domingo, 6 de outubro de 2013

14 de outubro

14 de outubro

1850 - Governo paraguaio cerca e destrói forte brasileiro em construção

 
 
Fecho dos Morros, rio Paraguai




Mais de 600 homens sob as ordens do presidente Carlos Lopes, do Paraguai, atacam e cercam a construção de um forte, iniciado pelo governo de Mato Grosso no local denominado Fecho dos Morros, no rio Paraguai, iniciada a 29 de junho. A obra apanhou de surpresa o governo do país vizinho, "bem como o representante brasileiro em Assunção, que passado algum tempo do projeto de Fecho dos Morros, dele não mais se falando, nada sabia. De Assunção, aprestam-se tropas paraguaias para subirem o rio, apesar de o representante brasileiro pedir ao governo paraguaio esperasse uma tomada de posição junto ao seu governo, para saber o que realmente se passava. E conhecido o ponto de vista do gabinete imperial, o ataque paraguaio ao Fecho dos Morros não teria acontecido, porque a pequena tropa do tenente Francisco Bueno da Silva teria saído em boa paz, sem dar início ao forte."

FONTE: Acyr Vaz Guimarães, Mato Grosso do Sul, sua evolução histórica, Editora UCDB, Campo Grande,1999, página 99.




14 de outubro
 
1877 – Inaugurada igreja de Corumbá

Igreja da Candelária em Corumbá

Construída em tempo recorde é entregue à população a igreja da Candelária, uma das mais antigas do Sul de Mato Grosso:


“Ata da inauguração da Igreja. Aos quatorze dias do mês de outubro de hum mil oitocentos e setenta e sete, qüinquagésimo sexto da Independência do Império nesta vila de Santa Cruz de Corumbá, província de Mato Grosso e Bispado de Cuiabá, em sede foi com a toda solenidade na forma do ritual romano, inaugurada a nova igreja paroquial da Candelária, sendo benta pelo pregador imperial e vigário frei Mariano de Bagnaia, canonicamente habilitado e dedicada a Deus e à Nossa Senhora da Candelária, que é o seu orago. Esta igreja foi construída com as doações do povo, sendo a obra dirigida por alguma comissão composta dos senhores reverendo pregador imperial frei Mariano de Bagnaia, protetor da devoção ou irmandade, engenheiro tenente-coronel dr. Joaquim da Gama Lobo D’eça, provedor da mesma e tesoureiro João Poupino Caldas, os quais conjuntamente com mesa administrativa devota e espontaneamente celebrar a idéia de construir a dita igreja agenciam com assiduidade os meios com que se levou a efeito tão importante edifício que com quanto mero esteja de todo construído, presta-se com toda comunidade e decência a celebrar-se os atos do culto divino, nas condições da ata de vinte e cinco de maio do ano próximo passado, quando se colocou a primeira pedra fundamental. E para constar a todo tempo se lavrou a presente ata que vai assinada pelos membros da comissão, pelos irmãos, oficiais e mesário e mais pessoas, digo autoridades livres e mais pessoas do lugar, sendo lida logo depois da missa cantada. O secretário da irmandade dessa fará três cópias para serem remetidas à Câmara Municipal desta vila, à Câmara Episcopal e à presidência da província.” 


FONTE: Frei Alfredo Sganzerla, A história do frei Mariano de Bagnaia, Edição FUCMT-MCC, Campo Grande, 1992, página 401



14 de outubro

1914 – Inaugurada estrada de ferro em Campo Grande

Primeira estação ferroviária de Campo Grande

Tida como uma das datas mais importantes da história de Mato Grosso, no que toca ao seu desenvolvimento econômico, sobretudo nesta região que em 1977 passaria a constituir o território de Mato Grosso do Sul, é, oficialmente entregue a Estrada de Ferro Noroeste do Brasil, cujos trilhos foram ligados a 31 de agosto, completando a obra, com o encontro das duas frentes de trabalho, de Itapura e Porto Esperança. 

O trem inaugural chegou a Campo Grande por volta das 10 horas:

A fim de recepcionar a comitiva oficial que precedia à solenidade inaugural, o intendente municipal, sr. José Santiago, foi a Rio Pardo, acompanhado dos srs. dr. Silva Coelho, juiz de direito, José Paes de Faria, Pedro Romualdo e Miguel Garcia. Aquela ilustre comitiva compunha-se do dr. Carlos Euler, representante do sr. ministro da Viação, coronel José Beviláqua, representando o ministro da Guerra, senador Antônio Azeredo, general Caetano Albuquerque, deputado A. de Mavignier, drs. Firmo Dutra, Emílio Amarante, Hilário Adrião e os jornalistas C.S. Rutlindg do Times, Dário de Mendonça do Jornal do Comércio, do Rio, Macedo Soares de O Imparcial e Sílvio Cardoso, de a Época, além de outras pessoas gradas e convidados.


A Câmara municipal, reunida em sessão solene, recepcionou os visitantes, sendo os representantes do governo saudados pelo juiz de direito dr. Manoel Pereira da Silva Coelho. O senador Antônio Azeredo agradeceu em nome do governo e dos visitantes.

A ferrovia foi desativada em 10 de junho de 2015.


FONTE: J. Barbosa Rodrigues, História de Campo Grande, Edição do autor, Campo Grande, 1980, página 129


14 de outubro

  
1924 – Nasce em Miranda, Antonio Mendes Canale

Senador Mendes Canale lê mensagem presidencial no Congresso
 
Filho de Humberto Canale e Ilva Mendes Canale,nasce em Miranda, Antonio
Mendes Canale. Realizou seus primeiros estudos em sua cidade natal, concluindo o primário no Ginásio Estadual Dom Bosco, de Campo Grande. Em 1941 bacharelou-se em Ciências e Letras no Ginásio Dom Bosco. Em 1947 concluiu o curso de contador na Escola Técnica de Comércio Carlos de Carvalho. Bacharelou-se em Direito na primeira turma da Faculdade de Direito de Mato Grosso, em Cuiabá. Deputado estadual por duas legislaturas seguidas (1950/58); prefeito de Campo Grande em dois mandatos (1963/67 e 1970/73); e senador da República (1975/1983 e 1987-1991) chegou à 1a. secretaria do Senado. Faleceu em Campo Grande em 1º de junho de 2006.O terminal rodoviário de Campo Grande, inaugurado na gestão do prefeito Nelson Trad Filho, tem o seu nome.
 

FONTE: Orlando Mongelli, Antônio Mendes Canale, o político administrador público que se notabilizou pelos ideais democráticos, in Campo Grande, personalidades históricas (vol I), Fundação de Cultura de MS, Campo Grande, 2012, página 41.

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