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quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

14 de dezembro

14 de dezembro 


1826 – Expedição Langsdorff chega a Albuquerque



Estampilha do correio russo em homenagem à Expedição Langsdorff, que
explorou Mato Grosso na rota dos bandeirantes



Expedição científica, à frente o conde de Langsdorrff, patrocinada pelo governo russo, em sua longa viagem entre São Paulo e a Amazônia, chega finalmente a Albuquerque:


No dia 13, recomeçamos a navegar contra a corrente e fomos à tarde pousar na margem direita, incomodados por um pé-de-vento que levantava ondas capazes de fazer perigar nossas embarcações. Quando acalmou veio grossa chuva aumentar o tormento a que multidões de mosquitos nos sujeitavam.
Do lado do O. avistávamos então montanhas que em distância aproximada de duas léguas formam uma serra paralela ao curso do Paraguai. Já a mencionei atrás.


Pela manhã de 14, alcançamos a povoação de Albuquerque, assente à margem direita do rio e em terreno um tanto alto e enxuto. Quatro lances de casas em torno de uma praça, uma capelinha intitulada igreja e uma casa para os oficiais de primeira linha, constituem o povoado.

Não vi senão quatro a cinco brancos; o resto era crioulo, caburé, mestiço ou índio. O comandante, oficial de milícias era de cor parda.

FONTE: Hercules Florence, Viagem Fluvial do Tietê ao Amazonas, de 1825 a 1829, Edições Melhoramentos, São Paulo, 1941, página 70


14 de dezembro


1864 - Para invadir o Brasil, Vicente Barrios deixa Assunção



Expedição comandada pelo coronel Vicente Barrios, composta de 3200 homens, com 12 peças raiadas de 36 foguetes à Congréve de 24, embarca em Assunção, para tomar Coimbra e Corumbá. Aos soldados foi distribuída a seguinte proclamação:
Soldados – foram estéreis os meus esforços para manter a paz. O Império do Brasil mal conhecendo o nosso valor e entusiasmo, provoca-nos a guerra; a honra, a dignidade nacional e a conservação dos mais caros direitos nos mandam aceitá-la.

Em recompensa da vossa lealdade e grandes serviços fixei sobre vós minha atenção, escolhendo-vos entre as numerosas legiões que formam os exércitos da República, para que sejais os primeiros a dar uma prova de valentia das nossas armas, recolhendo os primeiros louros que devemos reunir aos que os nossos maiores puseram na coroa da Pátria, nos memoráveis dias de Paraguai e Taquary.


A vossa subordinação, disciplina e constância nas fadigas me respondem pela vossa bravura e brilho das armas que ao vosso valor confio.
Soldados e marinheiros. Levai este voto de confiança aos vossos companheiros que das nossas fronteiras do norte hão de se vos reunir; marchai serenos ao campo da honra, recolhei glória para a Pátria e honra para vós e vossos companheiros; mostrai ao mundo quanto vale o soldado paraguaio. – Francisco Solano Lopez.


ataque ao forte Coimbra aconteceria no dia 27 de dezembro e sua tomada no dia seguinte.


FONTE: Estevão de Mendonça, Datas Matogrossenses, (2ª edição) Governo de Mato Grosso, Cuiabá, 1973, página 316.


14 de dezembro

1943 - Baianinhos ameaçam invadir Estado de São Paulo

Cardoso, Rolim e João Batista, os baianinhos

Bando gaúcho de Campo Grande, conhecido por Baianinhos, ameaça atravessar o rio Paraná e invadir o território paulista. É o que informa o Correio Paulistano em sua edição dessa data:

BANDOLEIROS EM MATO GROSSO - Em data de 7 de agosto de 1941, a polícia de Mato Grosso solicitou auxílio da polícia civil de S. Paulo para o desbarato de uma quadrilha de bandidos que assolava o sul daquele estado. Segundo suas informações os bandidos se contavam em mais de 20, dos quais 8 paraguaios, todos chefiados pelos irmãoes "Baianinhos", apelido de Rolim, João e Cardoso Batista. O cabeça deles era João Batista. Constava ainda da informação que um quarto irmão também fora criminoso, vindo a acabar seus dias assassinado.

A Delegacia Especializada de Vigilância e Capturas do Gabinete de Investigações de S. Paulo, depois de se por a campo, conseguiu descobrir as fotografias dos indiciados, as quais foram distribuídas pela delegacias regionais do Estado.

