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sábado, 19 de fevereiro de 2011

12 de junho

12 de junho


1860 - Autorizada a criação da primeira escola pública da Corumbá

É aprovada pela lei n° 5 de a860, a primeira escola pública da povoação de Corumbá. A resolução é do presidente da próvíncia, Antonio Pedro da Alencastro:

"Art. 1° - Fica aprovada a Resolução de 21 de outubro do ano próximo passado, que ciou uma escola de instrução primária do 1° grau na Povoação de Corumbá para o sexo masculino com o ordenado marcado aos professores das Freguesias.

Art. 2° - Quando for suprimida uma cadeira, quer de instrução primária, quer de estudo secundário, o respectivo professor, sendo vitalício, e contando mais de dez anos de serviço, será aposentado com o ordenado por inteiro; e revogadas as disposições em contrário".


FONTE: Colleção das Leis Provinciais (MT), 1835 a 1912, pagina 32.



1867 – Termina oficialmente a retirada da Laguna


Homenagem do Exército brasileiro aos combatentes de Laguna em Porto
Canuto no município de Anastácio
Tendo chegado os sobreviventes um dia antes em Porto Canuto, à margem esquerda do rio Aquidauana, desfaz-se oficialmente, a retirada da Laguna, considerada a maior aventura da guerra do Paraguai. O major José Tomás Gonçalves, seu último comandante, baixou ordem do dia, encerrando a campanha, que durou 35 dias:


A retirada, soldados, que acabais de efetuar, fez-se em boa ordem, ainda que no meio das circunstâncias as mais difíceis. Sem cavalaria contra o inimigo audaz que a possuía formidável, em campos onde o incêndio da macega, continuamente aceso, ameaçava devorar-nos e vos disputava o ar respirável, extenuados pela fome, dizimados pela cólera que vos roubou em dois dias o vosso comandante, o seu substituto e ambos os vossos guias, todos esses males, todos estes desastres vós os suportastes numa inversão de estações sem exemplo, debaixo de chuvas torrenciais, no meio de tormentas de imensas inundações, em tal desorganização da natureza que parecia contra vós conspirar. Soldados! Honra à vossa constância, que conservou ao Império os nossos canhões e as nossas bandeiras!


O governo paraguaio festejou o final da marcha brasileira como uma vitória de seu exército.


FONTE: Taunay, A retirada da Laguna, 14a. edição, Edições Melhoramentos, São Paulo, 1942, página 137.


12 de junho


1874 - Criados os cartórios judiciais em Corumbá


Pela lei nº 8, do presidente José de Miranda da Silva Reis, o governo da província de Mato Grosso, cria os cartórios da comarca de Corumbá, a saber:

"Artigo único. - Ficam criados no Termo de Santa Cruz de Corumbá os ofícios 1° e 2° tabeliães; servindo o 1° de Tabelião do público, judicial e notas e do escrivão da Provedoria e do juri e execuções criminais; e o 2° de Escrivão de Órfãos e ausentes que lhe fica anexo; revogadas as disposições em contrário".

FONTE: Coletânia de leis da província de Mato Grosso, 1835 a 1912, página 14.


1882 – Nasce em Nioaque Antônia de Moraes Ribeiro, dona Neta


Dona Neta (ao centro) com familiares
Nasce em Nioaque, Antonia de Moraes Ribeiro. Estudou em Cuiabá onde casou-se com Antônio Correa da Costa, de tradicional família cuiabana. O casal muda-se para a fazenda Chapada, da família dela, em Nioaque. Em 1913, com seis filhos e já com o carinhoso apelido de dona Neta, muda-se de vez para Campo Grande. Em 1921 morre-lhe o marido, vítima de febre tifóide, contraída em Três Lagoas. Viúva aos 36 anos, com oito filhos, “dona Neta, com invulgar bravura, enfrentou a situação, conseguiu dirigir as fazendas Chapada, em Nioaque, Guanandi e Cedro em Ponta Porã.”

Faleceu
aos 81 anos, em 1963. Paulo Coelho Machado, seu biógrafo, conta que pouco antes de morrer dona Neta convocou todos os filhos e a cada um fez “agradecimento emocionante pela solidariedade que ininterruptamente lhe deram, adicionando pequenas recomendações como últimas lições de vida tiradas da própria experiência.”
Deixou 15 netos e 38 bisnetos e um saudável casarão na avenida Afonso Pena, que seria demolido para dar lugar à galeria Dona Neta.



FONTE: Paulo Coelho Machado, A grande avenida, Funcesp/UBE, Campo Grande, 2000, página 206.



12 de junho

1910 - Fundada a Associação Comercial de Corumbá

Reunidos na tarde de domingo, as 14 horas, no edifício da Câmara Municipal, empresários de Corumbá decidem criar a associação comercial da cidade: O Correio do Estado fez o registro:

"O n´mero de pessoas que compareceram à reunião tão foi grande, mas a qualidade dessas mesmas pessoas, reconhecidamente corajosas e empreendedoras, representava uma grande força, que é do que realmente dependem os mais difíceis e importantes cometimentos".

Sobre a importância da nova entidade, o jornal destacou o foco dos empresários "na urgência de por em prática uma ação em comum a bem dos interesses do já desenvolvido comércio desta praça, certos de que só unidos  é que poderão resistir a todas as lutas que contra os seus direitos forem abertas, - esses bons elementos que compareceram à reunião de domingo resolveram iniciar os trabalhos para organização da Associação Comercial de Corumbá".

O primeiro presidente, escolhido pela unanimidade dos fundadores, foi Salustiano Msaciel, sócio da empresa M. Cavassa Filho e Cia, que indicou Alvaro Armando para secretário. O primeiro ato do presidente foi a criação de uma comissão para elaboração dos estatutos da entidade, com os seguintes componentes: Salvador Paes de Campos, Eugênio Ferreira da Cunha, Hipólito Rondon, Ciriaco de Toledo e Joaquim Teodoro da Rocha.

