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segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

23 de maio

23 de maio


1892 Jango Mascarenhas às portas de Nioaque


Quartel general do Exército Brasileiro em Nioaque
Forças de resistência ao golpe militar contra o presidente Manoel Murtinho, baixam a serra de Amambaí e acampam à margem esquerda do rio Nioaque duas léguas da vila. Miguel A. Palermo, o secretário do comandante, faz as contas:
“Em Ponta Porã tinham deixado um destacamento de quarenta homens e em Bela Vista outro tanto.
Trinta patriotas estavam encarregados de vigiar uma cavalhada de reserva e trinta e cinco faziam o serviço de fornecimento de gado.
Os presentes chamados eram 783 e, tendo seguido uma eleição em toda ordem, dividiram-se em três regimentos,” com os seguintes comandantes: 1º Regimento, tenente-coronel João Rodrigues Sampaio; 2º Regimento, tenente-coronel João Luis da Fonseca Moraes; e terceiro, Atanásio de Almeida Melo. Para o comando geral foram eleitos o coronel Jango Mascarenhas; tenente-coronel do estado-maior Antônio Inácio de Trindade; capitão-ajudante Joaquim Augusto de Oliveira César, capitão-secretário Miguel A. Palermo. 



FONTE: Miguel A. Palermo, Nioaque, evolução histórica e revolução de Mato Grosso, Tribunal de Justiça, Campo Grande, 1992, página 55.




23 de maio



1927 Nasce Harry Amorim Costa





Filho de José Z. Costa e de Araci Amorim Costa, nasce em Cruz Alta, no Rio Grande do Sul, Harry Amorim Costa. Formado em engenharia civil em 1951, pela Escola de Engenharia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Em 1974 assumiu a direção geral do DNOS, Departamento Nacional de Obras de Saneamento, de onde saiu para exercer o cargo de primeiro governador nomeado do Estado de Mato Grosso do Sul, que o exerceu por apenas seis meses (de janeiro a julho de 1979), quando foi exonerado e substituído pelo prefeito de Campo Grande, Marcelo Miranda.

Em 1982 elegeu-se deputado federal pelo PMDB. Em 1987 é nomeado secretário de Meio Ambiente do governo Marcelo Miranda. Morreu em acidente automobilístico, em 1988.


O presídio de segurança máxima de Dourados tem o seu nome.



FONTE: Wikipédia.


23 de maio

1989 - Morre Zacarias Mourão, o autor do Pé de Cedro



Nascido a 15 de março de 1928, em Coxim, é assassinado em Campo Grande, o compositor Zacarias Mourão. Filho de José dos Santos Mourão e Cantemira Terra Mourão, aos 11 anos de idade - relata João Ferreira Neto - "teve que trocar sua Coxim por um seminário em Petrópolis no Estado do Rio de Janeiro, fato que o marcou. Foi quanto teve a ideia de deixar  algo que o lembrasse. Assim surgiu no quintal da casa dos padres, onde Zacarias morava com o padre Chico, um 'pequeno arbusto' que cravou suas raízes no solo de Coxim, cresceu e tornou-se o nosso famoso - pé de cedro."

Em São Paulo, na década de 50, entrou para a polícia rodoviária estadual e formou-se em jornalismo pela Fundação Casper Líbero, vindo a consagrar-se em todo o Brasil como compositor de várias músicas sertanejas, sendo a mais conhecida delas o clássico Pé de Cedro, em parceria com Goiá, gravado originalmente por Tibagi e Miltinho. 

Sua morte não foi devidamente esclarecida.


FONTE: João Ferreira Neto, Raízes de Coxim, Editora UFMS, Campo Grande, 2004, página 247.

FOTO: Zacarias com o Duo Estrela Dalva

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

23 de fevereiro

23 de fevereiro

1870 - Corumbá recebe o frei Mariano



Procedente de Cuiabá, onde foi nomeado vigário de Corumbá, chega à cidade, frei Mariano de Bagnaia. Seu retorno ao Sul do Estado, foi noticiado no Rio de Janeiro:

MATO GROSSO - Comunicam-nos de Corumbá, que àquela vila chegara no dia 23 de fevereiro p.p. o missionário apostólico Frei Mariano de Bagnaia.

