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domingo, 13 de fevereiro de 2011

20 de maio



20 de maio

1889 - Campo Grande, a cidade contra o crime

Santo Antonio de Campo Grande no início do século passado

Sub-delegado de maio a outubro de 1889, Joaquim Vieira de Almeida já se preocupava com a criminalidade importada, sobretudo de Estados vizinhos, como consta no ofício abaixo endereçado ao juiz de Rio Verde, em Goiás:

Subdelegacia de Polícia de Campo Grande, 20 de maio de 1889 - Província de Mato Grosso. - Comarca de Miranda, Ilmo. Snr. Sendo as fronteiras pontos em que criminosos de costume procuram para se ocultarem, infestando as localidades como seja esta, que sendo já bastante povoada acha-se atulhada de criminosos foragidos das províncias vizinhas, segundo a voz pública, parte dos quais habituados a praticarem desacatos, põem sempre em alarme os lugares onde permanecem; tomo por isso a deliberação de dirigir-me a V. S. visto constar haver neste Distrito criminosos dessa Província e Comarca de onde é V.S. muito digno juiz municipal, a fim de se julgar de direito expedir precatórias dirigidas ao Snr. Dr. Juiz municipal do termo de Miranda ao qual pertence esse distrito, a fim de serem capturados. Ilmo. Sr. Dr. Juiz municipal do termo de Rio Verde, da província de Goiás.



FONTE: Revista Folha da Serra, edição de 26 de agosto de 1936.


20 de maio

2001 - Morre Vicente Emílio Vuolo




Aos 72 anos, falece em Brasília, o advogado Vicente Emílio Vuolo, filho do italiano Francesco Palmieri Vuolo e de Adalgisa Rosa Vuolo.

Bacharelou-se em ciências jurídicas e sociais pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) em 1956.

Em 1957, tornou-se chefe de polícia do governador João Ponce de Arruda (1956-1961). Primeiro promotor de justiça em Cuiabá, ocupou também a Procuradoria da República no estado e a Procuradoria Regional Eleitoral, além de membro do Conselho Penitenciário de Mato Grosso. Nas eleições de outubro do ano seguinte, elegeu-se deputado à Assembleia Legislativa do seu estado na legenda do Partido Social Democrático (PSD), assumindo o mandato em fevereiro de 1959. Foi vice-líder do PSD entre 1959 e 1961, prefeito de Cuiabá de 1962 a 1966 e consultor jurídico do estado. Com a extinção dos partidos políticos pelo Ato Institucional nº. 2 (27/10/1965) e a posterior instauração do bipartidarismo, filiou-se à Aliança Renovadora Nacional (Arena). Nessa legenda, foi mais uma vez eleito no pleito de novembro de 1970, exercendo a vice-presidência da mesa da Assembleia entre 1973 e 1974. Ainda nessa legislatura, foi presidente da comissão especial pró-solução do problema energético da região norte e leste mato-grossense.

Em novembro de 1974, foi eleito deputado federal pelo estado de Mato Grosso na legenda da Arena, assumindo o mandato em fevereiro de 1975. Nesse mesmo ano, passou a integrar a Comissão de Trabalho e Legislação Social e, como suplente, a Comissão de Transportes da Câmara. Em 1975, apresentou um projeto que previa a inclusão da construção de uma ferrovia interligando São Paulo-Rubinéia (SP)-Aparecida do Taboado (MS)-Rondonópolis (MT)-Cuiabá (MT) no Plano Nacional de Viação. No ano seguinte, o projeto foi sancionado pelo então presidente da República, Ernesto Geisel.

Nas eleições de novembro de 1978, foi eleito senador, assumindo o mandato em fevereiro do ano seguinte, após ter deixado em janeiro a Câmara Federal. Foi presidente e vice-presidente da Comissão de Transportes, Comunicações e Obras Públicas e membro da Comissão de Justiça. Durante o mandato de senador, continuou na batalha pela ferrovia e conseguiu um convênio entre a União e o estado de São Paulo, onde cada um participaria com 50% dos recursos para a construção de uma ponte rodoferroviária sobre o rio Paraná, em São Paulo, principal obstáculo para o desenvolvimento do projeto.