FONTE: Correio do Estado (Corumbá), 15 de junho de 1910.



12 de junho

1979 - Exonerado o primeiro governador de Mato Grosso do Sul





Nomeado pelo presidente Ernesto Geisel, com base na Lei Complementar n° 31/77 (Lei da Divisão) e empossado em 1° de janeiro, é exonerado do cargo de governador de Mato Grosso do Sul, o engenheiro gaúcho Harry Amorim Costa. Enfraquecido em Brasília com a posse do general João Batista Figueiredo, Harry não obteve o apoio do senador Pedro Pedrossian, então o mais prestigiado líder político do Estado, que conseguiu sua demissão e a indicação de seu sucessor, o prefeito de Campo Grande, engenheiro Marcelo Miranda. Assumiu em seu lugar até o dia 29, data da posse do novo governador nomeado, o deputado Londres Machado, presidente da Assembleia Legislativa. 

O legado de Harry Amorim seria o seu projeto de governo moderno para um estado modelo, desprezado por seu sucessores. A única obra que conseguiu realizar no curto espaço de tempo de seu governo foi a pavimentação do trecho da BR-60 entre Campo Grande e Sidrolândia.

Em 1982 foi eleito deputado federal pelo PMDB. Em 1987 foi nomeado secretário de Maio Ambiente no governo de Marcelo Miranda, vindo a falecer, em acidente automobilístico em 19 de agosto de 1988.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

12 de fevereiro

12 de fevereiro

1866 - Taunay deixa Coxim com destino a rio Negro e Miranda




Acampamento das tropas brasileiras em Coxim (desenho de Taunay)


Com destino ao rio Negro e a Miranda, a comissão de engenheiros da força expedicionária brasileira, estacionada às margens do Taquari, inicia a exploração do percurso por onde deverá seguir a tropa para dar combate ao exército paraguaio na região fronteiriça. O tenente Taunay, que faz parte dessa comissão, relata:
 
“A 12 de fevereiro de 1866 partimos, pois, e atravessamos o rio Taquari, deixando para sempre o Coxim, onde tanto e tanto sofri de melancolia e desânimo.

 
Nenhuma lembrança grata me prende a este lugar, a não ser as horas em que escrevi e li, com certa ufania, ao Juvêncio, alguns rascunhos literários, O Casamento de Ferrugem e o primeiro ato de uma comédia, A dedicação de Zopyro e que mereceram de meu ouvinte grandes elogios. (...)

 
Logo que comecei a viajar, achei-me outro e, bem me recordo, dormi otimamente, nessa noite de 12 de fevereiro, do outro lado do Taquari, junto a um afluente do Coxim, de onde ainda ouvimos os clarins e cornetas do acampamento.” 



FONTE: Taunay, Em Mato Grosso invadido, Companhia Melhoramentos, São Paulo, sd. Página 12.




12 de fevereiro


1885 - Miranda decreta abolição da escravatura

Miranda, rua do Carmo, no início do século passado



O Clube Emancipador Mirandense em sessão solene declara “completamente livres os escravos da vila de Miranda.” O ato foi reconhecido pela Câmara Municipal que igualmente comemorou o acontecimento, comunicando-o ao juiz de direito, Alcindo Vicente de Magalhães, que então se encontrava em Cuiabá como chefe de polícia da província. 

O ato foi registrado na seguinte ata:

Aos doze dias do mês de fevereiro do ano de mil oitocentos e oitenta e cinco, nesta vila de Miranda, em o Paço da Câmara Municipal, às sete horas da noite, presentes os senhores Capitão Luiz Generoso da Silva e Albuquerque, Antonio Xavier Castelo, Luiz da Costa Leite Falcão, Francisco Eugênio Moreira Serra, Horácio de Almeida Castro e João Augusto da Costa Leite, além de numerosos concursos de senhoras e cavalheiros, foi pelo presidente Capitão Luiz Generoso da Silva Albuquerque, aberta a sessão. Achando-se presente o Excelentíssimo Senhor doutor Juiz de Direito da comarca, Eduardo Augusto Nogueira de Camargo, o senhor Presidente, tomando a palavra, propôs que fosse o mesmo convidado, na qualidade de primeira autoridade Jurídica ou seja judiciária e presidente honorário do clube, para residir a sessão nomeando uma comissão composta dos senhores Castelo e Costa Leite para recebê-lo; o que foi feito, o mesmo tomou a presidência dando em seguida a palavra depois de breve alocução congrulatória ao senhor Capitão Silva e Albuquerque, que proferiu um discurso análogo. Tomou a palavra o secretário Costa Leite, que igualmente proferiu um discurso achando-se presente, entre outros hóspedes e estrangeiros, o tenente Carlos Peixoto de Alencar, o Sr. Presidente, em homenagem às ideias do mesmo, ofereceu-lhe a palavra que, sendo aceita, fez-se ouvir em eloquentes frases. Depois do que, e de breves palavras, o senhor presidente que as proferiu convidou as senhoras e cavalheiros presentes para o baile pela mesma comissão preparado, levantando a sessão, na abertura da qual foram declarados completamente livres os escravos da Vila de Miranda, por entre estrepitosas salvas de palmas e estrondosos vivas. E do que para constar lavrei esta ata, Eu, João Augusto da Costa Leite, Secretário do Club. - Miranda, doze de fevereiro de mil oitocentos e oitenta e cinco. - Eduardo Augusto Nogueira de Camargo, Luiz Generoso da Silva Albuquerque, João Augusto da Costa Leite, Antonio Xavier Castelo, Luiz da Costa Leite Falcão, Horácio de Almeida Castro, Francisco Eugênio Moreira Serra.