O ilustre missionário teve uma recepção estrondosa. Desceu ao porto o batalhão com toda sua oficialidade e música e rodeado de imenso povo a recebê-lo. A alegria e o júbilo enchiam todos os corações e se manifestavam em todos os semblantes pelo feliz regresso do incansável missionário.

Altos juízos de Deus! cinco anos antes, da vila de Miranda, hoje arrazada e deserta, o mesmo missionário escoltado por 25 soldados paraguaios era levado prisioneiro para o Paraguai, onde sofreu um longo e cruel martírio! Cinco anos depois, na vila de Corumbá era Frei Mariano escoltado por 25 músicos de batalhão que o recebiam em triunfo! "...Cum ipso sum in tribulatione...Quoniam in me speravil, liberabo eum (Ps 90)".

O primeiro cuidado de Frei Mariano apenas chegado, foi reconstruir e reconciliar a igreja da vila, que fora arrasada pelos paraguaios, cometendo até dentro dela um assassinato e servindo-se da madeira para fazerem trincheira.

A reconciliação foi feita com toda pompa e solenidade, havendo missa cantada e Te-Deum, cuja música foi dirigida pelo distinto coronel Hermes, comandante daquela fronteira, que muito tem coadjuvado as obras da igreja.

Pregou Frei Mariano e tomou por tema do sermão a história de Neemias, cuja analogia ao caso não podia ser mais perfeita.


FONTE: O Apóstolo (RJ), 15 de maio de 1870.



23 de fevereiro


1911 - Construção do paço municipal de Campo Grande


Vista para a atual avenida Afonso Pena, esquina Calógeras

Os construtores Amando de Oliveira e Antônio Gonçalves Fagundes firmam contrato com a Intendência Municipal para construção do edifício da Intendência, da Câmara Municipal e da cadeia pública.
O prédio deveria obedecer às seguintes especificações:


a) 16 metros de frente x 8 m de fundo e 3,80 m de pé direito e mais 0,80 de platibanda;


b) sete compartimentos assoalhados e formados de madeira de lei, devendo as prisões serem assoalhadas de pranchões de cerne e ter no mínimo 0,10 de espessura;


c) alicerces em alvenarias de pedras, que se elevará até o nível do assoalho, de onde se iniciará a alvenaria de tijolos, devendo os alicerces das prisões terem 50 cm mais do que os outros.


d) cobertura de telhas de boa qualidade, assentadas em caibros e ripas serradas e de madeira de lei;


e) amarramentos e vigamentos de madeira de cerne;


f) rebocada com cal e areia e caiada internamente, acimentadas as molduras da frente.


g) pintura a óleo e com duas mãos de tinta em todas a portas e janelas, bem como as paredes interiores serão caiadas;


h) passeio de pessoas de tijolos na largura de 1,50 m na frente do edifício;


i) janelas e portas exteriores com 2 folhas de almofadas, sendo também envidraçadas, com 2 folhas cada uma, as janelas destinadas para o paço municipal;


j) as janelas das prisões levarão também grades de ferro;


k) as paredes laterais terão de espessura: das prisões, no mínimo 40 cm e das demais 27 cm e a interiores: das prisões, 27 cm e das demais 15 cm.
O pagamento dos 20 contos de réis aos contratados, preço e quantia para o que propuseram a execução das referidas obras será em quatro prestações iguais: 1a. no respaldo dos alicerces; 2a no respaldo das paredes; 3a depois de coberta; e 4a na entrega do edifício.” 


Inaugurado dois anos depois à Avenida Marechal Hermes (atual Afonso Pena) esquina com a Santo Antônio (Calógeras), o prédio abrigou a prefeitura e a Câmara Municipal até meados da década de 70, quando foi vendido e domolido pelos novos proprietários. Atualmente (2014) funciona no local uma agência do Bradesco. Não se tem notícia de que no local tenha funcionado a cadeia de que trata o referido contrato.


Pela municipalidade assinou o documento, o intendente geral do município, José Santiago.


