram, não era necessário, iria derramar-se sangue inutilmente e, quando se pode vencer o inimigo sem ele, é mais glorioso, é mais conforme com a humanidade que sempre temos tido enquanto é compatível com a guerra.

O resto da coluna seguia adiante, deixando grande número de desertores e cadáveres. Chegou às margens do Mbotetey que atravessou a nado e teve que permanecer ali cinco dias. Aqui foi onde a epidemia fez mais estragos em suas fileiras e aqui foi também o chefe da expedição Camisão morreu,  seguindo-lhe no sepulcro, seu segundo, o tenente-coronel Galvão. O major José Tomas  assumiu o comando das forças que passaram o Mbotetey e seguiram para as serras. Ali caíram centenas de cadáveres e outro tanto de moribundos, armamentos de todas as classes, carros, etc. Cada dia aumentava entre eles a fome e a peste. Mesmo assim marchava adiante. Nossa cavalaria o pastoreava dia e noite.²

FONTE: El Semanário (PY) Assunção, 13 de julho de 1867.



FONTE: ¹Taunay, A retirada da Laguna, 14a.edição, Edições Melhoramentos, São Paulo, 1942, página 173. ²El Semanário (PY) Assunção, 13 de julho de 1867.








15 de junho



1915Criado o município de Três Lagoas



Antonio Trajano, o fundador de Três Lagoas




Pela lei n° 706, sancionada pelo governador Augusto da Costa Marques, é criado o município Três Lagoas, desmembrado de Paranaíba. Seu primeiro intendente geral foi capitão Afonso Garcia Prado. Iniciada em 1911 com a chegada da estrada de ferro, em área doada por Antonio Trajano dos Santos e pelo governo do Estado, Três Lagoas teve seu plano urbanístico traçado pelo engenheiro Oscar Teixeira Guimarães e sua demarcação executada pelo agrimensor Justino Rangel de França. Pela lei 656 de 1914 é elevada a condição de distrito. Com o intendente foram empossados os primeiros vereadores: Antonio de Souza Queiroz, Generoso Alves Siqueira, Oscar Guimarães, Bernardino Mendes e Sebastião Fenelon Costa. Antonio de Souza Queiroz é eleito presidente do legislativo municipal. 

Três Lagoas é o principal polo industrial de Mato Grosso do Sul e, segundo dados do IBGE (2013) tem cerca de 110.000 habitantes, sendo a terceira cidade do Estado.



FONTE: Jesus H. Martin, A história de Três Lagoas, edição do autor, Três Lagoas, 2000, página 57.

FOTO: acervo da prefeitura municipal de Três Lagoas.





15 de junho

1957Dourados sede de bispado






É criada pelo papa Pio XII a diocese de Dourados, abrangendo todo o extremo-sul do Estado de Mato Grosso com uma área de 68.300 km2. A notícia foi recebida com júbilo pela comunidade católica do município e foi o destaque da "Coluna Religiosa" do jornal "O Progresso" de 1° de setembro de 1957:

No dia 22 de agosto esteve entre nós, em rápida visita, Sua Excia. Revmo. Dom Ladislau Paz, administrador apostólico de Corumbá. Sua Excia. veio especialmente a Dourados para trazer-nos a notícia oficial da criação pela Santa Sé, do novo Bispado de Dourados. A nova diocese, com 74.000 quilômetros quadrados e 140.000 habitantes, compor-se-á de 7 municípios e 9 paróquias: Dourados (com Colonia Federal), Itaporã, Rio Brilhante, Bataguassu, Maracaju, Ponta Porã e Amambai.

Reunidas na noite do dia 22 de agosto, no salão nobre do convento franciscano às pessoas de destaque do mundo católico de Dourados, comunicou Dom Ladislau, que a nomeação do Bispo de Dourados se fará em breve, provavelmente já neste mês de setembro. A posse do novo bispo realizar-se-á então no fim deste ou no começo do outro ano, devendo vir nesta ocasião para dar a posse, o Exmo. e Revmo. sr. Núncio Apostólico, embaixador da Santa Sé, junto ao governo brasileiro e representante do Santo Padre, o Papa. A atual igreja matriz será eleva a Pró Catedral. Sua Excia. fez ainda uma ligeira exposição das vantagens decorrentes da criação do Bispado de Dourados, significando a mesma uma grande vitória da causa católica da nossa cidade e em toda a nova Diocese, devendo, porém, os católicos do lugar colaborar eficazmente na instalação do mesmo bispado, mormente no que diz respeito à residência do bispo. Sendo franqueada a palavra a todos os presentes, uso dela primeiro o rvmo. Pe. vigário da paróquia de Dourados, oferecendo o convento franciscano para moradia provisória do bispo. Foi bem aceita esta proposta, concordando depois todos os presentes em organizar uma campanha afim de prover o novo bispo com o mais necessário para a sua instalação. Resolveu-se promover para este fim, umas sessões de cinema, um chá com desfile de bonecas, uma ou outra rifa, um livro de ouro, etc. Sugeriu-se também providenciar, desde já, a aquisição de um terreno para a futura catedral de Dourados, ideia essa que foi bem acolhida. Terminando a reunião, usou da palavra o exmo. sr. Walmor Borges, DD. coletor federal e presidente da Câmara Municipal, que em seu próprio nome e no de todos os presentes, agradeceu ao exmo. e revmo. sr. administrador apostólico a visita e lhe prometeu irrestrito apoio à grande obra, prestes a se realizar na nossa cidade. Dom Ladislau Paz, que com suas maneiras amáveis conquistara logo a simpatia de todos, ao despedir-se, expressou o seu contentamento em verificar o entusiasmo e a prontidão com que os católicos de Dourados souberam receber a decisão da Santa Sé, criando o Bispado de Dourados para maior glória de Deus, para o bem das nossas almas e também para o progresso da nossa cidade.

