sábado, 22 de janeiro de 2011

14 de janeiro

14 de janeiro

1880 - Morre Augusto Leverger, o barão de Melgaço
 





Morre em Cuiabá, em 14 de janeiro de 1886, Augusto Leverger, o barão de Melgaço. Nascido na França em 1804, Leverger chegou a Mato Grosso, como capitão-tenente em 1830, para transformar-se numa das figuras de maior relevo na história do Estado, por sua projeção política durante o império. 

Marinheiro aos 16 anos de idade, em 1820 embarcou na escuna francesa Angélica, na condição de segundo comandante, com destino ao Uruguai, onde dedicou-se ao estudo do estuário Prata. Em Cuiabá organizou o departamento do Trem Naval, embrião do arsenal da Marinha. Em 1814 foi nomeado pelo governo imperial português consul-geral do Brasil na república do Paraguai. Em 1842 é promovido a capitão de fragata e em 1852 a capitão de mar e guerra. Em 1857encerra voluntariamente sua carreira militar.

Na política, sem nunca haver disputado nenhum cargo, foi várias vezes distinguido com a tarefa de governar Mato Grosso:


Na suprema direção da província, adotara como norma de conduta a mais severa economia e inteira distribuição da justiça, não distinguindo correligionários e fazendo-se respeitado no conceito unânime dos adversários. Embora filiado ao partido conservador, exerceu também a presidência em situação liberal, tanta e tão justificada era a confiança que inspirava a todos.


Comandante de armas e presidente da província por várias vezes, Melgaço está no rol dos vultos mais homenageados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Em Mato Grosso há duas cidades com seu nome, Barão de Melgaço e Santo Antônio de Leverger. Em Mato Grosso do Sul, há uma rua com seu nome em praticamente todas as cidades, emancipadas antes da divisão. Nioaque, por vários anos depois da guerra do Paraguai, chegou a ser chamada oficialmente de Levergeria, em sua homenagem.

FONTE: Estevão de Mendonça, Datas Matogrossenses, (2a. edição) Governo de Mato Grosso, Cuiabá, 1973, página 40.

 

14 de janeiro

 

1951 - Doador completa 150 litros de sangue em Campo Grande


 

O empresário José Scaff, que fez história no Estado, como doador de sangue, acaba de completar 150 litros doados 1 466 pessoas diferentes, é o que diz notícia publicada na edição do jornal "O Estado de Mato Grosso":

 

"O Matogrossense" noticia que o comerciário José Scaff, doador de sangue, residente nesta cidade, completou esta semana 150 litros de sangue doados a 466 pessoas diferentes. O referido doador é considerado pelos médicos, só ele, um verdadeiro banco de sangue. Há 8 anos vem José Sacaff sendo o doador dos hospitais locais. Só de uma vez doou ele a um doente 1 litro e 100 gramas! Durante o mês de agosto do ano passado deu o referido doador 5 litros e 600 gramas de sangue aos hospitais, para vários casos de transfusão.

 

A grande capacidade do doador resulta de sua extraordinária constituição física e excelente alimentação".¹


Natural de Zahlé, no Líbano, chegou em Campo Grande, aos 9 anos e teve 7 filhos. Sua adesão à doação voluntária de sangue começou em 1943. Segundo seu filho Maurício, para salvar a vida de um irmão "que levou um tiro e precisou de uma transfusão de sangue. Foi a primeira doação do meu pai e ao ver todo o sofrimento da família, prometeu que nunca mais deixaria de doar".


Ainda segundo seu filho, a fama do pai veio como "o homem que de 1943 a 1984, foi considerado o mior doador de sangue do mundo". Os cálculos mostram que, no período, doou mais de 1.800 litros. 


Para sustentar a familia, José Scaff fabricava e comercializava ladrilhos hidráulicos. Tinha uma loja bastante concorrida na rua Antonio Maria Coelho. 


Faleceu em 1993, vítima do tabagismo e de uma diabete que levou-lhe a amputar as pernas.


Em vida recebeu o título de comendador da Ordem Hereditária de São Bernardo, a medalha de Sangue, do governo federal e o título de cidadão campograndense. Como homenagem póstuma dá nome ao Hemosul da Campo Grande.²


Em Campo Grande, funciona desde 1990, a Associação José Scaff de Doadores de Sangue de Mato Grosso do Sul, fundada e dirigida por Alcebíades Santiago Franco.


¹O Estado de Mato Grosso, 14 de janeiro, 1951, ²Campo Grande News, 23/03/2018.



 

14 de janeiro

1965 - Morre Vespasiano Barbosa Martins



Aos 75 anos, falece em Campo Grande, em 14 de janeiro de 1965, o médico Vespasiano Barbosa Martins, líder do movimento divisionista de Mato Grosso. Prefeito de Campo Grande, governador do Estado revolucionário, durante a revolta paulista de 1932 e duas vezes senador da República, Vespasiano é um dos quatro vultos históricos que compõem as homenagens onomásticas do hino de Mato Grosso do Sul. Os outros são Ricardo Franco, Camisão e o tenente Antônio João. Seu sepultamento deu-se no dia seguinte no cemitério Santo Antonio, sendo a despedida marcada pelos discursos de Oclécio Barbosa Martins, Fernando Correa da Costa e Hugo Pereira do Valle, que ressaltou no encerramento de sua fala: “Vespasiano Barbosa Martins, meu colega e amigo! Que dolorosa coincidência!... para você que me trouxe a luz da vida, eu venho hoje, com profunda emoção, trazer a candeia da morte, para iluminar os caminhos da ETERNIDADE."

FONTE: Academia de Letras e História de Campo Grande, Biografia de Patronos, página 31.





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