Antes da construção do prédio, a prefeitura funcionava na casa do prefeito, onde eram realizadas também as reuniões da câmara municipal.


FONTE: Arquivo Municipal de Campo Grande (Arca), Livro de contratos da Intendência de Campo Grande, livro 126 b
FOTO: Album Graphico de Matto-Grosso, Corumbá-Hamburgo, 1914.




23 de fevereiro

1964 - Iniciada a linha de transmissão entre Jupiá e Campo Grande




Usina de Jupiá em construção



Com a inauguração da primeira torre entre Três Lagoas e Campo Grande, chega ao Sul de Mato Grosso o marco inicial da energia hidrelétrica da usina de Jupiá, a primeira do complexo de Urubupungá. Ao ato, presidido pelo governador Fernando Correa da Costa, compareceu o representante do governador de São Paulo (Ademar de Barros) e da Celusa (Centrais Elétricas do Urubupungá S/A), José Aflalo Filho, que discursando na ocasião, ressaltou a importância do empreendimento em seus aspectos sócio-econômicos, com destaque para a questão industrial:

"No momento em que a mais grave crise de energia elétrica ronda ameaçadoramente diversos estados da União, impondo racionamentos e medidas outras tendentes a evitar um colapso total, rejubila-se o Estado de São Paulo em vir trazer aos matogrossenses este marco que significa, praticamente, para a região sul deste grande Estado, imprescindível fator de progresso.

"Na verdade, a entrada em operação da usina de Jupiá, em construção pela Centrais Elétricas de Urubupungá S/A - CELUSA, prevista para 1966, e a construção da linha de transmissão Jupiá-Mimoso-Campo Grande, que hoje iniciamos, são elementos que, com certeza, nos asseguram aquela previsão.

"Não poderia, entretanto, falar nesses empreendimentos sem ressaltar a atuação do ilustre governador de São Paulo, dr. Ademar de Barros. Eles, nos dias de hoje, são entusiásticas realidades graças ao descortínio de S. Exa. que, deixando de lado egoísmos regionais, compreendeu perfeitamente o significado de Urubuoungá.

"Essa obra que irá beneficiar toda a região Centro-Oeste do país, ou melhor, seis estados da federação - Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais, Santa Catarina, Paraná e São Paulo - mereceu do governador Ademar de Barros toda especial atenção, tanto assim que, mesmo da difícil conjuntura econômica por que atravessa a Nação, tem dado todo o apoio financeiro às usinas do conjunto Urubupungá. Sim, porque além de Jupiá, o timoneiro dos paulistas, com sua larga experiência administrativa, já tomou as primeiras providências para o início da hidrelétrica de Ilha Solteira.

"Por outro lado, esta linha de transmissão, situada neste Estado, trazendo benefícios unicamente para Mato Grosso, nem por isso deixou de merecer todo o interesse de S.Exa., que não só autorizou a sua imediata construção como também desejou estar presente a esta festa comemorativa como marco de uma nova era de progresso.

"Justifica-se nossa alegria por esta comemoração. Velha e justa aspiração do Estado de Mato Grosso hoje se torna realidade.

“Os anseios dos nossos laboriosos irmãos mato-grossenses têm a sua razão de ser. No setor industrial, mormente no da metalurgia a existência de energia abundante acentua a instalação de indústrias pesadas. Esta tendência, já manifestada em São Paulo desde 1940, com a criação dos parques industriais de Moji das Cruzes, Taubaté, Sorocaba e Piracicaba, com as usinas e fábricas em funcionamento, é prova insofismável. Em Corumbá, por exemplo, já existe um alto forno a carvão de madeira, que opera minério de ferro e manganês de Urucum. Com energia abundante, novas indústrias siderúrgicas florescerão nesta vasta região, até hoje tolhida em seu anseio de expansão pela falta deste elemento de infra-estrutura.


"Quanto aos aspectos econômico-sociais, deve-se assinalar que ao longo desta linha de transmissão se dará, futuramente, a completa integração dos que aqui vivem.