FONTE: Estêvão de Mendonça, Datas Matogrossenses, Governo do Estado, Cuiabá, 1973, página 90.
FOTO: Album Grafico de Mato Grosso (1914)



12 de fevereiro 

1910 - Aventureiro solitário navega de Cuiabá a Corumbá numa jangada




Tendo como veículo uma pequena jangada, chega a Corumbá, procedente de Corumbá, o poeta e jornalista gaúcho, Sebastião de Campos, que tem percorrido a pé, todos o estados do Brasil, tendo iniciado sua viagem há nove anos. "Chegado à capital do Estado a 1° de agosto - revelou em entrevista a um jornal corumbaense - dali prosseguiu a 19 de dezembro seu itinerário em jangada até esta cidade, gastando nesse penoso e arriscadíssimo percurso fluvial 57 dias de viagem".

Ao jornal, o andejo sintetizou esta sua extenuante caminhada pelo país:

"O sr. Sebastião de Campos iniciou a sua viagem em Porto Alegre, a 15 de junho de 1901,e, atravessando os estados de Santa Catarina e Paraná, terminou este trecho de sua viagem na cidade de Campinas a 30 de novembro.

Daí em continuação de sua viagem, planejada então em volta da terra, partiu a 15 de maio de a904, chegando a Manaus a 3 de abril de 1906, tendo percorrido todos os estados do litoral do Rio de Janeiro até o Pará.

Um dia antes de sua partida de Campinas, no Centro de Ciências, Letras e Artes, do qual Sebastião de Campos é sócio, discutiu-se o itenerário de sua viagem, por uma seleta assembleia  onde muitos oradores se manifestaram contrários a esse empreendimento.

Entretanto, o sr. Sebastião de Campos ocupando por último a tribuna, declarou que sentia profundamente não poder corresponder aos desejos de seus amigos, pois a sua viagem era obra de um mistério e que mais tarde, se tivesse a ventura de regressar ali, então desvendaria esse segredo, que resumiu num símbolo e comovido, beijou nesse momento a bandeira nacional.

Conhecendo já uma parte do opulento estado de Minas, mas faltando-lhe conhecer os estados de Goiás e de Mato Grosso, que não entravam no itenerário de sua viagem, resolveu ele percorrer esses estados. E assim o fez, não sem experimentar longos dias de provações , na espinhosa travessias dos sertões que percorreu, afinal, a sua intrepidez e coragem inauditas".

De Corumbá, Sebastião de Campos deverá seguiu para Assunção, no Paraguai.


FONTE: Correio do Estado (Corumbá), 16 de fevereiro de 1910. 




12 de fevereiro

1965 - Vespasiano Barbosa Martins é homenageado na Câmara dos Deputados



Um mês depois de sua morte, o ex-senador e líder divisionista é homenageado em sessão da Câmara dos Deputados. Entre outros, usaram da palavra os deputados Rachid Derzi, que discorreu de sua amizade pessoal e afinidade político-partidária com o homenageado, Afrânio de Oliveira, de São Paulo e Rui Santos da Bahia, que assim fechou seu discurso:

Conheci Vespasiano na Constituinte 46. Uma das melhores expressões de vida pública brasileira, com quem privei naquela época, foi justamente ele, franco, sincero, honesto, leal, capaz, digno. Não só Mato Grosso, como o Brasil inteiro perde, c
om Vespasiano, um dos exemplares melhores, uma das figuras mais perfeitas da vida pública nacional.



FONTE: Academia de Letras e História de Campo Grande, Biografia de patronos, página 27.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

12 de maio

12 de maio


1909 - Circula em Corumbá o jornal Correio do Estado



Inicia sua circulação em Corumbá, o jornal Correio do Estrado, de propriedade de Francisco Castelo Branco. Em sua apresentação o novo periódico firma sua fé de ofício:

"Ao entrarmos para a luta árdua da imprensa, um único ideal nos move - o progresso, - uma única estrela nos conduz - o bem. É esta a nossa profissão de fé, que devemos deixar bem patente, agora que já temos dado o primeiro passo nessa arena tumultuosa; e, seguindo as injunções do nosso patriotismo, tudo faremos para tocarmos a meta das aspirações populares".

Mais adiante, o editorial proclama a independência política do jornal:

"Não nos seduzem as lutas de partidos, e somente quando se tratarem de assuntos palpitantes, de questões capitais, em que entrem como objetivo os interesses do povo, seremos obrigados a analisar os atos dos depositários dos poderes públicos, afim de contribuirmos com a nossa opinião para a realização serena do progresso que, acima de tudo, é o nosso escopo".

FONTE: Correio do Estado, n° 1, 12 de maio de 1909.   

 

 12 de maio


1911 - Instalada a comarca de Campo Grande



Arlindo de Andrade, o primeiro juiz de Direito da comarca de Campo Grande

Criada pela lei n. 549, de 20 de junho de 1910, é oficialmente instalada a comarca de Campo Grande, fato marcado pela seguinte ata:

“Aos doze dias do mês de Maio, de mil novecentos e onze no edifício da Intendência Geral do Município, às doze horas, presentes do Presidente da Câmara Municipal, Intendente Geral do Município, suplentes de Juiz de Direito do termo extinto de Paz em exercício, Delegado de Polícia, Comandante do Destacamento Federal e pessoas representativas das diversas classes do município, abaixo assinadas, tomou assento entre as autoridades presentes o Exmo. Sr. Dr. Arlindo de Andrade Gomes e declarou que, tendo sido removido da Comarca de Nioaque para esta recentemente criada pela Lei n. 549, de 20 de julho de 1910, e em virtude do Decreto n. 277, de 16 de março de 1911, declarava nesta audiência extraordinária instalada a Comarca de Campo Grande, transmitindo ao governo o seguinte telegrama e idêntico ao Presidente do Superior Tribunal:

‘Excelentíssimo Senhor Presidente do Estado - conformidade aviso governo comunico-vos haver instalado hoje, nova Comarca de Campo Grande, presentes autoridades. Congratuo-me vossência pelo útil benefício prestado esta importante região Estado. Saudações. (a) Arlindo de Andrade Gomes.’