Com a extinção do bipartidarismo em novembro de 1979 e a conseqüente reformulação partidária, filiou-se ao partido governista, o Partido Democrático Social (PDS).

Nas eleições de novembro de 1982, concorreu a uma cadeira no Senado Federal, na sublegenda do PDS, sendo derrotado no pleito por Roberto Campos, do mesmo partido. Em fevereiro de 1984, ao formalizar sua adesão ao Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), afirmou que foi traído pelo PDS, ao preterir seu nome como candidato ao Senado, dando apoio e colocando a máquina do Estado a serviço do ex-embaixador Roberto Campos.

Em 1986, chegou a anunciar e lançar sua candidatura pelo PMDB ao Senado. No entanto, renunciou à candidatura em outubro alegando motivos de saúde. Ao comunicar essa decisão, Vuolo reiterou total apoio ao candidato do partido ao governo estadual, Carlos Bezerra. Paralelamente, circularam informações de que Vuolo estaria ressentido com o partido por não ter conseguido incluir o nome de um dos seus filhos na lista de candidatos proporcionais aprovados pela convenção.

Afastado dos cargos eletivos, mas permanecendo na luta pela construção da ferrovia, em 1988 Vicente Vuolo participou de um simpósio onde conseguiu convencer o chamado “rei da soja”, Olacir de Morais, a desistir da construção de uma ponte na localidade de Colômbia (SP), na divisa de São Paulo com Minas Gerais, para lutarem pelo projeto originariamente apresentado por Vuolo e pela utilização de tecnologia italiana. Ainda nesse período, Orestes Quércia, governador do estado de São Paulo, lançou a pedra fundamental da construção da ponte. No ano seguinte, o então presidente José Sarney assinou o contrato de concessão da Ferronorte, de propriedade do grupo Itamarati sob o comando de Olacir de Morais, que objetivava a construção de uma ferrovia no Centro-Oeste brasileiro.

Em 1995, com o início do primeiro governo de Fernando Henrique Cardoso, as obras da construção da ponte pararam em função do veto do então ministro do Planejamento, José Serra, à verba orçamentária destinada à conclusão da obra. Ainda nesse ano, Vuolo organizou várias manifestações pelo asfaltamento da rodovia MT-100, que cumpria o papel de ligação com a ponte rodoferroviária.

Nesse ínterim, Vuolo organizou várias manifestações pela retomada das obras, além de lançar um manifesto, em 1997, lido na íntegra pelo então deputado federal matogrossense Gilnei Viana, na Câmara dos Deputados, que pedia o fim da quebra de contrato por parte do governo federal. Posteriormente, os recursos para a conclusão da obra foram liberados pelo governo de Fernando Henrique Cardoso, através do programa Brasil em Ação, que reunia as previsões orçamentárias do governo federal. Nesse mesmo ano, liderou um protesto pela pavimentação da rodovia MS-306, que, juntamente com a obra na MT-100, proporcionaria um novo acesso a São Paulo e a integração nacional.

Ainda em 1997, foi aprovado pela Assembléia Legislativa de Mato Grosso o projeto de autoria do deputado Wilson Santos, que deu o nome de Senador Vuolo ao trecho da ferrovia que corta o estado do Mato Grosso e sob a autoria do deputado sul-matogrossense também deu seu nome aos trechos de Aparecida do Taboado-Inocência-Chapadão do Sul-Costa Rica, todos no Mato Grosso do Sul. Em virtude de sua dedicação à causa da ferrovia, recebeu diversas homenagens, entre elas a medalha de Mérito Ferroviário, concedida pela Rede Ferroviária Nacional, e o título de senador honorário do Oeste Paulista, da Associação dos Municípios do Oeste Paulista.

Era casado com Leide da Costa Vuolo, com quem teve três filhos.