"Foi tendo em vista estes aspectos que o Exmo. governador de Mato Grosso, Fernando Correa da Costa tornou-se um dos grandes baluartes na luta pela construção do conjunto de Urubupungá, que uma vez realizado, concretizará a sua previsão consubstanciada na reunião de 1951 dos governadores da Bacia do Paraná e da indicação em 1955, que pedia para a construção de Urubupungá a prioridade nas atividades da Comissão Interestadual que representa os estados que a compõem.

"Ainda o ilustre homem público que dirige os destinos de Mato Grosso fez deste Estado o terceiro acionista da CELUSA, circunstância que hoje tem a consequência deste benefício."


A energia de Urubupungá chegaria a Campo Grande antes do final do década. 



FONTE: revista BRASIL OESTE, n° 90. Página 22

 



23 de fevereiro


2011 - Murilo Zauith toma posse na prefeitura de Dourados


Escolhido em eleição extraordinária, para preencher a vaga deixada com a renúncia do prefeito Ari Artuzi, assume a prefeitura de Dourados o ex-vice-governador Murilo Zauith (DEM) e sua vice Dinaci Ranzi (PT). O ato foi prestigiado pelo governador André Puccinelli. O mandato será encerrado no dia 1° de janeiro de 2012. Veja o discurso de posse do novo prefeito.



FONTE: o autor, com vídeo de Maurício Nantes cedido pela viamorena.com

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

12 de maio

12 de maio


1909 - Circula em Corumbá o jornal Correio do Estado



Inicia sua circulação em Corumbá, o jornal Correio do Estrado, de propriedade de Francisco Castelo Branco. Em sua apresentação o novo periódico firma sua fé de ofício:

"Ao entrarmos para a luta árdua da imprensa, um único ideal nos move - o progresso, - uma única estrela nos conduz - o bem. É esta a nossa profissão de fé, que devemos deixar bem patente, agora que já temos dado o primeiro passo nessa arena tumultuosa; e, seguindo as injunções do nosso patriotismo, tudo faremos para tocarmos a meta das aspirações populares".

Mais adiante, o editorial proclama a independência política do jornal:

"Não nos seduzem as lutas de partidos, e somente quando se tratarem de assuntos palpitantes, de questões capitais, em que entrem como objetivo os interesses do povo, seremos obrigados a analisar os atos dos depositários dos poderes públicos, afim de contribuirmos com a nossa opinião para a realização serena do progresso que, acima de tudo, é o nosso escopo".

FONTE: Correio do Estado, n° 1, 12 de maio de 1909.   

 

 12 de maio


1911 - Instalada a comarca de Campo Grande



Arlindo de Andrade, o primeiro juiz de Direito da comarca de Campo Grande

Criada pela lei n. 549, de 20 de junho de 1910, é oficialmente instalada a comarca de Campo Grande, fato marcado pela seguinte ata:

“Aos doze dias do mês de Maio, de mil novecentos e onze no edifício da Intendência Geral do Município, às doze horas, presentes do Presidente da Câmara Municipal, Intendente Geral do Município, suplentes de Juiz de Direito do termo extinto de Paz em exercício, Delegado de Polícia, Comandante do Destacamento Federal e pessoas representativas das diversas classes do município, abaixo assinadas, tomou assento entre as autoridades presentes o Exmo. Sr. Dr. Arlindo de Andrade Gomes e declarou que, tendo sido removido da Comarca de Nioaque para esta recentemente criada pela Lei n. 549, de 20 de julho de 1910, e em virtude do Decreto n. 277, de 16 de março de 1911, declarava nesta audiência extraordinária instalada a Comarca de Campo Grande, transmitindo ao governo o seguinte telegrama e idêntico ao Presidente do Superior Tribunal:

‘Excelentíssimo Senhor Presidente do Estado - conformidade aviso governo comunico-vos haver instalado hoje, nova Comarca de Campo Grande, presentes autoridades. Congratuo-me vossência pelo útil benefício prestado esta importante região Estado. Saudações. (a) Arlindo de Andrade Gomes.’


