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sábado, 14 de dezembro de 2013

27 de dezembro

27 de dezembro

1864 – Paraguaios atacam forte Coimbra




Sob o comando coronel Vicente Barrios, as forças de invasão de Solano Lopez, protegidas por denso nevoeiro, se aproximam da fortificação brasileira no rio Paraguai e somente “quando a fumaça das chaminés dos navios foi avistada pelas sentinelas, Coimbra tomou conhecimento do avanço paraguaio.”

A frota de Barrios, segundo Carlos Francisco Moura, “capitaneada pelo Igurey, era formada por 5 vapores e 5 grandes embarcações a reboque e totalizava 39 canhões de bordo. Vieram a reboque também balsas-curral com gado para o abastecimento da tropa e cavalos. As tropas de combate formavam 4 batalhões, num total de 3.200 homens. Traziam também 12 peças de campanha.”


As forças de Coimbra, ainda conforme o mesmo autor, a “artilharia era constituída de 31 canhões velhos, dos quais apenas 11 estavam em condições de atirar, mas como o número de artilheiros era insuficiente, só 5 podiam ser manejados.


Ao amanhecer, o comandante brasileiro recebe o seguinte ultimatum:


Viva la República Del Paraguay! A bordo del vapor de guerra Igurey. Deciembre 27 de 1864. El Coronel Comandante de la Division de Operaciones del Alto Paraguay, em virtud de órdenes expressas de su gobierno, viene a tomar posesió del fuerte de su mando, y quiriendo dar una prueba de moderacion y humanidad invita á V. para que dentro de una hora lo rinda, pues que no hacerlo asi, y cumplido el plazo señalado, procederá a tomarlo á viva fuerza quedando la guarnición sugeta ás leyes del caso. Mientras espera su pronta respuesta, queda de V. atento, Vicente Bárrios. Al Señor Comandante del Fuerte de Coimbra.

 
Mesmo em completa desvantagem o comandante brasileiro respondeu ao inimigo com altivez:


Distrito Militar do Baixo-Paraguai, no Forte de Coimbra, 27 de dezembro de 1864. O tenente-coronoel , comandante deste Distrito Militar, abaixo assinado respondendo à nota enviada pelo coronel Vicente Bárrios, comandante da Divisão em Operações no Alto-Paraguai, recebida às 8 1/2 horas da manhã, na qual lhe declara que, em virtude de ordens expressas de seu governo, vem ocupar esta fortaleza; e querendo dar uma prova de moderação e humanidade o intima para que a entregue, dentro do prazo de uma hora, e que, caso não a faça, passará a tomá-la à viva força, ficando a guarnição sujeita às leis do caso: - tem a honra de declarar que, segundo os regulamentos e ordens que regem o Exército Brasileiro, a não ser por ordem de autoridade superior, a quem transmite neste momento cópia da nota a que responde - só pela sorte e honra das armas a entregará; assegurando a S. S. que os mesmos sentimentos de moderação que S. S. nutre, também nutre o abaixo assinado. - Pelo que o mesmo comandante, abaixo assinado, fica aguardando as deliberações de S. S., a quem Deus guarde.


Hermenegildo de Albuquerque Portocarrero, tenente-coronel.


O ataque paraguaio ao forte foi autorizado com o desembarque de suas tropas em ambas as margens do rio:

Os paraguaios romperam fogo às 11 horas com canhões de bordo e a seguir com os canhões de campanha instalados do outro lado do rio, no morro da Marinha. Como entretanto os projéteis não alcançaram o forte, Portocarrero só respondeu o fogo às 14 horas.
A infantaria passou também ao ataque, avançando por entre a vegetação, mas era castigada pela artilharia e pela fuzilaria do forte.
As 19,30 a infantaria paraguaia cessou fogo e recolheu-se aos navios.
A guarnição do forte estava exausta, pois durante todo o dia combatera sem tréguas.(...)


Prosseguiu depois a fuzilaria e o canhoneio até à noite, quando novamente os paraguaios se recolheram aos navios.


Nessa noite o comandante Portocarrero reuniu um conselho de oficiais para discutir a gravidade da situação. Não era possível prosseguir a resistência, pois só restavam 1.000 cartuchos e não havia meios para confeccionar outros em número suficiente para resistir no dia seguinte. 


A conclusão a que chegaram todos foi a de que deviam abandonar o forte.
As 21 horas começaram os preparativos no maior sigilo para não levantar suspeitas aos paraguaios. Às 23 horas a Anhambai partiu rio acima. Nele embarcaram todos, soldados e civis e mulheres e crianças que residiam na aldeia. Apenas os índios aliados preferiram seguir por terra, seguindo as trilhas do sertão que bem conheciam. A guarnição levou consigo a bandeira do forte e a imagem da padroeira.


No dia seguinte, Barrios ocupa o forte abandonado.

FONTE: Carlos Francisco Moura, O forte de Coimbra, sentinela avançada da fronteira, Edições UFMT, Cuiabá, 1975, página 60.

FOTO: TV Morena/Campo Grande.


27 de dezembro

1947 - Localizado avião desaparecido entre Cáceres e Corumbá

Aviões da FAB localizam avião e pilotos desaparecidos em voo entre Cáceres e Corumbá:

"Segundo noticiaram os jornais de ontem, o piloto Renato Pedroso, em virtude de uma avaria no avião que conduzia, de volta de Cáceres, havia desaparecido na última sexta-feira. Grande número de aparelhos da F.A.B. e de particulares, após ter conhecimento da notícia, puseram-se em campo à procura do conhecido aviador.