Agora passado todo esse tempo, novamente aparecem em cena os três indivíduos. Segundo insistentes boatos, consta que os facínoras pretendem invadir o nosso Estado de S. Paulo. Para isso - dizem os informados - têm em seu poder fuzis e metralhadoras.

O dr. Inácio da Costa Ferreira, ciente do caso, ordenou a ida às fronteiras paulistas de 15 praças, um tenente, dois sargentos e 2 dos investigadores de sua Delegacia a ver se obtem a prisão dos criminosos.


FONTE: jornal Correio Paulistano (SP) 14 de dezembro de 1943.
FOTO: Diário da Noite (RJ).


14 de dezembro

2019 - Morre o ex-prefeito Juvêncio Cesar da Fonseca

Aos 84 anos, faleceu no Hospital do Proncor, em Campo Grande, o advogado Juvêncio César da Fonseca, ex-prefeito de Campo Grande, onde nasceu em 1935.
Segundo sua esposa, a advogada Suely Brandão, há cerca de dez anos ele foi disgnosticado com ostiomielite, doença que vinha tratando regularmente e apresentava um quadro satisfatório de estabilidade.Há dois meses foi internado por conta da infecção que se manifestou e apnéia. Segundo Suely nesse período teve picos de melhora, chegando a ficar quatro dias no apartamento, mas voltava para o CTI. Ontem, ela o visitou e disse que, apesar de não conversar com fluidez, respondia aos estímulos e a reconhecia.¹

Juvêncio cursou o ensino primário, secundário e médio em sua cidade natal e bacharelou-se em Direito pela Faculdade Cândido Mendes, no Rio de Janeiro. 
Após a formatura, voltou a Campo Grande e foi aprovado em concurso para defensor público. Neste período, foi professor na antiga FUCMT, hoje UCDB, e também presidente da Santa Casa.

Começou a carreira política como chefe de gabinete do então prefeito Marcelo Miranda. Em seguida, Juvêncio se elegeu vereador em 1982, e eleito prefeito de Campo Grande em 1985. Cumpriu mandato três anos, e em 1992 foi eleito novamente, para mandato de quatro anos. 

Em 1998 elegeu-se senador, encerrando sua carreira política ao final de seu mandato em 2007.²


FONTE: ¹Campo Grande News, 14/12/2019,  ²Entrevista de Juvêncio César da Fonseca à TV Assembleia, Campo Grande, 25/06/2019




sábado, 14 de dezembro de 2013

19 de dezembro

19 de dezembro

1826 – Expedição Langsdorff deixa Albuquerque

A comissão científica, patrocinada pelo governo russo, deixa Corumbá e continua sua viagem rio Paraguai acima, rumo à sua próxima escala, Cuiabá:

No dia 19 de dezembro partimos de Albuquerque. O comandante acompanhou-nos até a praia e, em honra ao sr. cônsul, mandou dar umas salvas. Iam conosco vários guanás.


Continuou nossa navegação com extrema lentidão, tanto mais incômoda quanto os mosquitos não nos deixavam um instante de sossego. É um suplício indizível.
Tornava-se, além disso, de dia para dia mais penoso o modo de subir contra corrente pelo crescimento do rio que tendo, naquela estação de chuvas, recebido já bastante água nas cabeceiras, não permitia mais às zingas alcançarem o fundo. Recorriam então nossos camaradas a umas varas compridas, terminadas em forquilha, com as quais, agarrando os ramos de árvores e troncos ou apoiando a extremidade de encontro a eles, empurravam as canoas por diante. Raros eram, porém, os galhos resistentes e cada vez mais violenta a correnteza. Porisso também nos movíamos com morosidade desesperadora, que os mosquitos, a chuva e a monotonia transformavam em sofrimento quase insuportável.


FONTEHercules Florence, Viagem Fluvial do Tietê ao Amazonas, de 1825 a 1829, Edições Melhoramentos, São Paulo, 1941, página 74.