Seu primeiro bispo foi D. José de Aquino Pereira, do clero secular, sacerdote desde 1944, ex-cura da da catedral de São Carlos, no estado de São Paulo. Sua nomeação no "Osservatore Romano", deu-se em 1° de fevereiro de 1958. 


FONTE: Frei Pedro Knob, A missão franciscana do Mato Grosso, Edições Loyola, São Paulo, 1988, página 216.

FOTO: D. José de Aquino Pereira, primeiro bispo de Dourados. Acervo da Diocese de Dourados.


15 de junho

2016 - Metraficante morre em emboscada na fronteira

O megatraficante brasileiro Jorge Rafaat Toumani morreu fuzilado em um tiroteio, emboscado no centro de Pedro Juan Caballero, cidade paraguaia onde vivia como suposto empresário de segurança privada, na fronteira com Ponta Porã.

O bando motorizado que o atacou usou armamento de guerra e artilharia anti-aérea: fuzis e uma metralhadora Browning M2. 50, escondida dentro de uma caminhonete para parar o veículo blindado do narcotraficante. Uma intensa troca de tiros entre quadrilhas chamou a atenção da Polícia Nacional do Paraguai, não conseguiu abortar o objetivo da operação.

Segundo as autoridades policiais, tudo começou as 18h45, quando Rafaat foi emboscado em uma cena de proporções cinematográficas nas principais ruas de Pedro Juan Caballero. O traficante não teve tempo de reagir. Seus guarda-costas estavam em outros veículos e perseguiram os rivais por algumas quadras.

Conforme o jornal ABC Color, Rafaat recebeu dezesseis tiros disparados por um bando de pistoleiros. Morreu na hora, sentado ao volante da Hammer. Um vídeo capturado por câmeras de segurança e divulgado pela imprensa mostra parte do confronto no trânsito. Um Toyota de cor clara passa à frente do comboio que protegia a Hammer de Rafaat e inicia os disparos de metralhadora, logo após o cruzamento, enquanto as pick-ups de sua segurança ficaram paradas. Em seguida, os homens do traficante descem armados com fuzis, disparam algumas vezes e correm. Mas o carro do chefe já estava fuzilado adiante.

Segundo a imprensa paraguaia, ele já havia sido alvo de um atentado anterior, cometido pela facção brasileira do PCC. Rafaat teria assumido nos anos 2000 rotas do tráfico antes operado por Fernandinho Beira-Mar. Ele já era alvo da justiça brasileira em ao menos cinco ações penais, crimes como tráfico internacional, associação criminosa e lavagem de dinheiro.

O corpo de Rafaat foi sepultado no cemitério de Ponta Porã.


FONTE: Veja (online), 16/06/2016.

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

14 de Setembro


14 de setembro

1865 - Guerra do Paraguai: expedicionários chegam a Monte Alegre

Igreja matriz de Monte Alegre de Minas em foto do início do século XX


A força expedicionária brasileira, destinada ao Sul de Mato Grosso, para combater os paraguaios, chega a Monte Alegre, no triângulo mineiro, terra do fundador de Campo Grande. A informação é do cadete Taunay:

"A 2 léguas do pouso, atravessa-se o córrego da Matta e, uma légua adiante entra-se no arraial de Monte Alegre, onde chegamos as 11 horas. Esta povoação do termo do Prata conta com 400 ou 500 habitantes e algumas casas cômodas, caiadas e cobertas de telhas. A matriz oferece simples aparência e fecha uma pequena praça rodeada de palhoças. O comércio, quase nulo, se mantem, embora em muito insignificante escala, pela passagem, hoje rara, de lotes de animais. Aí no demoramos alguns momentos, seguindo para o acampamento que se estabelecera a 1/4 de légua do arraial, no lugar denominado Pimenta. A marcha foi de 2 1/2 léguas, por estrada mais ou menos regular e de largura variável. Os campos são cobertos de cerrados com os caracteres já descritos. À tarde houve grande temporal."