O Senhor Presidente da Câmara, em nome da municipalidade, declarou que a população de Campo Grande recebia a inauguração da Comarca com profunda alegria porque realizava-se uma aspiração antiga de seu povo com a justiça encarecida e prejudicada pela distância da sede da Comarca. Em seguida declarou o Sr. Juiz que nomeava a mim, escrivão do termo, escrivão interino do 1° Ofício e ao cidadão Tobias Santana da Silva, promotor interino. Lavradas e assinadas as respectivas portarias destas nomeações e nada mais havendo a tratar, deu o Senhor Dr. Juiz de Direito a Comarca por instalada, concedendo a esta audiência de cujo termo me foi ordenado cópia ao Superior Tribunal, indo assinado pelo Juiz e demais pessoas presentes. Dado e passado nesta Vila de Campo Grande, aos doze dias do mês de maio de mil novecentos e onze. (aa) Arlindo de Andrade Gomes, Amando de Oliveira, Antônio Norberto de Almeida, Enock Vieira de Almeida, José Santiago, Alves Quito, Bernardo Franco Baís, Clemente Pereira Martins, João Alves Pereira".


Era presidente da camara o vereador Clemente Pereira Martins e intendente geral José Santiago. 


FONTE: J. Barbosa Rodrigues, História de Campo Grande, edição do autor, Campo Grande, 1980. Página 100.


12 de maio

1914 - Nasce em Piemonte na Itália, Felix Zavattaro, pioneiro do ensino superior em Mato Grosso do Sul


Padre Felix Zavattaro
Em junho de 1929, com apenas 15 anos, embarcou para o Brasil e ingressou na Pia Sociedade de São Francisco de Sales. Em 1930 iniciou em Lavrinhas, São Paulo, o noviciado. No mesmo ano apresentou o pedido de alistamento nas fileiras dos filhos de Dom Bosco. No ano seguinte completou os estudos de Filosofia.
Em 1932 iniciou sua carreira de professor em Goiás. Em 1933 veio para Mato Grosso, lecionar no Colégio Salesiano de Santa Tereza. Em 1936 regressou à Itália para cursar Teologia na Pontifícia Universidade Gregoriana.
Retornando ao Brasil, em 1947, foi trabalhar no Ateneu Dom Bosco de Goiânia, pertencente à Inspetoria Salesiana de Campo Grande. Novamente em Mato Grosso, assume a direção do Colégio Dom Bosco de Campo Grande, cargo que exerceu até 1955, quando é nomeado para o Colégio Salesiano de Lins.
Em 1961 assumiu outra vez a direção do Colégio Dom Bosco de Campo Grande e em 1961, com o padre Ângelo Venturelli funda a Faculdade Dom Aquino de Filosofia Ciências e Letras de Campo Grande.
Em 1964 é nomeado diretor da Rádio Educação Rural e do Jornal do Comércio, órgãos pertencentes à sociedade salesiana.
Em 1973, por iniciativa do deputado Cleômenes Nunes da Cunha foi agraciado com o título de cidadão mato-grossense. Em 1993 torna-se cidadão de Mato Grosso do Sul, por indicação de sua ex-aluna, deputada Marilene Coimbra. Em 1995 recebeu da Universidade Bom Bosco o título de Doutor Honoris Causa.
Foi membro da Academia Sul-mato-grossense de Letras e do Conselho Estadual de Educação de Mato Grosso.
Faleceu a 23 de novembro de 1996, em Savona, Itália. 



FONTE: Maria da Glória Sá Rosa, Félix Zavattaro, o padre salesiano que marcou a cultura e foi precursor do ensino superior em Campo Grande, in Personalidades Série Campo Grande, ano IV, Fundação de Cultura, Esporte e Lazer, Campo Grande 2002, página 63.


12 de maio


1980 - Criado o município de Costa Rica


Sucuriu, o rio que garante o potencial turístico de Costa Rica

Pela lei 76, de iniciativa do deputado Waldomiro Gonçalves, sancionada pelo governador Marcelo Miranda, é criado o município de Costa Rica, desmembrado de Camapuã e com área territorial dos municípios de Camapuã, Casilândia, Paranaíba, Coxim e Água Clara. O primeiro prefeito foi João Gomes Sobrinho, nomeado pelo governador Pedro Pedrossian, que ficou no mandato até a eleição de Laerte Paes Coelho (PMDB) em 1982.

FONTE: Mariel Cunha: Costa Rica: história e genealogia, Editora Fenix, Campo Grande, 1992, página 205

domingo, 6 de março de 2011

12 de agosto

12 de agosto

1833 - Fundada a Sociedade dos Zelosos da Independência

É fundada em Cuiabá a Sociedade dos Zelosos da Independência. Inspirada na congênere nacional Sociedade Defensora da Liberdade e da Independência Nacional, do Rio de Janeiro, tinha por finalidade, segundo seu estatuto, "procurar ligar pelos mais estreitos laços os verdadeiros Brasileiros, habitantes da Província de Mato Grosso, por meio de Instrução nos seus deveres e de mútua coadjuvação para assegurar a Independência do Brasil e fazer resistência legal à tirania, onde quer que esta se achar”.

Foram seus fundadores Antonio Patrício da Silva Manso, Dr. Pascoal Domingos de Miranda, Braz Pereira Mendes, José Alves Ribeiro, Joaquim de Almeida Falcão e Miguel Dias de Oliveira.

O ponto culminante de seu ativismo político foi a Rusga, em 30 de maio de 1834, em Cuiabá, quando sob sua direção, brasileiros natos confrontaram  empresários portugueses e estrangeiros, a quem pretendiam expulsar do Brasil.

FONTE: Rubens de Mendonça, Histórias das revoluções em Mato Grosso, edição do autor, Cuiabá, 1970, página 32.