Felizmente três aparelhos, sendo dois da Força Aérea Brasileira, procedentes de Campo Grande, que estiveram pesquisando o local do desaparecimento do avião pilotado por Renato Pedroso, conseguiram localizar o desaparecido que se encontra, são e salvo na fazenda do Cecro, distante vinte quilômetros desta cidade. Falando ao jornalista, declarou o aludido aviador que quando regressava de Cáceres, ocorreu uma pane no motor do avião, em consequência do que se viu obrigado a uma aterrissagem forçada, no prado da fazenda onde se encontra. Teve êxito a manobra, sofrendo o aparelho ligeiros desarranjos".

FONTE: Jornal de Notícias (SP), 30/12/1947.


27 de dezembro

2021 - Vítimas fatais do coronavírus tem dia de memória em Campo Grande

O Diário Oficial de Campo Grande publicou a lei 6.768, de iniciativa da Câmara Municipal, estabeledendo o 13 de abril, como o “Dia em Memória das Vítimas Fatais da Covid-19”l.

Com isso, a data passou a ser incluída no Calendário Oficial de Eventos do Município de Campo Grande.

O dia 13 de abril foi escolhido por ser a data em que foi registrado o primeiro óbito pela doença no município.


Ainda como lembrança dos mortos da covid 19, em julho, o prefeito autorizou a criação de memorial em homenagem aos mortos da Covid-19, sendo denominado "Apóstolo Edilson Vicente da Silva", pai do vereador Epaminondas Vicente Silva Neto, conhecido como 'Papy'.

O local tem como principal objetivo “guardar a memória dos cidadãos e prestar homenagem às vítimas”, que deverá conter a foto, nome completo e data de morte do homenageado.


FONTE: Correio do Estado, Campo Grande, 27/12/2021.

sábado, 5 de fevereiro de 2011

27 de março

27 de março

1867 - Assinado o Tratado de La Paz



Brasil e Bolívia, em plena guerra do Paraguai firmam o "Tratado de Amizade, Limites, Navegação, Comércio e Extradição," pelo qual a Bolívia conseguiu condomínio nas lagoas que lhes permitiram saída para o rio Paraguai, cujas águas "correndo pelo território brasileiro," seriam "livres para o comércio e navegação mercante da República da Bolívia". O Brasil foi representado no ato por Lopez Neto. Assinou pela Bolívia, Mariano Donato de Muñoz, ministro das Relações Exteriores. 


FONTE: Virgílio Correa Filho, História de Mato Grosso, Fundação Júlio Campos, Várzea Grande, 1994, página 559.


27 de março


1879 - Morre em Campinas Hercules Florence



O cerrado matogrossense retratado por Hercules Florence



Aos 75 anos, falece o pintor francês que, com Adrien Taunay e Rugendas, formou o grupo de desenhistas da expedição Langsdorf, patrocinada pelo governo russo e que fez explorações científicas em Mato Grosso e Amazônia, entre 1825 e 1829. Florence, além do acervo artístico legado, escreveu Viagem fluvial do Tietê ao Amazonas, obra traduzida pelo Visconde de Taunay. 

Sobre Florence, o Barão do Rio Branco, em suas Efemérides Brasileiras (edição do Instituto Histórico Brasileiro -1918) dá a seguinte notícia:

Vindo para o Brasil em 1824, logo no ano seguinte tomou parte na expedição Langsdorff, de volta da qual desposou uma filha de Francisco Alvares de Vasconcelos, o notável político paulista, estabelecendo-se em Campinas, onde faleceu em 27 de março de 1879. Hábil desenhista, precedeu a Daguerre e Diepce no invento dos processos de fixar a figura humana, dos quais surgiu a fotografia; imaginou diversos sistemas de impressão, tendo fundado a primeira tipografia que houve em Campinas e na qual se editou o órgão da revolução de 1842; inventou a poligrafia e o papel inimitável e foi o primeiro que estudou aprofundadamente, tentar do sistematizá-la à linguagem dos animais inferiores. Além da interessante memória a esse respeito, intitulada 'zoofonia', trabalho que lhe valeu o ser admitido em 1877 no benemérito grêmio fundado em 1838. Com o título 'Um herói da ciência', Hércules Florence publicou Estevam Leão Bourroul, em 1901, um vultuoso estudo histórico literário sobre o sábio francês, que passou em nossa Pátria a maior parte de sua longa e utilíssima existência.


FONTE: Hercules Florence, Viagem fluvial do Tietê ao Amazonas de1825 A 1829, Edições Melhoramentos, São Paulo, 1941. Na introdução; e Estevão de Mendonça, Datas Matogrossenses, 2a. edição, Casa Civil do Governo do Estado de Mato Grosso, Cuiabá, 1973, página 152.