FONTE: Cristiane Jalles, Vicente Emilio Vuolo, FGV CPDOC, (http://www.fgv.br/Cpdoc/Acervo/dicionarios/verbete-biografico/vicente-emilio-vuolo)




sexta-feira, 27 de setembro de 2013

28 de setembro

28 de setembro

 
1886 – Bispo de Cuiabá chega pela primeira vez a Campo Grande

Capela de Santo Antonio, primeira igreja de Campo Grande


Na primeira visita da mais alta autoridade da igreja católica da província ao povoado, chega ao vilarejo chefiado por José Antônio Pereira, 28 de setembro de 1886, d. Carlos Luis D’Amour, bispo de Cuiabá, com jurisdição em todo o Estado. O registro é do cônego Bento Severiano da Luz, escriba da comitiva:

Pelas 7:00 horas da manhã deixamos a Lagoinha e às 9 apeamo-nos em casa de José Tomaz da Cunha, no lugar chamado Lagoa, onde já se achava um grupo de cavaleiros da povoação de Campo Grande, deputados para encontrar nessa altura a S. Exa. Rvma. O sr. Cunha nos deu excelente almoçozinho e desvanecidamente cumpriu seu dever o que foi muito auxiliado pelas boas maneiras de sua gentil consorte a Exa. Sra. D. Josefa Benedita de Jesus. Nada vi ali que mereça atenção a não ser o local, que é aprazibilíssimo pela vista que oferece. À pequena distância passam dois arroios, o que dá nome ao sítio e o Imbirussu; ambos são tributários do Inhandui, que os recebe na margem direita. Partimos depois do meio-dia. Em caminho, a mais de meia légua de distância, encontramos uma multidão de cavaleiros perfilados com dez batalhões, tendo por uniforme (quase todos) palas listradas e de duas vistas. Depois deste encontro vieram outros e mais outros até a povoação, a cuja entrada repetiu-se a mesma cena dos outros povoados, isto é, fogo do ar, salvas de ronqueiras, beija-mão, etc. Enfim a festa que se fez para honrar a chegada do pastor a uma localidade é demasiadamente popular para que eu aqui a descreva ainda. S. Exa. Rvma. ocupou uma casa que o sr. José Antônio Pereira lhe havia preparado e recebeu deste distinto cavalheiro um tratamento franco e generoso quanto permitiam os recursos do lugar.


Dom Luis e sua comitiva deixam Campo Grande, de volta a Cuiabá, as 7 horas da manhã do dia 4 de outubro.

FONTE: Luis Philippe Pereira Leite, Bispo do Império, edição do autor, sd, página 180.



 28 de setembro

1948 – Criado o município de Aparecida do Taboado 


Pela lei estadual número 30, o distrito de Aparecida do Tabuado, na região leste Sul de Mato Grosso, é desmembrado do município de Paranaíba. Fundado em 1910 em terras doadas por Antonio Leandro de Menezes, a vila nasceu com o nome de Lagoa Suja. Faz divisa com o Estado de São Paulo. A sua economia tem por base a pecuária, sendo que a zona urbana começou na última década a ser beneficiada com o surgimento de várias indústrias.Está  ligada ao Estado de São Paulo pela ponte rodoferroviária da Ferronorte.


FONTE: Enciclopédia Forças Vivas da Nação, 74

FOTO: Wikipédia


28 de setembro

1972 - Inaugurado o Palácio do Comércio, nova sede da Associação Comercial de Campo Grande
                                                                                          ACICG



É inaugurado o Palácio do Comércio, nova sede da Associação Comercial e Industrial de Campo Grande, à rua 15 de Novembro, 390, em frente à praça Ari Coelho. O ato, dirigido pelo empresário Nelson Borges de Barros, presidente da entidade, foi prestigiado pelo governador do Estado, José Frangelli, o prefeito Antonio Mendes Canale e uma grande plateia, composta de autoridades e empresários.

O prédio é, segundo boletim da associação, "é um empreendimento fora do comum, de arquitetura de vanguarda, em dois blocos ultrafuncionais, de 16 andares, com todos os apartamentos de frente e independentes. No mesmo local, porém com entradas isoladas e completamente separadas dos apartamentos, funcionará a Associação Comercial de Campo Grande, da qual obtivemos a honra e a primazia da construção do Palácio do Comércio". 


FONTE: ASSOCIAÇÃO Comercial e Industrial de Campo Grande, (revista) Registros na História (1926 - 2016), Campo Grande, 2016, página 101.

OBISPO MAIS FAMOSO DE MATO GROSSO

  22 de janeiro 1918 – Dom Aquino assume o governo do Estado Consequência de amplo acordo entre situação e oposição, depois da Caetanada, qu...