19 de dezembro

1951 - Indenizados servidores do antigo território de Ponta Porã




19 de dezembro

1916 - Nasce em Cuiabá, Manoel de Barros



Filho de João Wenceslau Leite de Barros e Alice Pompeu Leite de Barros, nasce em Cuiabá, Manoel de Barros. Ainda criança mudou-se para o Pantanal da Nhecolândia, no município de Corumbá, onde foi alfabetizado por sua tia Rosa Pompeu de Campos. Fez seus estudos primários em Campo Grande no Colégio Municipal, dirigido pelo professor João Tessitore Júnior, onde foi aluno da professora Olívia Enciso. Fez o curso secundário no Rio, onde segundo ele, despertou para a poesia, depois de ler Antonio Vieira.

Em 1934 iniciou o curso de Direito. Concluiu o curso mas nunca advogou. Seu primeiro livro foi "Poemas concebidos sem pecado", de 1937, com tiragem de 20 volumes. Em 1942 publicou "Face imóvel" e em 1956, "Poesias", pela Editora Pongetti. Ganhou em 1960 o Prêmio Orlando Dantas, patrocinado pelo jornal Diário de Notícias do Rio de Janeiro, com o livro "Compêndio para uso dos pássaros". Em 1965 vence o prêmio nacional de poesia da Fundação Cultural do Distrito Federal, e com o dinheiro editou em 1969, a sua "Gramática expositiva do chão".

"Matéria de poesia", segundo ele, foi o livro mais elogiado de sua obra. Em 1982 lançou "Arranjos para assobio", pela Editora Civilização Brasileira. Em 1985 saiu "Pré-coisas", seguido pelo "O guardador de águas" (1989), "Concerto a céu aberto para solos de aves" (1991) e "O livro das ignorâncias".

Assim Manoel de Barros se define:

Minha poesia é uma reflexão permanente. A palavra me atinge de tal modo, que a língua passa a inventar coisas. Nunca escrevi uma palavra que não tenha roçado no meu corpo. Minha poesia é marcada por um constante morrer e renascer. Essa permanente metamorfose está presente em toda a minha obra. Acho que é importante para qualquer poeta reviçar as coisas. Descobri, por exemplo, que uma palavra arcaica tem o poder de dar viço novo a qualquer outra já gasta. É por isso que gosto de ler os clássicos quinhentistas. A partir da palavra aprendo a inventar. Ela é o fio condutor que nos faz penetrar em nossos ancestrais.

Manoel de Barros faleceu em 13 de novembro de 2014, em Campo Grande.


FONTE: Maria da Glória Sá Rosa e outras, Memória da arte em Mato Grosso do Sul, UFMS/CECITEC, Campo Grande, 1992,página 45.

FOTO: estátua desenhada e esculpida por Victor Henrique Woitschach (Ique).


19 de novembro

1951 - Indenizados servidores do ex-território de Ponta Porã

O presidente Getúlio Vargas sancionou lei aprovada pelo Congresso Nacional, abrindo, pelo Ministério da Justiça, o crédito especial de Cr$ 11.994.394,80 para custear o pagamento dos proventos de disponibilidade, relativos ao período de 16 de dezembro de 1947 a 31 de dezembro de 1949. dos ex-servidores dos extintos territórios de Iguaçu e Ponta Porã, beneficiados pela lei n° 128, de 24-10-1947.

FONTE: Correio da Manhã (RJ), 20 de dezembro de 1951.









sexta-feira, 22 de novembro de 2013

13 de dezembro

13 de dezembro

1772 – Inicia-se em Mato Grosso o período albuquerquino



Toma posse no governo da capitania, sucedendo a Luis Pinto, o capitão-general Luis de Albuquerque Pereira e Cáceres, iniciando o mais longo mandato entre os governadores gerais de Mato Grosso. Consolidou a presença portuguesa na fronteira ocidental, com a fundação do forte Príncipe da Beira, às margens do rio Guaporé e de Santa Maria (atual São Luis de Cáceres), Forte de Coimbra e Albuquerque (atual Corumbá) às margens do Paraguai. 

Luiz de Albuquerque governou a capitania por 17 anos e foi substituído por seu irmão João de Albuquerque, permaneceu à frente do governo por sete anos.  

FONTE: Virgílio Correa Filho, História de Mato Grosso, Fundação Júlio Campos, Várzea Grande, 1994, página 399

OBISPO MAIS FAMOSO DE MATO GROSSO

  22 de janeiro 1918 – Dom Aquino assume o governo do Estado Consequência de amplo acordo entre situação e oposição, depois da Caetanada, qu...