27 de março

1885 - Campo Grande, um vilarejo fora-da-lei




As notícias que chegavam de Campo Grande nos mais diferentes lugares não eram nada alentadoras, com relação à segurança dos moradores da localidade. Ao mesmo tempo em passavam um cenário de enorme potencial econômico, geravam enorme desconforto quando tornavam evidente a violência que avassalava o vilarejo. Com efeito, veja o que diz o jornal O Iniciador, de Corumbá, em sua edição de 27 de março de 1885:

"De Campo Grande também recebemos notícias desanimadoras. Outro italiano, cujo nome o correspondente promete ministrar-nos, foi barbaramente assassinado a CACETADAS. Dizem-nos que a questão deu-se com o sócio da vítima por ter ela subscrito com três mil telhas para a construção de uma capela, com o que contribuiu contra a vontade do sócio. Não é de hoje que o importante núcleo, que se está formando em Campo Grande, reclama a atenção do governo provincial.

Mais de 300 famílias se acham ali estabelecidas desde 1879 e até hoje ainda para lá não foi remetido um destacamento nem há nomeação de autoridade alguma policial, medidas urgentes reclamadas pelos habitantes daquela povoação, onde são frequentes os assassinatos, raptos, estupros e violação da propriedade alheia, segundo somos informados.

Ainda há pouco, dizem-nos, um sr. Ribeiro mandou assassinar no Paraguai a um tal de Rosas, e os capangas não fizeram mistério da ordem recebida, que propalaram abertamente até a véspera da perpetração do crime.

Do atual administrador da província, zeloso e solícito pelo bem público, como folgamos de reconhecer, esperamos remédio a tantos males, como o esperam os habitantes daquela nascente povoação".
  
A primeira sub-delegacia de polícia somente seria criada em 6 de maio de 1889, com a nomeação e posse de Joaquim Vieira de Almeida para seu titular. 


FONTE: Jornal O Iniciador (Corumbá), em 27 de março de 1885.


27 de março

1925 - Movimento rebelde em Corumbá




Sargento Aquino, um dos líderes da revolta

 
Chefiada pelos sargentos Antonio Carlos de Aquino e Armando Granja, estoura na madrugada, no 17º Batalhão de Caçadores rebelião armada, sob influência dos revolucionários paulistas, liderados pelo general Isidoro. Os rebeldes aprisionam o comandante capitão Luis de Oliveira Pinto e tentam tomar várias repartições públicas na cidade. O coronel Frutuoso Mendes, chefe do Serviço de Recrutamento e dois tenentes, um deles alvejado e ferido, organizaram a contra-revolta, soltaram o comandante e dominaram a situação. Feitos prisioneiros e condenados, o sargento Granja foi fuzilado e o sargento Aquino, num vacilo da guarda que o conduzia ao lugar da execução, conseguiu escapar, atravessando o rio Paraguai a nado.




FONTE: Lécio Gomes de Souza, História de Corumbá, edição do autor, Corumbá, sd. página 142. O Mato Grosso (Cuiabá), 28 de dezembro de 1930.


FOTO: Sargento Aquino, do acervo do professor Valmir Batista Correa.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

14 de dezembro

14 de dezembro 


1826 – Expedição Langsdorff chega a Albuquerque



Estampilha do correio russo em homenagem à Expedição Langsdorff, que
explorou Mato Grosso na rota dos bandeirantes



Expedição científica, à frente o conde de Langsdorrff, patrocinada pelo governo russo, em sua longa viagem entre São Paulo e a Amazônia, chega finalmente a Albuquerque:


No dia 13, recomeçamos a navegar contra a corrente e fomos à tarde pousar na margem direita, incomodados por um pé-de-vento que levantava ondas capazes de fazer perigar nossas embarcações. Quando acalmou veio grossa chuva aumentar o tormento a que multidões de mosquitos nos sujeitavam.
Do lado do O. avistávamos então montanhas que em distância aproximada de duas léguas formam uma serra paralela ao curso do Paraguai. Já a mencionei atrás.


Pela manhã de 14, alcançamos a povoação de Albuquerque, assente à margem direita do rio e em terreno um tanto alto e enxuto. Quatro lances de casas em torno de uma praça, uma capelinha intitulada igreja e uma casa para os oficiais de primeira linha, constituem o povoado.

Não vi senão quatro a cinco brancos; o resto era crioulo, caburé, mestiço ou índio. O comandante, oficial de milícias era de cor parda.

FONTE: Hercules Florence, Viagem Fluvial do Tietê ao Amazonas, de 1825 a 1829, Edições Melhoramentos, São Paulo, 1941, página 70


14 de dezembro


1864 - Para invadir o Brasil, Vicente Barrios deixa Assunção



Expedição comandada pelo coronel Vicente Barrios, composta de 3200 homens, com 12 peças raiadas de 36 foguetes à Congréve de 24, embarca em Assunção, para tomar Coimbra e Corumbá. Aos soldados foi distribuída a seguinte proclamação:
Soldados – foram estéreis os meus esforços para manter a paz. O Império do Brasil mal conhecendo o nosso valor e entusiasmo, provoca-nos a guerra; a honra, a dignidade nacional e a conservação dos mais caros direitos nos mandam aceitá-la.

Em recompensa da vossa lealdade e grandes serviços fixei sobre vós minha atenção, escolhendo-vos entre as numerosas legiões que formam os exércitos da República, para que sejais os primeiros a dar uma prova de valentia das nossas armas, recolhendo os primeiros louros que devemos reunir aos que os nossos maiores puseram na coroa da Pátria, nos memoráveis dias de Paraguai e Taquary.