O Senhor Presidente da Câmara, em nome da municipalidade, declarou que a população de Campo Grande recebia a inauguração da Comarca com profunda alegria porque realizava-se uma aspiração antiga de seu povo com a justiça encarecida e prejudicada pela distância da sede da Comarca. Em seguida declarou o Sr. Juiz que nomeava a mim, escrivão do termo, escrivão interino do 1° Ofício e ao cidadão Tobias Santana da Silva, promotor interino. Lavradas e assinadas as respectivas portarias destas nomeações e nada mais havendo a tratar, deu o Senhor Dr. Juiz de Direito a Comarca por instalada, concedendo a esta audiência de cujo termo me foi ordenado cópia ao Superior Tribunal, indo assinado pelo Juiz e demais pessoas presentes. Dado e passado nesta Vila de Campo Grande, aos doze dias do mês de maio de mil novecentos e onze. (aa) Arlindo de Andrade Gomes, Amando de Oliveira, Antônio Norberto de Almeida, Enock Vieira de Almeida, José Santiago, Alves Quito, Bernardo Franco Baís, Clemente Pereira Martins, João Alves Pereira".


Era presidente da camara o vereador Clemente Pereira Martins e intendente geral José Santiago. 


FONTE: J. Barbosa Rodrigues, História de Campo Grande, edição do autor, Campo Grande, 1980. Página 100.


12 de maio

1914 - Nasce em Piemonte na Itália, Felix Zavattaro, pioneiro do ensino superior em Mato Grosso do Sul


Padre Felix Zavattaro
Em junho de 1929, com apenas 15 anos, embarcou para o Brasil e ingressou na Pia Sociedade de São Francisco de Sales. Em 1930 iniciou em Lavrinhas, São Paulo, o noviciado. No mesmo ano apresentou o pedido de alistamento nas fileiras dos filhos de Dom Bosco. No ano seguinte completou os estudos de Filosofia.
Em 1932 iniciou sua carreira de professor em Goiás. Em 1933 veio para Mato Grosso, lecionar no Colégio Salesiano de Santa Tereza. Em 1936 regressou à Itália para cursar Teologia na Pontifícia Universidade Gregoriana.
Retornando ao Brasil, em 1947, foi trabalhar no Ateneu Dom Bosco de Goiânia, pertencente à Inspetoria Salesiana de Campo Grande. Novamente em Mato Grosso, assume a direção do Colégio Dom Bosco de Campo Grande, cargo que exerceu até 1955, quando é nomeado para o Colégio Salesiano de Lins.
Em 1961 assumiu outra vez a direção do Colégio Dom Bosco de Campo Grande e em 1961, com o padre Ângelo Venturelli funda a Faculdade Dom Aquino de Filosofia Ciências e Letras de Campo Grande.
Em 1964 é nomeado diretor da Rádio Educação Rural e do Jornal do Comércio, órgãos pertencentes à sociedade salesiana.
Em 1973, por iniciativa do deputado Cleômenes Nunes da Cunha foi agraciado com o título de cidadão mato-grossense. Em 1993 torna-se cidadão de Mato Grosso do Sul, por indicação de sua ex-aluna, deputada Marilene Coimbra. Em 1995 recebeu da Universidade Bom Bosco o título de Doutor Honoris Causa.
Foi membro da Academia Sul-mato-grossense de Letras e do Conselho Estadual de Educação de Mato Grosso.
Faleceu a 23 de novembro de 1996, em Savona, Itália. 



FONTE: Maria da Glória Sá Rosa, Félix Zavattaro, o padre salesiano que marcou a cultura e foi precursor do ensino superior em Campo Grande, in Personalidades Série Campo Grande, ano IV, Fundação de Cultura, Esporte e Lazer, Campo Grande 2002, página 63.


12 de maio


1980 - Criado o município de Costa Rica


Sucuriu, o rio que garante o potencial turístico de Costa Rica

Pela lei 76, de iniciativa do deputado Waldomiro Gonçalves, sancionada pelo governador Marcelo Miranda, é criado o município de Costa Rica, desmembrado de Camapuã e com área territorial dos municípios de Camapuã, Casilândia, Paranaíba, Coxim e Água Clara. O primeiro prefeito foi João Gomes Sobrinho, nomeado pelo governador Pedro Pedrossian, que ficou no mandato até a eleição de Laerte Paes Coelho (PMDB) em 1982.

