Mostrando postagens com marcador 1936. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador 1936. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

22 de dezembro

22 de dezembro

1936 – Vespasiano reage e escapa de atentado em Cuiabá
Senador João Vilasboas, deputado Estevão Alves Correa e senador Vespasiano
Em luta aberta contra o governador Mário Correa, os senadores oposicionistas Vespasiano Barbosa Martins e João Vilasboas sofrem atentando, de repercussão em todo o Estado:

A nossa pacata cidade de Cuiabá assistiu estarrecida e indignada, na noite de 22 do mês passado, a execução de um plano tenebroso, que visava a eliminação dos dois preclaros chefes da ‘Aliança Mato-Grossense’, senadores João Vilasboas e Vespasiano Martins, ultimamente chegados a esta capital.


Por volta das 22 horas daquele dia, depois da saída da última visita, dispunham-se já aqueles dois ilustres representantes matogrossenses no Senado da República a recolherem-se aos seus aposentos, quando a casa em que se hospedavam foi inopinadamente invadida por numeroso grupo de perigosos facínoras, arrebanhados em diversas localidades.


Penetrando na casa, o primeiro a ser visto foi o senador João Vilasboas que recebeu o primeiro tiro, ferindo-o no ombro direito.


Aos disparos desse primeiro tiro, acode o senador Vespasiano com o seu revólver em punho, recebendo logo a cerrada fuzilaria dos assaltantes.
Com uma coragem indômita, deteve o nosso valoroso chefe, um dos celerados, ferindo dois deles, obrigando-os a sair em debandada.


Terminada aquela luta infrene, desigual, estava a esvair-se em sangue o destemido chefe. Havia recebido três ferimentos: um na região acromial esquerda, com fratura do osso; um outro no terso superior da coxa direita, mais um outro na região deltoidiana direita e ainda mais um raspão de bala no antebraço direito, sendo que destes ferimentos só o da coxa apresentava orifício de entrada e saída.


FONTERubens de Mendonça, História do Poder Legislativo de Mato GrossoAssembléia Legislativa, Cuiabá, 1967, página 239

FOTO: do livro História do poder legislativo de Mato Grosso, de Rubens de Mendonça.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

5 de dezembro

5 de dezembro

1936 – Governador recorre ao presidente da República



Acossado pela oposição, da qual participavam diversos deputados sulistas, no auge de uma crise política que resultaria na intervenção federal, decretada a 7 de março do ano seguinte, o governador Mário Correa da Costa telegrafa ao presidente Getúlio Vargas:


Quando daí regressei, animado dos elevados propósitos pacificadores, consubstanciado no meu Manifesto, do qual dei conhecimento a V. Exa., encontrei aqui um ambiente inteiramente hostil a qualquer entendimento político, devido à atuação pessoal do senador Vilasboas, cujas manobras impossibilitam a realização dos nossos objetivos.

Entretanto, agora rompendo contra meu governo, aproveita-se ele do irrequieto deputado Generoso Ponce, para unir-se ao grupo do capitão Filinto Muller, a quem sempre hostilizou rudemente, sob a alegação da necessidade de um congraçamento da família matogrossense, quando a verdadeira finalidade dessa aliança é o meu aniquilamento político e a instalação da anarquia no Estado.


Estou recebendo de todos os municípios as mais vibrantes demonstrações de apoio ao meu governo e veemente protesto contra essa atitude reprovável que tão graves conseqüências poderá trazer à vida administrativa do Estado.
Conforme mandei expor a V. Exa. pelo deputado Trigo de Loureiro, mantenho os meus anteriores propósitos de pacificação; mas jamais aceitarei imposições humilhantes e saberei defender, em qualquer terreno, as prerrogativas de minha autoridade constitucional”.


No mesmo dia, os deputados da Aliança Matogrossense, alegando falta de garantia, se asilaram no quartel do 16 BC, comparecendo às reuniões acompanhados por forças federais. Compunham a aliança, os deputados Nicolau Frageli, Ranulfo Correa, Ulisses Serra, Luiz de Miranda Horta, Joaquim Cesário da Silva, José Silvino da Costa, João Leite de Barros, Josino Viegas de Oliveira Pais, Filogônio de Paula Correa, José Gentil da Silva, Júlio Muller, Corsino Bouret, Caio Correa e João Ponce de Arruda.


Em 6 de março de 1937, o presidente Getúlio Vargas decretou intervenção federal no Estado e nomeou interventor o capitão Manoel Ari da Silva Pires, que permaneceu no governo até 4 de outubro desse ano, com a eleição pela Assembleia Legislativa e posse de Júlio Muller, para completar o mandato. 




FONTERubens de Mendonça, História do Poder Legislativo de Mato Grosso, Assembléia Legislativa, Cuiabá, 1967, páginas 237 e 281.

FOTO: Arquivo Público do Estado de Mato Grosso.











































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































OBISPO MAIS FAMOSO DE MATO GROSSO

  22 de janeiro 1918 – Dom Aquino assume o governo do Estado Consequência de amplo acordo entre situação e oposição, depois da Caetanada, qu...