A vossa subordinação, disciplina e constância nas fadigas me respondem pela vossa bravura e brilho das armas que ao vosso valor confio.
Soldados e marinheiros. Levai este voto de confiança aos vossos companheiros que das nossas fronteiras do norte hão de se vos reunir; marchai serenos ao campo da honra, recolhei glória para a Pátria e honra para vós e vossos companheiros; mostrai ao mundo quanto vale o soldado paraguaio. – Francisco Solano Lopez.


ataque ao forte Coimbra aconteceria no dia 27 de dezembro e sua tomada no dia seguinte.


FONTE: Estevão de Mendonça, Datas Matogrossenses, (2ª edição) Governo de Mato Grosso, Cuiabá, 1973, página 316.


14 de dezembro

1943 - Baianinhos ameaçam invadir Estado de São Paulo

Cardoso, Rolim e João Batista, os baianinhos

Bando gaúcho de Campo Grande, conhecido por Baianinhos, ameaça atravessar o rio Paraná e invadir o território paulista. É o que informa o Correio Paulistano em sua edição dessa data:

BANDOLEIROS EM MATO GROSSO - Em data de 7 de agosto de 1941, a polícia de Mato Grosso solicitou auxílio da polícia civil de S. Paulo para o desbarato de uma quadrilha de bandidos que assolava o sul daquele estado. Segundo suas informações os bandidos se contavam em mais de 20, dos quais 8 paraguaios, todos chefiados pelos irmãoes "Baianinhos", apelido de Rolim, João e Cardoso Batista. O cabeça deles era João Batista. Constava ainda da informação que um quarto irmão também fora criminoso, vindo a acabar seus dias assassinado.

A Delegacia Especializada de Vigilância e Capturas do Gabinete de Investigações de S. Paulo, depois de se por a campo, conseguiu descobrir as fotografias dos indiciados, as quais foram distribuídas pela delegacias regionais do Estado.

Agora passado todo esse tempo, novamente aparecem em cena os três indivíduos. Segundo insistentes boatos, consta que os facínoras pretendem invadir o nosso Estado de S. Paulo. Para isso - dizem os informados - têm em seu poder fuzis e metralhadoras.

O dr. Inácio da Costa Ferreira, ciente do caso, ordenou a ida às fronteiras paulistas de 15 praças, um tenente, dois sargentos e 2 dos investigadores de sua Delegacia a ver se obtem a prisão dos criminosos.


FONTE: jornal Correio Paulistano (SP) 14 de dezembro de 1943.
FOTO: Diário da Noite (RJ).


14 de dezembro

2019 - Morre o ex-prefeito Juvêncio Cesar da Fonseca

Aos 84 anos, faleceu no Hospital do Proncor, em Campo Grande, o advogado Juvêncio César da Fonseca, ex-prefeito de Campo Grande, onde nasceu em 1935.
Segundo sua esposa, a advogada Suely Brandão, há cerca de dez anos ele foi disgnosticado com ostiomielite, doença que vinha tratando regularmente e apresentava um quadro satisfatório de estabilidade.Há dois meses foi internado por conta da infecção que se manifestou e apnéia. Segundo Suely nesse período teve picos de melhora, chegando a ficar quatro dias no apartamento, mas voltava para o CTI. Ontem, ela o visitou e disse que, apesar de não conversar com fluidez, respondia aos estímulos e a reconhecia.¹

Juvêncio cursou o ensino primário, secundário e médio em sua cidade natal e bacharelou-se em Direito pela Faculdade Cândido Mendes, no Rio de Janeiro. 
Após a formatura, voltou a Campo Grande e foi aprovado em concurso para defensor público. Neste período, foi professor na antiga FUCMT, hoje UCDB, e também presidente da Santa Casa.

Começou a carreira política como chefe de gabinete do então prefeito Marcelo Miranda. Em seguida, Juvêncio se elegeu vereador em 1982, e eleito prefeito de Campo Grande em 1985. Cumpriu mandato três anos, e em 1992 foi eleito novamente, para mandato de quatro anos. 

Em 1998 elegeu-se senador, encerrando sua carreira política ao final de seu mandato em 2007.²


FONTE: ¹Campo Grande News, 14/12/2019,  ²Entrevista de Juvêncio César da Fonseca à TV Assembleia, Campo Grande, 25/06/2019




sábado, 14 de dezembro de 2013

25 de dezembro

25 de dezembro

1846 – Morre em Cáceres o chefe da Sabinada baiana

Sabinada, a revolta separatista e republicana da Bahia

Falece em seu exílio na fazenda Jacobina, em Cáceres, o médico baiano Francisco Sabino Alves da Rocha Vieira (foto), chefe da revolta de 1837, que ficou registrada na história do Brasil como Sabinada.

“Preso com pesados grilhões ao colo e aos pulsos, foi depois condenado à morte, e por comutação de pena, deportado para a província de Goiás. Casou-se nessa província (já era viúvo) e abandonou a esposa, de onde passou para Mato Grosso”.


Seus restos mortais foram retirados em 1895 e remetidos para a cidade de Salvador, a pedido do Instituto Histórico da Bahia.


FONTEEstevão de Mendonça, Datas Matogrossenses, (2ª edição) Governo de Mato Grosso, Cuiabá, 1973, página 335.