FONTE: Mariel Cunha: Costa Rica: história e genealogia, Editora Fenix, Campo Grande, 1992, página 205

domingo, 27 de fevereiro de 2011

23 de junho



23 de junho


1859 - Delamare contra a mudança do nome de Albuquerque




Rua De Lamare, no centro de Corumbá

Responsável pelo arruamento do povoado, presidente da província de Mato Grosso, de 1858 a 1859, Joaquim Rodrigues de Lamare se opôs à mudança do nome de Albuquerque para Corumbá:

O Corumbá é a povoação de Albuquerque, solenemente erigida em 21 de setembro de 1778 e cujo auto de fundação foi cuidadosamente mandado registrar nos livros das Câmaras e outras repartições públicas. É, ao meu ver, inconsideravelmente que, de há pouco tempo a esta parte, tem-se introduzido nas relações oficiais este nome de Corumbá, com o risco de tornar para o futuro ininteligíveis documentos políticos e históricos que não são sem valor.

 
Outro que também se opôs e protestou contra a mudança de denominação foi Augusto Leverger, o barão de Melgaço. 


Oficialmente, a mudança definitiva do nome ocorreu apenas em 10 de julho de 1862.



FONTE: Lécio G. de Souza, História de Corumbá, edição do autor, Corumbá, sd, página 34; Terezinha Lima Tolentino, Ocupação do Sul de Mato Grosso antes e depois da guerra da tríplice aliança, Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo, São Paulo, 1986, página 110.






23 de junho


1890 - Nova concessão para exploração da erva mate


Parte hachurada, área de concessão de Thomaz Larangeira 


Thomaz Larangeira, concessionário da exploração dos ervais do Sul de Mato Grosso, desde 1882, ainda no Império, consegue sua primeira autorização do governo republicano para continuar suas atividades e ampliar sua área de atuação. Pelo decreto n° 520, assinado pelo presidente Marechal Deodoro, Larangeira tem renovada a permissão por mais dez anos, nos seguintes limites: desde as cabeceiras do ribeirão das Onças na serra do Amambai, pelo ribeirão São João e rios Dourados, Brilhante, Ivinhema e Paraná até ao Iguatemi e por este até as suas cabeceiras na serra Maracaju e pela crista de ambas as serras até as referidas cabeceiras do ribeirão das Onças. 


FONTE: Gilmar Arruda, Heródoto, in Ciclo da Erva-Mate em Mato Grosso do Sul 1883-1947, Instituto Euvaldo Lodi, Campo Grande, 1986. Página 278.








23 de junho


1911 - Batidas as forças de Bento Xavier


Palco da última batalha de Bento Xavier contra a polícia estadual




 
 

O major Gomes consegue, finalmente derrotar as forças do rebelde Bento Xavier, que incluía a divisão do Estado no programa de sua revolução. Eis a versão do vencedor:

A 22, mandei diversas descobertas, pois estávamos nas zonas inimigas, já perto da fronteira e Ponta Porã. Regressando algumas descobertas, me informaram da marcha da força rebelde com direção a Ponta Porã. Apressei-me em dar proteção às forças amigas ali estacionadas, e a 23, pela madrugada, prossegui a marcha e às 7 horas da manhã, passava o Rio Dourados na antiga Colônia desse nome, e aí, enquanto mandei dar água aos cavalos e arrumar a força, tive um pressentimento, próprio da guerra, que os inimigos estavam perto. Em seguida, destaquei dois piquetes de polícia, um ao mando do bravo Tenente Wladislau Lima e outros do Alferes Irineu Mendes, para fazerem a retaguarda e flanqueadores, com ordem de se encontrassem qualquer força inimiga, depois de bem reconhecida, irem tiroteando e chamando-os, em retirada, ao centro de minhas forças. Momentos depois marchou toda a pequena coluna e, às 9 horas mais ou menos sentiu-se disparos de tiros, acerca de um quilômetro de distância, na vanguarda da força.