12 de agosto

1835 -  Pena de morte para escravos



É sancionada pelo presidente da província de Mato Grosso, Antonio Pedro d'Alencastro, a lei n° 8, que pune com pena de morte, escravos que matarem, ferirem ou cometerem grave ofensa física ao seu senhor, administrador, feitor ou suas mulheres e filhos. Na íntegra o texto da nova lei:

Art.1 - Serão punidos com pena de morte os escravos de qualquer qualidade e sexo que matarem por qualquer maneira que seja, ferirem ou fizerem outra grave ofensa física a seu Sr., administrador, feitor ou suas mulheres e filhos. Se o ferimento ou ofensas forem leves a pena será de açoites e galés perpétuas, segundo as circunstâncias mais ou menos atenuantes.

Art. 2. - Nos delitos acima mencionados e no de insurreição serão os delinquentes julgados dentro do município do lugar onde cometeram o delito por uma junta composta de seis juízes de paz, presidida pelo juiz de Direito da comarca, servindo de escrivão aquele que for do mesmo juiz de Direito.

Art. 3. - Os juízes de paz terão jurisdição em todo o município para processarem tais delitos até a pronúncia.

Art. 4. - O juiz de Direito, reunida a junta dará princípio ao processo, mandando autuar todos os que tiver recebido sobre o mesmo delito, em um só e ajuntar a ele a nomeação dos vogais.

Art. 5. - Satisfeitos estes atos judiciais, se proferirá a sentença final, vencendo-se a decisão por quatro votos, e decidindo, no caso de empate, o juiz de Direito. A sentença, sendo condenatória, será executada no mesmo lugar do delito, sem recurso algum na forma determinada pelo art.38 e seguintes do Código Criminal, presidindo a execução o mesmo juiz de Direito, que deverá fazer assistir ao ato uma força armada e os escravos mais vizinhos em número correspondente à força.

Art.6. - Ficam revogadas todas as leis e mais disposições em contrário.

Esta lei foi revogada em 18 de abril de 1836, por José da Silva, vice-presidente em exercício.
 

FONTE: Coleção das leis provinciais de Mato Grosso, Cuiabá, 1835, edição 00001, página 41.



12 de agosto

1867 - Deputados aprovam moção aos heróis da retomada de Corumbá

Por iniciativa do deputado Silva Pereira e assinatura de 11 deputados, o plenário da Câmara, no Rio de Janeiro, "cheio de entusiasmo, pelo modo heroico porque se portaram as forças de Mato Grosso", no combate contra o inimigo na batalha pela retomada de Corumbá:

A Câmara dos Deputados aplaude com toda efusão de seu patriotismo, o ato glorioso da tomada da cidade de Corumbá, no dia 13 de junho do corrente ano, pela expedição sob o comando do tenente-coronel de comissão Antonio Maria Coelho, organizada e dirigida pelo presidente da província de Mato Grosso, dr. José Vieira de Couto Magalhães, e consigna, outrossim um voto de reconhecimento aos bravos das forças expedicionárias.

FONTE: Correio Mercantil (RJ), 13 de agosto de 1867.



12 de agosto 


1932 - Revoltosos vencem legalistas em Santa Quitéria







Na revolução constitucionalista, após ocupar Paranaíba, no dia 7 de agosto sem resistência, as forças do governo, sob o comando do capitão Odilio Dennys, batem-se com os revoltosos de Campo Grande às margens do rio Santa Quitéria. O relato é de Lindolfo Emiliano dos Passos, da polícia goiana, que, ao lado dos legalistas, participou do combate:

“O dia 12 de agosto amanhecia. Ao raiar do sol, ofuscado pela fumaça das queimadas, o inimigo rompeu o silêncio nos saudando com alguns disparos de sua artilharia, sendo os primeiros de festim para desencadear, após, insistente bombardeio com granadas.


Foi como prevíamos: preparavam o combate para a infantaria, o que, na verdade aconteceu, cessado o canhoeiro. Enquanto o comandante Carvalhinho atacava o inimigo no seu flanco esquerdo, nós o combatíamos pela frente e na suas posições defensivas, das quais não arredava um passo, impedindo-nos de progredir pelo maciço fogo de suas metralhadoras e obuses. O tempo passava e a luta continuava com o mesmo ardor . Na retaguarda inimiga o fogo parou com o fracasso da missão de Carvalhinho que caiu nas malhas do inimigo, resultando à debandada geral dos patriotas. Às 14 horas mais ou menos a situação continuava a mesma e o desgaste dos nossos soldados já se fazia sentir não só pelo cansaço, como pela sede e pela fome. A nossa munição escasseava e não tínhamos provimentos de material e pessoal para sustentar a luta contra o adversário que, no peito e na garra, não cedia um palmo de terreno de suas posições defensivas, tendo ainda por garantia a proteção do rio Quitéria. À certa altura da refrega o comandante do 3º pelotão não conseguiu conter o pânico de alguns elementos que, supondo-se cercados pelo inimigo, abandonaram suas posições. Foi o quanto bastou para que o pelotão inteiro se retirasse, seguido também pela 2ª parte do 1° pelotão. No auge da debandada o coronel Salomão de Faria embarcou no seu carro determinou ao motorista sargento Neves, que tocasse para Santana e o mesmo destino tomou o major Benedito Quirino. Diante da fuga desses chefes a balbúrdia recrudesceu, correndo os soldados em direção dos caminhões, com os motoristas manobrando os veículos para zarparem na maior confusão. "Tomando medida drástica, determinei ao tenente Varanda que bloqueasse a estrada com um caminhão e ordenei ao sargento Pedro Moreno que ficasse junto ao mencionado caminhão e metralhasse o veículo que tentasse fugir. Despachei um caminhão para a cabana Agda onde estava o tenente Almiro, com o pessoal do aprovisionamento e rancho, para os conduzirem ao rio Santana, onde deviam estacionar. Garantindo nossa retirada, as duas secções de metralhadoras pesadas e os fuzis metralhadores Z. B. fizeram a cobertura, mantendo um fogo contínuo contra o adversário enquanto os pelotões eram organizados e embarcados nos caminhões. Por fim recolhemos as metralhadoras e os elementos de suas guarnições e nos retiramos com absoluta ordem. Ao cair da noite todo o contingente estava bivacado à margem direita do caudaloso rio Santana, a 9 quilômetros da cidade. Nessa refrega apenas duas praças sofreram ferimentos contusos. O rancho da tropa foi servido à noite. A nossa retirada não constituiu derrota, mas uma necessidade premente diante da escassez de meios para continuarmos combatendo um adversário, cuja superioridade ficou claramente evidenciada. Não possuindo os nossos soldados equipamentos de campanha não podiam prosseguir numa luta encarniçada, passando por agudas privações, sobretudo sede e fome. Lutamos durante oito horas consecutivas, sem um minuto de trégua e neste espaço de tempo foi consumida quase toda a munição bélica que possuíamos no local, num total de 60 mil tiros. Sem reservas para a substituição da tropa, a única saída viável era sua retirada do terreno da luta, manobra já prevista pelo capitão Odílio dentro de um critério tático e, se não aconteceu do modo previsto, contudo, nos retiramos em absoluta ordem, embora se tornasse necessária tomar medidas para efetivação da manobra, que redundaria num caos se processada à revelia. Não tivemos outra alternativa".