25 de dezembro


1864 - Marinha paraguaia chega ao forte Coimbra





Ignorando as decisões tomadas pelo governo paraguaio com relação ao Brasil, o novo comandante da guarnição brasileira, tenente-coronel Hermenegildo Portocarrero, não percebeu quando as forças comandadas pelo coronel Vicente Barrios, subiram o rio Paraguai e, parando a uns 100 quilômetros do forte, enviaram um navio para fazer o reconhecimento. “Este foi e voltou sem ser visto e informou que próximo ao forte ouviu tiros. Soube-se depois que a guarnição estava fazendo exercícios de tiro ao alvo, sem saber que o inimigo se aproximava.”

"Tão denso era o nevoeiro - relata o historiador - que só na madrugada do dia 27, quando a fumaça das chaminés dos navios foi avistada pela sentinelas, Coimbra tomou conhecimento do avanço paraguaio."

O inventário da investida detalha:

"A frota inimiga, capitaneada pelo Igurey, era formada por 5 vapores e 5 grandes embarcações a reboque, e totalizava 39 canhões de bordo. Vieram a reboque também balsas-curral com gado para o abastecimento da tropa, e cavalos. As tropas de combate formavam 4 batalhões, num total de 3.200 homens. Traziam 12 peças de campanha."

Um contraste com as disponibilidades da guarnição brasileira em disputa:

A artilharia era constituída de 31 canhões velhos, dos quais apenas 11 estavam em condições de atirar, mas como o número de artilheiros era insuficiente, só 5 podiam ser manejados.

Até 5 de agosto desse ano a guarnição era de apenas 46 homens. Com a chegada do Corpo de Artilharia subiu para 115. Auxiliaram também na defesa outros elementos que se encontravam em Coimbra: 10 índios cadiuéus da tribo do cacique Lixagota, 5 guardas da Alfândega de Corumbá, 5 colonos de Albuquerque, 18 presos, um operário contratado e mais um civil não identificado.

A munição de artilharia era abundante, mas a de infantaria era escassa. apenas 12.000 cartuchos, dos quais 2.000 cedidos pela canhoneira Anhambai.

Valioso auxílio prestou na defesa essa embarcação com dois canhões de calibre 32, tripulada por 34 marinheiro e comandada pelo 1º-tenente Balduíno do Amaral.

Colhido de surpresa Portocarrero tomou rapidamente as providências para a defesa com os poucos elementos de que dispunha e fez recolher ao forte as famílias que habitavam a aldeia.

O ataque decisivo ao forte ocorreu a partir do dia 27, culminando com a fuga dos combatentes brasileiros e a ocupação de Coimbra pelos paraguaios.

FONTECarlos Francisco Moura, O forte de Coimbra, sentinela avançada da fronteira, Edições UFMT, Cuiabá, 1975, página 60.


25 de dezembro

1927 - Inaugurada a Santa Casa de Campo Grande

É solenemente inaugurada a Santa Casa de Misericórdia de Campo Grande. O ato oficial foi aberto pelo presidente da Associação Beneficente Campograndense, mantenedora da entidade, tabelião Eduardo Santos Pereira e contou com a presença de representantes de toda a sociedade local e convidados de outras cidades. Abriu a sessão o presidente Santos Pereira, que passou a palavra, primeiramente ao vice-presidente, dr. Oliveira Mello, "que fez o histórico do empreendimento e terminou fazendo um apelo à generosidade dos habitantes dos habitantes desta cidade". Encerraram os discursos o prefeito Jonas Correa da Costa e o médico Fernando Correa da Costa, que falou pelo corpo clínico do hospital.

Compareceram ao evento, evento outras, as seguintes autoridades: representante do comandante da circunscrição militar, Pedro Laurentino Chaves, juiz de direito da comarca, Jonas Correa da Costa, prefeito municipal, desembargador Antonio Quirino de Araújo, sub-chefe de polícia do Estado, deputado Miguel do Carmo de Oliveira Mello, vereador Arnaldo Estevão de Figueiredo, vice-presidente da Câmara municipal, deputado e jornalista Jaime Ferreira de Vasconcelos, Eurindo Neves, juiz de direito de Ponta Porã, Eduardo Olímpio Machado, presidente da Associação Comercial, Edmundo Machado, juiz de direito de Nioaque, Clarindo Correa da Costa, juiz de direito de Porto Murtinho, Hormínio Mendes, suplente de juiz de direito, capitão Humberto Miranda, coletor federal, Arnaldo Serra, agente fiscal de imposto de consumo, major Generoso Leite, agente do correio, advogado Sabino Costa, delegado de polícia, advogado Dolor Ferreira de Andrade, Teixeira Filho, Mariz Pinto, Arthur Jorge, Costa Pinto, Victor Limoeiro, Tertuliano Meirelles, Anibal Duarte e Pacífico Lopes de Sequeira.


FONTE: A Cruz, Cuiabá, 22-01-1928.