O terreno era próprio: descobertas campanhas; e a força na fralda de uma coxilha, e como era natural, o inimigo que se limitou simplesmente a atacar os piquetes, vieram cair nos centros de nossas forças, sem mais poderem se organizar, recebendo nessa ocasião um vivo fogo, de 50 homens, que mandei apear, e dos dois flancos. Vendo-se o inimigo perdido tentou levar uma carga que não só foi rechaçada, como teve logo de retaguarda uma bem organizada carga de nossa força que os destroçou completamente, deixando eles no campo 15 mortos, alguns prisioneiros, muitos cavalos encilhados, algumas armas, a tropa sobressalente em nº de 51 cavalos. 


Da nossa força saíram simplesmente feridos alguns soldados que nem baixaram à enfermaria. Deste ponto da derrota, Bento Xavier, seus filhos, alguns amigos, todos em nº somente de 19 homens, fugiram em retirada procurando o Paraguai pela Cabeceira do Estrela, e a duas léguas dessa retirada um piquete das nossas forças correu-os a bala até na divisa do Paraguai e só se escaparam por estarem bem montados em cavalos que naqueles dias haviam roubado do sr. Manoel Moreira, fazendeiro no Brasil, que havia passado uma cavalhada para o Paraguai e ali mesmo foi arrebanhado pelos bandos Bentistas.


Reunida toda minha força mandei dar almoço, isso já às 3 horas da tarde, e aí fomos muito visitados, não só pelos nossos patrícios emigrados no Paraguai, na Fazenda Estrela, como pelos próprios cidadãos paraguaios empregados daquele importante estabelecimento paraguaio da firma Quevedo e Companhia, fortes negociantes da Vila Conceição, e protetores de Bento Xavier. Por eles e pelos prisioneiros nos foi contado que Bento havia saído um dia antes de Ponta Porã (Paraguai) e que ali arranjara bastante dinheiro, gente, armamentos, arrebanhara as tropas emigradas e se pusera em campo, trazendo recursos para os companheiros fugidos com ele do combate de 16 nas Areias, e que se encontraram naquela manhã na cabeceira do Estrela, formando já uma força de cento e muitos homens, todos bem armados e espontâneos, cavalhada muito boa, gorda e que levavam desta vez certeza de derrotar as forças do meu comando, por ter-lhes constado a minha morte no combate das Areias. 


Ainda informaram-me os visitantes que Bento havia mandado um próprio a toda força para baixo da serra ordenando a um seu irmão de nome Antônio Xavier, que comandava um grupo de 70 homens mais ou menos, que se reunisse a eles com a máxima urgência, fazendo-o até responsável por qualquer desastre que houvesse. Não sabendo ele que este grupo já havia corrido em debandada para o Paraguai acossado por uma força legal comandada pelo Capitão Macias e chefiado pelo abnegado patriota Militão Loureiro, chefe do nosso partido em Bela Vista, conforme ordem que eu havia lhes mandado da fazenda do Cap. José Martins. 


Nesta mesma tarde de 23 fiz um próprio a Ponta Porã, comunicando ao comandante do 17º Regimento de Cavalaria, ao Delegado de Polícia e ao comandante das forças patrióticas dali, que naquele momento havia derrotado completamente a força de Bento e que eu descia a serra com destino a Bela Vista a fim de observar dali a marcha dos rebeldes, ordenando ao Delegado de polícia que congregasse mais alguns elementos e rondasse a fronteira do Ipehum à Cabeceira do Apa, a fim de pacificar logo esta zona para não transcorrer complicações para todo o Estado. No mesmo dia regressei passando no lugar do teatro da luta e acampei na margem esquerda do Dourados.¹


Bento Xavier exila-se definitivamente no Paraguai, onde faleceu em 1915. A fase insurreicional do movimento divisionista de Mato Grosso, entretanto, seria encerrada somente com a revolta do regimento de Ponta Porã em 6 de maio de 1912. De Vila Conceição, onde se refugiou, Bento Xavier, em publicação no jornal O Tempo, de Assunção, transcrita pelo Correio do Estado (de Corumbá), explica a incursão, detalha os confrontos e reconhece a derrota:

No dia 1° de junho, a 1 hora da madrugada, passei a fronteira com 19 companheiros. A 1 hora da tarde desse mesmo dia, encontramo-nos com um piquete da polícia do Estado, comandado pelo capitão Reginaldo de Mattos. Travou-se a luta, ficando morto o capitão Mattos e ferido um de seus soldados, com a perna quebrada. Ficaram dois prisioneiros em meu poder, aos quais pus em liberdade para que conduzissem seu companheiro ferido até a casa mais próxima.