Menos de sete anos depois, seguindo a trilha da expedição, José Antonio Pereira chegava a Campo Grande.
 

FONTE: Taunay, Marcha das Forças, Companhia Melhoramentos de São Paulo, São Paulo, 1928, página 80.

1866 Vestígios da invasão paraguaia 

Serra de Maracaju no porto Canuto no rio Aquidauana, desenho de Taunay (acervo da fazenda Taboco)

Ao atravessar o rio Aquidauana, no seu trajeto entre Coxim e Miranda, a força expedicionária de Mato Grosso passa a notar os primeiros vestígios da ocupação dos inimigos que recuavam à medida que os brasileiros se aproximavam:

“Saindo do pouso as 9 horas e 5 minutos a ¼ de légua na direção O. passou-se diante de um dos mais importantes vestígios da invasão paraguaia: era uma paliçada de grossos paus de aroeira com canhoneiras nos flancos, a qual servia de defesa contra os ataques insidiosos dos índios, de que tinham sofrido várias vezes os paraguaios. Dominado por um mangrulho que permitia à sentinela o devassar de extenso horizonte, compreendia esse palanque algumas casas de palha e ranchos que tinham sido entregues às chamas por ocasião da retirada.
Continuando daí a marcha no rumo médio S. O. foi-se pousar as 11 horas, com 2 ¼ léguas junto às poças de água formadas pelo chamado córrego Ipegue, que só merece tal denominação numa das estações do ano.
Ali existiam ainda vestígios da passagem dos paraguaios.
Um aldeamento de índios que antes da invasão cultivava as terras próximas foi destruído, ficando só como resto da antiga cultura um laranjal em parte estragado pelo fogo.
Os terrenos percorridos neste dia são de pouca declividade: os campos dobrados, desbastados, com capões de quando em quando.
A água que se tem encontrado é má, de sabor desagradável, quase salobra.”. 


FONTE: Taunay, Alfredo D’Esgragnolle, Em Mato Grosso Invadido, Companhia Melhoramentos de S. Paulo, sd; Página 82.



14 de setembro

1969 - Morre o deputado federal Weimar Torres


Weimar Torres (primeiro à esquerda) com Pedro Pedrossian, durante
governo itinerante em Dourados. (Foto do acervo de Sultan Rasslan)


Aos 46 anos morre em Londrina, vítima de desastre do avião, o deputado federal Weimar Gonçalves Torres, fundador do jornal O Progresso, de Dourados.
Era filho do advogado Dr. José dos Passos Rangel Torres, natural da Paraíba e de dona Dionísia Gonçalves Torres, natural de Ponta Porã. Fez os primeiros estudos no Grupo Escolar e no Colégio Salesiano de sua cidade natal. Bacharelou-se em Ciências e Letras no Ginásio Municipal “Dom Bosco”, em Campo Grande. Faculdade de Direito do Rio de Janeiro, no ano de 1947, bacharelou-se em Ciências Jurídicas.
Em maio de 1948, instala-se com a sua banca de advocacia, sendo ele o primeiro advogado de Dourados. A 29 de janeiro de 1951 casa-se Adiles do Amaral, filha do senhor Vlademir Muller do Amaral, agrimensor, pecuarista e comerciante e de dona Theodolina Ugolini do Amaral, ambos nascidos no Rio Grande do Sul.
Jornalista e poeta e político, Weimar Torres, em 1950 elegeu-se Vereador à Câmara Municipal de Dourados, tendo tomado posse dois dias após seu casamento. Filiado ao Partido Social Democrático, no qual ingressara em 1945, quando ainda era estudante, tomou parte na campanha que levou o General Eurico Gaspar Dutra à presidência do Brasil.
Em 21 de abril de 1945 do mesmo ano lança o primeiro número do jornal “O Progresso”.
Reeleito Vereador em 1954, candidato a Deputado Estadual em 1959, não alcançou a vitória desejada, tendo exercido o mandato por apenas três meses, como suplente. Neste mesmo período exerceu o cargo de Promotor Público de Justiça na Comarca de Dourados e dirigiu a Rádio Clube de Dourados, tendo então, organizado a sua discoteca. Foi um dos elaboradores dos Estatutos do Clube Social de Dourados, tendo sido o seu terceiro presidente.
Em 62 elege-se deputado estadual e muda-se para Cuiabá, onde organiza com alguns amigos o semanário A Tribuna Liberal. Em 1965 lidera a campanha vitoriosa de Pedro Pedrossian para o governo do Estado e em 1966, elege-se deputado federal.
Uma das principais ruas de Dourados tem o seu nome.

FONTE: Paulo Hamilton, Professor escreve a história de Weimar Torres, Douradosagora.com.br, sd.

OBISPO MAIS FAMOSO DE MATO GROSSO

  22 de janeiro 1918 – Dom Aquino assume o governo do Estado Consequência de amplo acordo entre situação e oposição, depois da Caetanada, qu...