25 de dezembro

1935 – Promulgada em Cuiabá a Constituição de Mato Grosso


Deputado Estêvão Alves Correa

É sancionada a primeira constituição de Mato Grosso, pós revolução de 30 e guerra civil de 1932. O ato foi marcado pelo discurso do presidente Estevão Alves Correa:

Os mato-grossenses aqui nascidos ou radicados, que souberem escrever no passado, entre outras muitas, com a figura homérica de Antonio João, nas páginas gloriosas da resistência de Dourados; com a bravura de Antonio Maria Coelho, as da retomada de Corumbá; com Leverger, a da resistência de Melgaço; com Batista das Neves, o cavalheiro sem medo e sem mancha, as dos convés de Minas Gerais, onde derramou seu sangue generoso para sufocar a revolta e a indisciplina; com Joaquim Murtinho as da organização das finanças públicas , sabendo que na ocasião se impopularizava; com D. José, D. Carlos, os dois Antonio Correa, Generoso Ponce, o condotteri, Melo, o Bravo, e Pedro Celestino o saudoso guia dos matogrossenses; e com os homens da primeira República, que escreveram as rutilas páginas da Constituição de 91; os matogrossenses, ainda, podemos dizer sem falsa modéstia, continuam dignos de sua terra.


Não é preciso para prová-lo a citação de nomes, muitos dos quais aqui presentes, daquele que, para a glória do Estado, ainda vivem. Promulgamos hoje uma Constituição que encerra ainda maiores conquistas que a da primeira República.

Não a estudarei: já o fizeram ilustres deputados, quando ela foi discutida.
Naturalmente não será perfeita, nem satisfará em absoluto a cada um de nós, mas foi a que a Assembléia, pode fazer de melhor, no momento.


Para isso, demonstrando seu patriotismo, maioria e minoria deram-se as mãos, trabalhando com maior afinco e a maior cordialidade e esforçando-se ambos para coimá-la de possíveis falhas e para que pudessem promulgá-la, hoje "dia consagrado à comemoração da unidade espiritual dos povos cristãos".

Festejamos assim este dia glorioso, começando a respeitar a Constituição, em seu preâmbulo, promulgando-a no maior dia que a cristandade possui.


Continuamos nossa marcha ascencional para um radioso porvir, respeitando o passado que nos tivemos, sendo ainda uma prova disso, dirigir-vos a palavra pela nunca desmentida generosidade dos senhores deputados o primogênito do único sobrevivente da Constituinte de 91.

À sessão compareceram os drs. bacharel Aquiles Verlangieri, dr. Antonio Leite de Barros, advogado Mário Mota, cel. Antonio Antero Paes de Barros, deputado Gabriel Vandoni de Barros, dr. Alberto Novis, dr. João Batista Nunes Ribeiro, dr. Flávio Augusto de Rezende Rudim, deputado Corsino Bouret, dr. Ernesto Pereira Borges, advogado Arcílio Pompeo de Barros, professor Jercy Jacob, deputado Joaquim Cesário, coronel Waldomiro Correa da Costa, deputado Armindo Pinto de Figueiredo, Henrique José Vieira Neto e Estevão Alves Correa, representantes dos prefeitos dos municípios de Diamantino, Livramento, Cáceres, Guajará-Mirim, Corumbá, Santo Antonio do Madeira, Aquidauana, Lajeado, Poconé, Nioaque, Entre-Rios, Maracaju, Coxim, Porto Murtinho, Miranda e o deputado federal Trigo de Loureiro e senador João Vilasboas e deputado federal Ítrio Correa da Costa. 


O texto final da nova carta foi aprovado pelos deputados Estevão Alves Correa, Benjamim Duarte Monteiro, Filogônio de Paula Correa, Miguel Ângelo de Oliveira Pinto, Francisco Pinto de Oliveira, Henrique José Vieira Neto, Joaquim Cesário da Silva, Jospe Silvino da Costa, Nicolau Frageli, Rosário Congro, Armindo Pinto de Figueiredo, João Evaristo Curvo, Júlio Muller, Corsino Bouret, João Ponce de Arruda, Caio Correa, Gabriel Vandoni de Barros, Josino Viegas de Oliveira Paes, Agrícola Paes de Barros, João Leite de Barros, José Gentil da Silva, Luis de Miranda Horta, Deusdedit de Carvalho e Bertoldo da Silva Freire.

A principal inovação da carta promulgada foi a criação do deputado classista:

Art 4° - O Poder Legislativo é exercido pela Assembleia Legislativa, composta de deputados do povo e das organizações profissionais, tendo mandato de quatro anos.

§ 1º - É fixado em vinte e quatro o número de deputados do povo e eleitos mediante sistema proporcional e sufrágio universal igual e direto; em três o das organizações profissionais, eleitos na forma fixada pela lei, compreendidos, para este feito, os grupos seguintes: empregadores, empregados, profissões liberais e funcionários públicos.

§ 2º - O deputado do povo deve ser brasileiro nato, eleitor, maior de 25 anos e residente no Estado por mais de quatro anos. 

§ 3º - O representante de organizações profissionais deverá ter os requisitos acima, devendo pertencer, pelo menos, há um ano, a uma associação do grupo que o eleger, salvo quando esta contar menos de um ano de existência legal."


A Constituição de 35 foi a de mais curta vigência de Mato Grosso. Em 1937 seria revogada pela decretação da ditadura do Estado Novo, à frente Getúlio Vargas.



FONTEEstevão de Mendonça, Datas Matogrossenses, (2ª edição) Governo de Mato Grosso, Cuiabá, 1973, página 343.