Daí seguimos em direção a Aquidauana, onde chegamos a 11 do mesmo mês de junho. A 16, encontrando-nos no lugar denominado Areias, dando pasto aos nossos cavalos encilhados, fomos surpreendidos pelos governistas. Toda nossa cavalhada fugiu, ficando a pé os meus soldados, em número de 120 homens mal armados. Apesar disto, consegui organizar 50 de meus antigos companheiros com armas e empreendi a retirada, perdendo apenas um homem e fazendo várias baixas no inimigo. Consegui também recolher 33 dos meus cavalos encilhados.

Depois, acompanhado de um de meus amigos, dirigi-me ao encontro de uma força de 80 homens, comandada pelo capitão Ozório de Baires, que era meu partidário, para ir em busca do inimigo. Como não encontrei Baires, segui até Ponta Porã, onde também contava com alguns elementos. Estando já de regresso, a 21 fui informado por meu filho mais velho Antonio Xavier da Silva, que se tinha encontrado nas imediações de Bela Vista, na estância de minha propriedade, com uma força de 78 homens comandados pelo delegado de polícia Álvaro Brandão.

Assim que avistei-me com essa força travamos luta. O delegado viu-se obrigado a retirar-se precipitadamente, alcançando os currais da estância onde entrincheirou-se. Entretanto teve de abandonar também a posição, deixando cinco mortos e onze armas de fogo com algumas munições. Não foi mais perseguida essa força porque as minhas tinham ordem terminante de não perseguir o inimigo já derrotado.

Nesse mesmo dia segui para incorporar-me à minha gente acampada na Estrela, defronte da estância dos srs. Quevedo. Desse ponto fui para adiante comandando 50 homens. A 23 encontrei-me com uma força adversária de 200 soldados, mais ou menos, e como o encontro deu-se em uma lombada limpa e as tropas estavam muito perto uma da outra, não pude evitar o combate. Mandei, então, carregar sobre o inimigo para ver se conseguia envolver a cabeça da coluna.

Meu plano foi burlado pelo inimigo que já nos tinha descoberto e era muito superior a nós em número e armamento. Assim é que os governistas, não podendo retroceder, carregaram também sobre nós, dando-se uma pequena refrega da qual resultaram várias baixas de ambas as partes.

Vi-me, assim, obrigado a retirar-me, deixando a vitória aos adversários.

Esta é a expressão da verdade.²  
   

FONTE -¹Major Gomes, parte ao presidente Costa Marques, 11- 09-1911. ²Correio do Estado (Corumbá) 20-07-1911




23 de junho



1925 - Coluna Prestes deixa Mato Grosso







Fustigados pelo exército legalista os rebeldes “abandonam Mato Grosso e entram em Goiás, através da região conhecida como Cabeceira Alta, onde decidem acampar, depois da obstinada opressão imposta pelo major Klinger. Eles caminharam cerca de dois mil quilômetros em terras mato-grossenses. Os canhões que trouxeram de Foz do Iguaçu não foram abandonados no Paraguai, como ordenara Miguel Costa, mas enterrados dias depois na fazenda Jacareí, em território brasileiro, quando os oficiais paulistas se convenceram definitivamente de que a artilharia é incompatível com a guerra de movimento. A tropa revolucionária, despojada de seus canhões, está agora armada apenas com revólveres, fuzis e metralhadoras”.


FONTE: Domingos Meirelles, A noite das grandes fogueiras, Editora Record, Rio, 1995. Página 402.

OBISPO MAIS FAMOSO DE MATO GROSSO

  22 de janeiro 1918 – Dom Aquino assume o governo do Estado Consequência de amplo acordo entre situação e oposição, depois da Caetanada, qu...