FONTE: Lindolpho E. Passos, Goiás de ontem, memórias militares e políticas, edição do autor, Goiânia, 1987, página 96.


FOTO: Reprodução. Meramente ilustrativa.




12 de agosto


1941Vespasiano nomeado prefeito de Campo Grande

Reconciliado com a ditadura de Vargas, a qual combateu em 1932, quando aderiu à revolução constitucionalista, Vespasiano Barbosa Martins aceita nomeação para prefeito de Campo Grande, a convite do interventor Júlio Müller. Permaneceu no cargo até 12 de setembro de 1942, sendo substituído por Carlos Hugueney Filho.


FONTE: Demosthenes Martins, Campo Grande,aspectos jurídicos e políticos do município, Academia de Letras e História, Campo Grande, 1972, página 39.


sexta-feira, 22 de novembro de 2013

12 de dezembro

12 de dezembro

1826 – Langsdorff chega ao rio Paraguai



Após diversos dias navegando pelo Taquari, a expedição científica Langsdorff, patrocinada pelo governo russo alcança finalmente o rio Paraguai:

Pela manhã de 12 de dezembro entramos na águas do Paraguai, caudal célebre nos anais das missões espanholas e portuguesas pelas vantagens excepcionais que sua navegação proporciona aos vastos territórios em que corre. Tem as cabeceiras do Alto Diamantino, na chapada central da América Meridional; dirige para o sul o majestoso curso e recebe o contingente de sete grandes rios até confluir com o Paraná, onde perde injustamente o nome para cedê-lo ao afluente. Grandes embarcações podem sulcá-lo desde Buenos Aires até Vila Maria e, subindo pelo rio Cuiabá, até a capital de Mato Grosso. É uma extensão de 600 léguas, livre do menor obstáculo, sem cachoeiras, nem corredeiras: em todo o percurso deslizam mansas águas fundas e largas. É o mais belo canal que a natureza formou para permitir ao homem devassar desertos tão dilatados, para povoá-los e dar-lhes as regalias de ativa navegação e imenso comércio. Em qualquer ponto achariam os barcos a vapor florestas para abastecê-los de combustível abundante e fácil. (...)


Abicamos na margem do Paraguai em frente à boca do Taquari e, como nos devíamos demorar até o dia seguinte para deixar o astrônomo fazer suas observações, aí acampamos. À tarde vimos passar o próprio a que acima aludi e que fora a Cuiabá pedir socorros contra os guaicurus.


Quando anoiteceu, ergueram-se do lado dos campos, que na véspera havíamos deixado, grandes clarões, acompanhados de muita fumaça. Eram fogos ateados pelos índios, pois decerto nenhum brasileiro se arriscaria, depois do rompimento de hostilidades, a andar tão arredado de Miranda, o povoado dali mais próximo, e a percorrer as vastidões em que imperam aqueles selvagens.


A todos os camaradas distribuiu o cônsul espingardas, pistolas, pólvora e balas e mandou colocar as sentinelas que durante a noite estiveram alerta afim de impedir qualquer surpresa.

FONTE: Hercules Florence, Viagem Fluvial do Tietê ao Amazonas, de 1825 a 1829, Edições Melhoramentos, São Paulo, 1941, página 68.



12 de dezembro
 
1899 – Nasce em Cuiabá Maria Constança de Barros Machado


Filha de Israel de Arruda Barros e Joana da Costa Barros, iniciou seus estudos na Escola Barão de Melgaço, no tempo da palmatória. Concluiu o Normal em 1917, na Escola Normal Pedro Celestino de Cuiabá e no ano seguinte mudou-se para Campo Grande, nomeada para lecionar na primeira escola pública isolada do sexo feminino, onde foi, por durante quatro anos, professora, secretária e diretora. Em 1922 foi designada para o Grupo Escolar Joaquim Murtinho. Em 1937 é nomeada vice-diretora e no ano seguinte assume a diretoria dessa instituição de ensino. Em 1939, no governo o interventor Júlio Müller, instalou e organizou o Liceu Campo-Grandense, mais tarde denominado Ginásio Estadual Campograndense.

Em 1951, a convite do governador Fernando Correa da Costa, assume a direção do Colégio Estadual e da Escola Normal Joaquim Murtinho, em substituição ao professor Múcio Teixeira Júnior. Em 1954 passa a integrar a Camapanha Nacional de Educadores Gratuitos, idealizada em Recife pelo professor Felipe Tiago Gomes. De 1956 a 1961, durante o governo de João Ponce de Arruda, permaneceu fora do Estadual e da Joaquim Murtinho, por questões políticas, retornando à direção das duas entidades, com a volta de Fernando Correa da Costa ao governo, em 1961.