25 de dezembro

2015 - Morre o compositor Geraldo Roca, co-autor do Trem do Pantanal





Foi encontrado morto em sua residência em Campo Grande, por volta das 11 horas da manhã, o compositor Geraldo Roca, parceiro de Paulinho Simões da música "Trem do Pantanal". A causa foi suicídio. Segundo familiares ele tinha histórico de depressão e fazia tratamento contra a doença. Nascido no Rio de Janeiro há 61 anos, o artista mora em Campo Grande desde o início da década de 70. Em 1975 - conta a jornalista Liziane Berrocal, "Roca e Paulinho Simões compuseram uma viagem a Santa Cruz de la Sierra o hino 'não oficial' do maior patrimônio de Mato Grosso do Sul. A música tinha o nome inicial de 'Trilhos da terra' e ganhou o nome de 'Trem do Pantanal' até por uma questão de se um lugar mundialmente conhecido.

A fuga da ditadura foi o mote para a frase 'mais um fugitivo da guerra', porque Paulinho Simões fugira dos militares no golpe de 1964, quando frequentava uma célula do PCB no Rio de Janeiro.

As músicas começaram a ganhar o Brasil quando Almir Sater gravou a dupla e várias outras versões foram regravadas, como o Bando do Velho Jack, que em 1998 ganhou a edição regional do Skol Rock, famoso festival nacional que reunia nomes em ascenção no cenário rock do país. Em entrevistas a veículos de comunicação, Roca tinha calculado pelo menos umas 100 regravações do 'trem' entre cantores, orquestras e bandas. Ele também foi o responsável por músicas como 'Uma pra Estrada', Polca Outra Vez' e 'Mochileira'".


FONTE: Liziane Berrocal, O adeus a Geraldo Roca, O Estado de Mato Grosso do Sul, 26-12-2015.


FOTO: O Estado de Mato Grosso do Sul.

domingo, 27 de fevereiro de 2011

27 de junho

27 de junho


1874 Imagem de santa volta à Coimbra





A imagem de N.S. do Carmo, retirada da capelinha do forte, por ocasião da ocupação paraguaia, em dezembro de 1864, e levada para Cuiabá pela mulher do comandante das forças brasileiras, coronel Portocarrero, é devolvida à origem: 

A trasladação efetua-se com imponência sem igual, sendo a imagem acompanhada desde a praça da Sé à rampa do porto geral, ao longo da rua 13 de Junho, trapizada de folhagens pela população inteira de Cuiabá. As varas de pálio, sob cujo docel ia o venerando bispo d. José Antônio dos Reis conduzindo a imagem, foram sustentadas durante o trajeto por veteranos da guerra. Escolhidos entre os que tomaram parte na defesa de Coimbra.
Logo depois do pálio viam-se em grande uniforme o general José de Miranda da Silva Reis, presidente e comandante das armas da província; o almirante barão de Melgaço, autoridades e comandantes militares. Seguia-se a tropa em pelotões; grupos de colegiais, famílias e crescida multidão fechavam o préstito.




FONTE: Estevão de Mendonça, Datas Matogrossenses, 2a. edição, Governo do Estado, Cuiabá, 1973, página 332.



26 de junho

 

1911Estado de sítio em Campo Grande


No que poderia ser considerada uma grande aberração jurídica, extrapolando todos os limites do bom senso, o delegado de polícia de Campo Grande decreta estado de sítio no município:

O Primeiro Tenente Constantino de Souza, atendendo às condições atuais da região sul de Mato Grosso, sem segurança e sem governo e que esta Vila se acha sem autoridades:


Atendendo a que trata-se de uma região de fronteira.


DECRETA:


Art. 1º - Fica desde esta data em estado de sítio a Vila de Campo Grande e todo o seu município.


Art. 2º - Contra todos indistintamente que perpetrarem crimes contra a ordem pública e segurança das autoridades a Chefia da Polícia Militar, ora criada, aplicará as leis de guerra.


Art. 3º - A Agência do Correio, os Cartórios Judiciais, a Intendência Municipal serão fechadas e seladas até completa ordem.


Art. 4º - Tendo retirado-se desta Vila o dr. Juiz de Direito, mando interditar e guardar a sua casa não havendo trabalho judicial até segunda ordem.”



As conseqüências deste ato destinado são vistas por Paulo Coelho Machado:


Levado o fato ao conhecimento da autoridade superior, só muito mais tarde foi o trêfego Constantino destituído do comando do destacamento pelo seu impensado e ridículo ato.


Revoltado com o episódio, notando a ausência completa de garantias ao exercício de sua nobre função, que desejava exercer com rigor e decência, decidiu o dr. Arlindo de Andrade demitir-se do cargo [de juiz de direito], sendo substituído pelo dr. Vicente Miguel da Silva Abreu, natural de Goiás, que também pediu remoção da Comarca de Nioaque.





FONTE: Paulo Coelho Machado, Arlindo de Andrade, o primeiro juiz de direito de Campo Grande, Tribunal de Justiça, Campo Grande, 1988. Página 18.

sábado, 14 de dezembro de 2013

24 de dezembro

24 de dezembro

1935 – Aprovada, em Cuiabá, redação final da nova constituição estadual 




Concluída a redação do texto é posta em discussão e votação, pelo presidente Estevão Alves Correa, a nova carta constitucional de Mato Grosso, promulgada no dia seguinte, 25 de dezembro. 

