segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

15 de abril

15 de abril

1881 - Imperador comuta pena de morte de condenados em Corumbá

Dois escravos, condenados à morte, pela morte de Firminiano Ferreira Cândido,¹ têm a pena capital comutada em galés perpétuas, por decreto do imperador D. Pedro II, nos termos da seguinte comunicação, do governo da província:

"Ao dr. juiz de direito da comarca de Santa Cruz de Corumbá. - Transmito a v. s. para a devida execução, cópia do decreto de 15 de abril último, pelo qual sua majestade o imperador houve por bem comutar em galés perpétuas a pena de morte a que foram condenados por esse juízo, em 29 de março de 1879, os réus escravos José e Benedito por crime de homicídio, mencionados na relação também junta por cópia".² 

FONTE: ¹O Iniciador (Corumbá), 26/05/1881; ²A Província de Matto-Grosso (Cuiabá), 17-07-1881.



1892 – Independência de Mato Grosso aparece em jornal de Londres







Tem repercussão na capital da Inglaterra, a notícia da proclamação do Estado Livre de Mato Grosso, por militares rebeldes de Corumbá, encabeçados pelo coronel João Dias Barbosa. Deu no Daily Telegraph:

Acredita-se que a proclamação da independência de Mato Grosso foi favorecida e preparada pelos argentinos, que são beneficiados pela separação de Mato Grosso porque essa província não mais pertencendo ao Brasil, este último país não mais tem alguma razão para interferir nas repúblicas do Prata, as quais, agora, dominarão inteiramente os rios Paraguai e Uruguai. É sabido que o governo da república Argentina tem ultimamente estado a comprar armas da Alemanha a fim de preparar-se para um possível conflito com o Brasil, o que pode ser ocasionado pelo problema de Mato Grosso.


O assunto voltaria à imprensa londrina nos dias 16 e  20 de abril.



FONTE: Paulo Cimó Queiroz, As curvas do trem e os meandros do poder, Editora da UFMS, 1997, Campo Grande, página 89.

FOTO: capa (com texto inelegível) do The Dayle Telegraph, de Londres



15 de abril

1933 - Jornal O Progressista inicia circulação em Campo Grande



Arthur Jorge:médico, político e jornalista


Órgão bi-semanal do Partido Progressista, passa a circular em Campo Grande, o jornal O Progessista, fundado pela cúpula partidária, Vespasiano Barbosa Martins, Arthur Jorge Mendes Sobrinho, Luiz da Costa Gomes, Arlindo de Andrade Gomes, Nicolau Fragelli, Dolor Ferreira de Andrade e os irmãos Victor e André Pace. Seu primeiro diretor foi Luiz da Costa Gomes. 

Demósthenes Martins, que o dirigiu de 1938 a 1939, descreve-o:

Jornal do interior e, ademais, jornal de partido, em uma época de exacerbação política, era coisa difícil de conduzir, a começar pelo ônus de sua manutenção. Os correligionários consideravam-no seu, devendo ter suas publicações nele inseridas isentas de pagamento, bem como as assinaturas. Se o jornal era do partido, a que tudo davam, deviam merecer uma compensação - argumentavam. E o adversários julgavam-se até insultados pelo garoto, vendedor ambulante, quando lhe oferecia um jornal, repelindo-o sob ameaça de uns cascudos - É um desaforo, saia de minha frente, seu atrevido, com essa porcaria! esbravejavam.

A principal bandeira d'O Progressista foi a campanha pela divisão do Estado.

FONTE: Demosthenes Martins, A Poeira da Jornada (Memórias), edição do autor, Campo Grande, sd., página 124.



15 de abril


1943 - Morre em Corumbá, o poeta Pedro Medeiros


Nascido a 25 de novembro de 1890 na cidade onde viveu, morre Pedro Medeiros. Autor de grande inspiração, foi considerado um dos maiores poetas de Mato Grosso do seu tempo. É de sua autoria a célebre Lenda Borôro:

 Deus atirou no espaço um punhado de estrelas.../ Uma caiu à terra.Outras tardaram ainda.../ A que desceu, por certo a mais luzentes d'elas,/ Veio e se transformou em uma cidade linda;/ Desceu porque do alto o Paraguai parece/ neste ponto uma jóia: escreve em prata um S/que a estrela imaginara,um prendedor ideal,/ ligando à serrania o imenso Pantanal;/E como a muita estrela o céu azul não baste/ caiu, como um brilhante à procura do engaste./E Corumbá surgiu por sobre a terra branca,/na alegria sem par, do gentil casario,/ - entre o verde dos montes - no alto da barranca, debruçada, a sorrir, para o espelho do rio...  

FONTE: Rubens de Mendonça, Poetas Mato-Grossenses, edição do autor, Cuiabá, 1958, página 53

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