Maria Constança de Barros Machado dá nome ao colégio que ela construiu e dirigiu


Faleceu em Campo Grande em 7 de abril de 1996.

FONTE: Maria da Glória Sá Rosa, Memória da Cultura e da Educação em Mato Grosso do Sul, UFMS, 1990, página 62


12 de dezembro

1912 – Realiza-se o primeiro júri na comarca de Campo Grande

Inaugurado no dia 12 de maio, com a posse do juiz Arlindo de Andrade Gomes, que renunciou 50 dias depois, somente nesta data foi realizado o primeiro júri em Campo Grande, sob a presidência do novo juiz, dr. Abreu. O réu chamava-se José João Bernardo de Freitas, acusado da morte de Francisco Veloso. Foi absolvido assim como os dois outros acusados, João Manoel dos Santos, soldado do Exército, e João Manoel da Silva, submetidos a julgamento nos dias seguintes, 13 e 14. No final a municipalidade foi condenada a pagar as custas, na importância de 557$000.” 

FONTE: Paulo Coelho Machado, Arlindo de Andrade, página 19.


12 de dezembro

1950 - Lançada pedra fundamental da igreja São Francisco em Campo Grande

É lançada a pedra fundamental da igreja São Francisco, em Campo Grande, fato revisto 68 anos após, pela imprensa local:


Foto antiga da paróquia e convento  de São Francisco de Assis, localizada na rua 14 de Julho, hoje sede da Província Franciscana. (foto: Reprodução Livro/A Missão Franciscana de Mato Grosso)Foto antiga da paróquia e convento de São Francisco de Assis, localizada na rua 14 de Julho, hoje sede da Província Franciscana. (foto: Reprodução Livro/A Missão Franciscana de Mato Grosso)
São quase 68 anos desde que a pedra fundamental da igreja São Francisco de Assis foi lançada no lugar em que o prédio surgiu imponente, no estilo imperial. No dia 12 de dezembro de 1950, o então prefeito de Campo Grande de Mato Grosso, Fernando Corrêa da Costa, fez o lançamento oficial da obra e naquele momento também renomeou a região que seria uma das mais importantes da cidade: “A partir dessa data, o Bairro Cascudo passa a se chamar Bairro São Francisco", decretou.
O paraibano Frei João Francisco Neto assumiu como pároco da São Francisco de Assis neste ano e, com muita simpatia, guiou o Lado B pela estrutura histórica do prédio construído por freis alemães, que depois passou por ajustes e expansões para abrigar a ordem dos Franciscanos.
O terreno onde hoje se encontra a paróquia foi doado por Luziano dos Santos, antigo dono do bar Vai ou Racha - antigamente localizado na outra esquina da quadra. No projeto, os religiosos tomaram a frente de tudo. O arquiteto foi o Frei Valfrido Stahie, o pedreiro o Frei Proto Schurr e a marcenaria ficou por conta do Frei Luís Kunkel. Assim as paredes foram subindo com ajuda de outros frades e apoio da comunidade.
A obra finalmente terminou em junho de 1956 e se tornou desde então um dos cartões postais da Capital. Discretos, os freis que ali moram passam despercebidos por muitos, assim como o convento, hoje considerado sede da Província Franciscana do Estado. 

Fachada permanece a mesma até hoje, quase 68 anos desde a inauguração da pedra fundamental (Foto: Kisie Ainoã)Fachada permanece a mesma até hoje, quase 68 anos desde a inauguração da pedra fundamental (Foto: Kisie Ainoã)
Brasão da Ordem Franciscana representa os braços de Jesus Cristo e São Francisco de Assis. (Foto: Kisie Ainoã)Brasão da Ordem Franciscana representa os braços de Jesus Cristo e São Francisco de Assis. (Foto: Kisie Ainoã)
Todos os vitrais da Igreja Matriz contam a história da vida de São Francisco de Assis. Eles, assim como a imagem do santo que se encontra no alto da igreja, foram trazidos de São Paulo, de onde também veio a inspiração, semelhante ao Convento dos Franciscanos de Pari. "Esta imagem dos dois braços é o Brasão da Ordem Franciscana e representa o braço de Jesus Cristo e de São Francisco de Assis", explica o pároco João Francisco a respeito de uma imagem que está constantemente representada na paróquia.
Mas esta não foi a primeira casa dos franciscanos em Mato Grosso do Sul. Antes mesmo de 1950, no ano de 1941, se situavam em uma discreta casa na Rua Antônio Maria Coelho, no número 804. "Eles vieram pro o Brasil primeiro para Petrópolis, no Rio de Janeiro, por conta da 2ª Guerra Mundial. Lá já havia uma sede Franciscana. Em terras brasileiras, aprenderam o idioma e vieram para Mato Grosso do Sul em seguida", detalha o Frei.
Em área doada por dono de bar, paróquia surgiu há 68 anos e mudou nome de bairro
Na parte interna da paróquia, o imenso pé direito da construção tem uma justificativa plausível: o calor campo-grandense. "Dessa forma, os engenheiros conseguiram que aqui dentro ficasse mais fresco. Imagine na época, não tinha luz, muito menos ar condicionado".
Apaixonado pela estrutura, o Frei brinca que é "suspeito", mas acredita que a paróquia de São Francisco de Assis é a mais bela da cidade. 
Olhando de fora não dá para ter noção da gigante estrutura franciscana. Mas ao entrar no convento, caminhar até a seguinte construção anexa, criada anos depois da entrega da paróquia, chegando até a imensa horta que mais parece uma floresta em que os olhos perdem a noção de seu fim.
Só é possível realmente entender a dimensão da estrutura quando o olhar se volta para o externo e nota-se os condomínios de grandes construtoras, o que dá a entender que o terreno já está na Avenida Ernesto Geisel.
Nos detalhes da construção as marcas do tempo. Nas pedras que servem como revestimento na área externa do prédio, as manchas de terra são prova de que passaram-se anos desde sua instalação.
Três sinos estão dispostos em pontos distintos da paróquia e do convento, e cada um toca em um horário diferente: às 6h, às 12h e às 18h. "O único horário em que todos soam juntos é às 18h", diz o frei.
Umas singela capela fica disposta nos fundos da construção, ao lado de um belo mural que teve sua restauração finalizada ontem (08). "No piso superior do convento são os dormitórios, aqui embaixo temos a enfermaria em que ficam os freis mais idosos caso houver necessidade", detalha.
Uma das portas de acesso no último conjunto do prédio, em frente a ala dos retiros. (Foto: Kisie Ainoã)Uma das portas de acesso no último conjunto do prédio, em frente a ala dos retiros. (Foto: Kisie Ainoã)
Um dos três sinos do prédio, este está localizado na área interna do convento. (Foto: Kisie Ainoã)Um dos três sinos do prédio, este está localizado na área interna do convento. (Foto: Kisie Ainoã)
Frei João Francisco mostra o azulejo instalado na sacristia desde a construção do prédio. (Foto: Kisie Ainoã)Frei João Francisco mostra o azulejo instalado na sacristia desde a construção do prédio. (Foto: Kisie Ainoã)