Aprovada pela unanimidade dos constituintes, a grande inovação da constituição estadual é o voto corporativista, de acordo com os dispositivos de seu art. 4°:


"O Poder Legislativo é exercido pela Assembleia Legislativa,composta de deputados do povo e das organizações profissionais, tendo mandato por quatro anos.

§ 1° - É fixado em vinte e quatro o número de deputados do povo e eleitos mediante sistema proporcional e sufrágio universal, igual e direto; em três o das organizações profissionais, eleitos na forma fixada por Lei, compreendidos, para este efeito, os grupos seguintes: empregadores; empregados; profissões liberais e funcionários públicos.

§ 2° - O deputado do povo deve ser brasileiro nato, eleitor, maior de 25 anos e residente no Estado por mais de quatro anos.

§ 3° - O representante de organizações profissionais deverá ter o requisitos acima, devendo pertencer, pelo menos, há um ano, a uma associação do grupo que o eleger, salvo quando esta contar menos de um ano de existência legal".


FONTE: Rubens de Mendonça, História do Poder Legislativo de Mato Grosso, Assembléia Legislativa, Cuiabá, 1967, página 192.

FOTO: 1 - Estevão Alves Correa, Presidente, 2 - Benjamim Duarte Monteiro, líder da maioria, 3 - Filogônio de Paula Correa, líder da minoria, 4 - Miguel Ângelo de Oliveira Pinto, vice-presidente, 5-Francisco Pinto de Oliveira, 6-Henrique José Vieira Neto, 1° secretário, 7- Joaquim Cesário da Silva, 2° secretário, 8-José Silvino da Costa, 9-Nicolau Fragelli, 10-Rosário Congro, 11-Armindo Pinto de Figueiredo, 12-João Evaristo Curvo, 13-Julio Muller, 14-Corsino Bouret, 15-João Ponce de Arruda, 16-Caio Correia, 17-Gabriel Vandoni de Barros, 18-Josino Viegas de Oliveira Paes, 19-Agrícola Paes de Barros, 20- João Leite de Barros, 21- José Gentil da Silva, 22- Luis de Miranda Horta, 23 - Deusdedith de Carvalho e 24- Bertoldo da Silva Freire.


24 de dezembro

1977 - Levy Campanhã: o crime do sub-chefe da Casa Civil do governador


Foi assassinado o advogado Levy Campanhã de Sousa, de 38 anos, sub-chefe da Casa Civil do Estado. Levy estava em Campo Grande com a família para as festas de fim de ano, quando foi surpreendido por dois pistoleiros que lhe acertaram três tiros de revólver, calibre 38. Aconteceu em plena luz do dia em frente à sua residência na rua 15 de Novembro, onde brincava com seus dois filhos, um de 6 e outro de 8 anos.

O inquérito policial foi dirigido pelo delegado regional, Aloysio Franco de Oliveira, que, mesmo antes de iniciar as investigações, concluiu não se tratar de crime político:

O delegado regional afirmou que "o crime foi por motivos pessoais e os criminosos não são pistoleiros profissionais". Testemunhas contaram que "os rapazes, depois dos disparos, (três atingiram mortalmente o sr. Levy Campanhã de Sousa) fugiram a pé, com as armas (calibre 38) na mão". Uma das testemunhas diz ser capaz de os reconhecer.¹

Passados quase dois meses sem nenhuma pista segura para desvendar o crime, pressionado pela opinião pública e pela viúva Rosa Campanhã, o governador Garcia Neto, decidiu recorrer ao seu colega Abreu Sodré, governador de São Paulo, que lhe mandou o delegado Sergio Fleury e equipe para tentar desvendar o crime. 

Admitindo a eficiência dos métodos não convencionais do temerário delegado paulista, o secretário de Justiça, Madeira Évora,  justificou sua vinda a Campo Grande, afirmando que do jeito que a polícia matogrossense está conduzindo as investigações, "sem apelar para qualquer tipo de tortura ou violência física, somente por um golpe de sorte chegaremos aos matadores do sr. Levy Campanhã". (JB, 14/02/1978)

Apenas no final de junho, Fleury conseguiu chegar aos dois suspeitos pelo assassinato: Orestes Ferraz dos Santos e Hélio Rosalez. Aquele, sobrinho do advogado e jornalista Ruy Santana dos Santos, também assessor do governo, confessou que o tio contratou seus serviços por Cr$ 50 mil. Detido, Ruy nega qualquer envolvimento, mas é indiciado como mandante, com base no depoimento de Orestes, que também nega envolvimento, alegando que confessou sob tortura. (Jornal da Manhã, 24/07/1978)

Levados a júri popular em 10 de outubro de 1979, Orestes e Rosalis foram condenados a 18 e 16 de reclusão. Rui Santana também foi condenado.

Os três permaneceram pouco tempo na cadeia. Rui Santana morreu de infarto em setembro de 2016, sem assumir a responsabilidade pelo atentado. 

FONTE: ¹Jornal do Brasil (RJ), 27/12/1977; ²Idem, 14/02/1978; ³Jornal da Manhã (Campo Grande), 24/07, 1979; 4Diario da Noite (SP), 11/10/1979.








OBISPO MAIS FAMOSO DE MATO GROSSO

  22 de janeiro 1918 – Dom Aquino assume o governo do Estado Consequência de amplo acordo entre situação e oposição, depois da Caetanada, qu...