Festa - Com uma vida focada do celibato e na abdicação total de riquezas, o Frei João Francisco permanece por 6 anos como pároco da paróquia e, pela primeira vez, movimenta a Quermesse em comemoração ao dia do santo. A festa acontece hoje (10), com missa de celebração às 18h.
"Estamos trabalhando nessa celebração desde agosto. É muito trabalho a ser feito mas agora estamos mais tranquilos. Devido ao 1º turno das eleições e a matriz ser zona eleitoral, não foi possível realizar o evento no início do mês de outubro, próximo a data que fazemos lembrança de São Francisco de Assis, dia 04, e assim o evento foi transferido para esta data", pontua.
Após a missa, a comunidade pode desfrutar das barracas e festejos, com direito à show de prêmios com cartelas a R$ 15,00. Os prêmios neste ano são em dinheiro, indo de R$ 200,00 a R$ 2 mil.
FONTE: Thais Pimenta, Em área doada por dono de bar, paróquia surgiu há 68 anos, Campo Grande News, 10 de novembro de 2018.

12 de dezembro

1969 – Inaugurado asfalto Porto XV- Campo Grande

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Com a presença do presidente recém empossado, general Garrastazu Médici, do governador Pedro Pedrossian, dos ministros Elizeu Resende (Interior) e Mario Andreaza (Transportes), do comandante da 9a. Região Militar, general Ramiro Tavares, do deputado federal Marcílio de Oliveira Lima, é entregue a pavimentação asfáltica das BRs-267 e 163, entre Campo Grande e Porto XV. A rodovia recebeu o nome de Manoel da Costa Lima, o primeiro a completar a ligação São Paulo-Mato Grosso, através de uma estrada boiadeira, inaugurada a 8 de outubro de 1906.¹

O fato foi registrado pela imprensa cuiabana, que deu destaque ao rápido discurso proferido pelo Diretor Geral do DNER, engenheiro Elizeu Resende:

A integração de Mato Grosso à economia nacional é um dos parâmetros diretores do planejamento rodoviário que se estabeleceu no país.

Parte deste objetivo é hoje alcançado com a entrega ao tráfego do complexo rodoviário formado pelas BRs 267 e 163.

Pela primeira vez uma rodovia pavimentada penetra ao Estado de Mato Grosso, beneficiando diretamente toda a região Sul, que pela sua riqueza e pelo seu potencial, representados por notável e crescente produção agropecuária, estava a clamar por ligação asfáltica que a colocasse em direta conexão com os grandes centros consumidores do país e com os portos que assegurassem a exportação de seus produtos.

FONTE: ¹Edgard Zardo, De Prosa e Segredo Campo Grande Segue seu Curso, Funcesp/ Fundação Lions, Campo Grande, 1999 página 36. ²O Estado de Mato Grosso, Cuiabá, 13 de dezembro de 1969.


12 de dezembro

1969 - Anunciada criação da Universidade Federal de Mato Grosso




Por ocasião de sua primeira visita a Mato Grosso, onde inaugurou o asfalto entre Campo Grande e a divisa de São Paulo, o presidente general Garrastazu Médici assinou mensagem ao Congresso Nacional, criando a Universidade Federal de Mato Grosso, com sede em Cuiabá.

A solenidade realizou-se na sala do comandante da Base Aérea de Campo Grande, com a presença dos ministros Jarbas Passarinho, da Educação e Cultura e Mário Andreazza, dos Transportes, do governador Pedro Pedrossian, do deputado Renê Barbour, presidente da Assembleia Legislativa, do senador Fernando Correa da Costa, dos deputados federais Rachid Saldanha Derzi e Marcílio de Oliveira Lima e dos secretários Gabriel Novis Neves e Leal de Queiroz, da Educação e Interior e Justiça.

A universidade foi criada em 10 de dezembro de 1970, pela Lei n° 5647, a partir da fusão da Faculdade de Direito de Cuiabá (que foi criada em 1952) e do Instituto de Ciências e Letras de Cuiabá. Nesse ano foram abertos os 11 primeiros cursos, oferecidos no campus universitário, na região do Coxipó. Foram criados os primeiros centros e iniciadas as obras de construção dos blocos.

FONTE: O Estado de Mato Grosso, 13 de dezembro de 1969.

OBISPO MAIS FAMOSO DE MATO GROSSO

  22 de janeiro 1918 – Dom Aquino assume o governo do Estado Consequência de amplo acordo entre situação e oposição, depois da Caetanada, qu...